quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

O Grande Vilão


Não existem bombeiros galácticos...

baitasar

Quando ocorrem tragédias - como a do último fim de semana na cidade de Santa Maria - queremos encontrar um grande vilão, aquele em quem poderemos enfiar nossas perguntas e ter as respostas para o nosso medo: com quem mais poderia ter acontecido? Não foram nossos filhos e filhas, mas... e se fossem? Podemos evitar?

As famílias dos jovens que não sobreviveram à tragédia, que lembram seus filhos e filhas saírem para comemorar a alegria da vida e os recebem sem vida ou ainda os têm feridos, sofrendo, desfigurados, retorcidos na dor, essas famílias têm o direito e o dever de gritar, exigir que se encontre o vilão dessa tragédia.

O vilão quando for encontrado irá responder a essas famílias, através da justiça, por que deixou que toda essa dor acontecesse? Negligência, soberba, egoísmo, incompetência, ganância, não sabemos, mas se espera que elas tenham as respostas que precisam para seguirem em frente, mesmo asfixiadas pela dor.

E nós, os espectadores, também estamos sofrendo, não conseguimos ficar indiferentes, a dor nos atinge e procuramos respostas. Eu também procuro as respostas, não sou juiz ou policial, nem jornalista, nem psicólogo, sou pai. Tenho meus filhos e filhas caminhando pelo mundo, como todos os pais e mães deste mundo e, assim como os pais destes jovens, quero respostas.

A sociedade que construímos – e sonhamos mudar – consegue se erguer das cinzas sem a doençaria do individualismo egoísta, indiferente, incompetente?

As tragédias – mesmo as guerras – são construídas com pequenos detalhes, descasos que fazem parte do nosso cotidiano, até que a negligência, a omissão, a imprudência provoquem o desastre.

As escolas públicas da cidade de Santa Maria têm um Plano de Prevenção e Combate a Incêndios? Aprovado? Fiscalizado?

E as escolas públicas de Caxias do Sul, Canoas... têm um PPCI?

E as escolas públicas em Porto Alegre têm um PPCI aprovado?

E as escolas privadas têm um Plano de Prevenção e Combate a Incêndios? Aprovado pelos bombeiros?

A escola do seu filho e da sua filha é uma caixa de fósforos? Até quando?

Os Alvarás de funcionamento precisam sair dos armários e ficarem expostos.

As escolas param suas aulas e fazem um treinamento de evacuação em caso de incêndio?

Quem está preparado para combater o fogo nas escolas?

Lembro que no tempo da ditadura militar as aulas paravam, e todos saíamos à rua para marchar, “1,2,feijão com arrois”! As viúvas de pijama sentem saudades desse desastre.  Hoje, vivemos a democracia do voto, podemos parar para educar, treinar para sobreviver. Será isso um desperdício do tempo?

Há que se preparar para o vento!

E os prédios das cidades? Caixas de...

Vivemos o encantamento da sociedade do carro e do computador. Todos que os temos gostamos, também gosto. Mas será que precisamos ser prisioneiros do carro até o ponto de o levarmos para a praia, ao lado do guarda-sol? Milhares de carros nas areias gaúchas tomando sol, até que um desastre aconteça e lá estaremos todos procurando o vilão...

E os pescadores entre os banhistas ou os banhistas entre os pescadores. Iscas e linhas, crianças, até que...

E o sol? Esse é o vilão!

Será?

Como vamos com os desmatamentos? Prosseguem acelerados?

E os rios? Continuam perdendo suas areias para as dragas?

A indústria dos homens mantém os empregos, o consumo e a escalada atrás dos lucros! Prosseguem vomitando na órbita do planeta prolongados e contínuos rolos de fumaça?

A nossa danceteria é o planeta! Não existem bombeiros galácticos...

“Se beber não dirija.”
“Use o cinto de segurança.”
"Crianças no banco de trás."
"Animais com o cinto de segurança."
"Faixa de pedestres."
"Respeite o limite de velocidade."
"Perímetro urbano."
"Proibido ultrapassar."

As leis do trânsito são para os outros cumprirem?

Amparamos nossos velhos?

Protegemos nossas crianças?

O egoísmo e a negligência não protegem ninguém... matam e deformam.

O individualismo corre atrás do lucro, desintegra a humanidade solidária, amorosa, com todos incluídos na vida plena. Um grande vilão que levamos para a cama, com seus sonhos e pesadelos, até que...

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

o mensalão do Lincoln

A sociedade escravocrata 
e a sociedade hipócrita do carapááálida


Lincoln
Trailer (Oficial) Legendado








Mas quem sabe... talvez, um pouco do Tarantino ajuda esclarecer essa hipocrisia do carapááálida

Django










domingo, 20 de janeiro de 2013

a liberdade de expressão do carapááálida...


Justiça do Rio: a TV Globo joga em casa; mas Kamel está derrotado pela história


Escrevinhador


Na praça Clóvis/Minha carteira foi batida/Tinha vinte e cinco cruzeiros/E o teu retrato…
Vinte e cinco/Eu, francamente, achei barato/Pra me livrarem/Do meu atraso de vida
(Paulo Vanzolini, “Praça Clóvis”)

por Rodrigo Vianna

Um advogado amigo costuma dizer: “no Rio, a Globo joga em casa”.

Hoje, tivemos mais uma prova. Ano passado, fui condenado em primeira instância, num processo movido pelo diretor de Jornalismo da Globo, Ali Kamel. Importante dizer: a juíza na primeira instância não me permitiu apresentar testemunhas, laudos, coisa nenhuma. Acolheu na íntegra a argumentação do diretor da Globo – sem que eu tivesse sequer a chance de estar à frente da meritíssima para esclarecer minhas posições.

Recorremos ao Tribunal de Justiça, também no Rio. Antes de discutir o mérito da ação,pedimos que o TJ analisasse um “agravo retido” (espécie de recurso prévio) que obrigasse a primeira instância a ouvir as testemunhas de defesa e os especialistas de duas universidades que gostaríamos de ver consultados na ação.

O Tribunal, em decisão proferida nessa terça-feira (15/01), ignorou quase integralmente nossa argumentação. Negou o agravo e, no mérito, deu provimento apenas parcial à nossa apelação – reduzindo o valor da indenização que a meritíssima de primeira instância fixara em absurdos 50 mil reais. Ato contínuo, certos blogs da direita midiática começaram a dar repercussão à decisão. Claro! São todos fidelíssimos aos patrões e ao diretor da Globo, na luta que estes travam contra outros jornalistas.

Sobre esse processo, gostaria de esclarecer alguns pontos. Primeiro, cabe recurso e vamos recorrer!

Segundo, está claro que Ali Kamel usa a Justiça para se vingar de todos aqueles que criticam o papel por ele exercido à frente da maior emissora de TV do país. Kamel foi derrotado duas vezes nas urnas: perdeu em 2006 (quando a Globo alinhou-se ao delegado Bruno na véspera do primeiro turno, num episódio muito bem narrado pela CartaCapital, naquela época) e perdeu em 2010 (quando o episódio da “bolinha de papel” foi desmascarado pelos blogs e redes sociais). Contra as quotas, contra o Bolsa-Família, contra os avanços dos anos Lula: Kamel é um dos ideólogos da direita derrotada. Por isso mesmo, era chamado na Globo de “Ratzinger”.

Em 2010, Ali Kamel virou alvo de críticas fortes (mas nem por isso injustas) na internet. Deveria estar preparado pra isso. Dirige o jornalismo de uma emissora acostumada a usar seu poder para influir em eleições. Passadas as eleições de 2010, Kamel muniu-se de uma espécie de “furor processório”. Iniciou ações judiciais contra esse escrevinhador, e também contra Azenha (VioMundo), Marco Aurélio (Doladodelá), CloacaNews, Nassif, PH Amorim… Todas praticamente simultâneas. Estava claro que Kamel pretendia mandar um recado: “utilizarei minhas armas para o contra-ataque; não farei o debate público, de conteúdo, partirei para a revanche judicial”.

Advogados costumam dizer que em casos assim “o processo já é a pena”. Ou seja: o processante tem apoio da maior emissora do país, conta com advogados bem pagos e uma estrutura gigantesca. O processado (ou os processados) são jornalistas e blogueiros “sujos”, sem eira nem beira. O objetivo é sufocar-nos (financeiramente) com os processos.

Está enganado o senhor Ali Kamel. Aqui desse lado há gente que não se intimida tão facilmente.

Não tenho contra Kamel nada pessoal. Conversei com ele sempre de forma civilizada quando trabalhei na Globo. Troquei com ele alguns emails cordiais – como costumo fazer com todos colegas ou chefes. Kamel utilizou um desses e-mails pessoais na ação judicial, como se quisesse afirmar: “ele gostava de mim quando estava na Globo, deixou de gostar quando saiu da Globo.”

Ora, a questão não é pessoal. Tinha por Kamel respeito, até que comprovei de perto algumas atitudes estranhas (vetos a matérias), culminando com a atuação dele na cobertura do caso dos “aloprados” na eleição de 2006. Na época, eu trabalhava na Globo. Saí da emissora por causa disso. E passei a não mais respeitar Ali Kamel profissionalmente. O discurso que ele fazia na Redação antes de 2006 (“todos podem ser ouvidos, há espaço para crítica”) era falso. Quem criticou ou dissentiu foi colocado na “geladeira” e “expurgado”. Isso está claro. Azenha, Marco Aurelio Mello, Carlos Dornelles e Franklin Martins estão aí para mostrar…

De resto, a utilização de e-mails (estritamente pessoais) numa ação não é ilegal. Mas mostra o grau apurado de ética de quem os utiliza como ferramenta da luta política e judicial.

No meu caso, a acusação é de ter “espalhado” pela internet que ele seria um “ator pornográfico”. Quem lê os textos que escrevi neste blog sobre a infeliz homonímia (um ator pornô nos anos 80, aparentemente, usava o mesmo nome que ele – Ali Kamel) logo percebe: em nenhum momento disse que Ali Kamel (o jornalista) seria o Ali Kamel (ator pornográfico).Não afirmei que eram a mesma pessoa nem neguei que o fossem. Não sabia, e isso pouco importava. Apenas usei a coincidência como mote para a crítica, em textos claramente opinativos: pornográfico, sim, é o jornalismo que Ali Kamel pratica tantas vezes à frente da Globo. Foi essa a afirmação que fiz em seguidos textos. Muitas vezes, de forma bem-humorada.

Na apelação ao Tribunal, mostramos como seria importante a juíza de primeira instância ter consultado especialistas em Comunicação (indicamos ao menos dois) para entender a diferença entre opinião e informação. E para entender a centralidade do uso do humor na crítica política.

Mostramos em nossa defesa, ainda, como o impoluto comentarista (e ex-cineasta) Arnaldo Jabor utilizou-se de mote parecido no título de um livro que fez publicar: “Pornopolítica”. Se há uma “pornopolítica”, por que não posso falar em “jornalismo pornográfico”?

Só a Globo e seus comentaristas podem recorrer a metáforas? Parece que sim. Especialmente no Rio de Janeiro. No Rio, a Globo joga em casa.

Vamos recorrer aos tribunais de Brasília. Não que eu tenha grandes esperanças de ver magistrados na capital federal a enfrentar o diretor de Jornalismo da Globo. Mas vou utilizar as armas que tenho.

Mais que isso: se Kamel pensava em calar ou intimidar seus críticos, vai se dar mal. Esse processo vai ajudar a mobilizar aqueles que lutam contra os monopólios de mídia no Brasil. Vai ajudar a escancarar a hipocrisia daqueles que na ANJ e na SIP pedem “ampla liberdade de crítica”, daqueles que usam Institutos Milleniuns para exigir “que não se criem travas ao humor como ferramenta de crítica”, mas que fazem tudo ao contrario quando são eles os objetos da crítica e do humor.

Kamel pode até ganhar no Rio. Pode ganhar no STJ, STF, CNJ, SIP, ANJ, sei lá onde mais. Mas perderá na história. Aliás, já perdeu. Na testa dele está o carimbo (justo ou injusto? o público pode julgar…) de “manipulador de eleições”. Manipulador frustrado, diga-se. Porque segue a perder. No Brasil, na Venezuela, na Argentina…

A Justiça quer que eu pague 20 mil, 30 mil ou 50 mil pro Ali Kamel? Acho absurda a condenação. Mas se for obrigado, eu pago até com certo gosto. Levo lá no Jardim Botânico o cheque pra ele. Ou entrego no apartamento onde ele vive, de frente pro mar na zona sul – palco, vez ou outra, de brigas com os vizinhos que também acabam na Justiça.

Essa condenação, que ainda lutarei para reverter, lembra-me a belíssima letra de Paulo Vanzolini – com a qual abri esse texto…

Tudo bem, Kamel, se você e a Justiça fizerem questão, eu pago! Só que seguirei a fazer - aqui – o contraponto ao jornalismo que você dirige.

Tudo bem, Kamel, se você e a Justiça fizerem questão, esgotados todos os recursos, eu pago!

Eu pago. Vê-lo derrotado frente à história: não tem preço.



Leia outros textos de Palavra Minha

sábado, 19 de janeiro de 2013

ocarapááálida é falso como uma nota de três reais!


Falta eventual de luz diminuiu no Brasil
entre 2001 e 2012

Posted by eduguim on 19/01/13 • Blog da Cidadania





Não basta lamentar um pseudo tipo de jornalismo que é feito cotidianamente no Brasil através da mais pura vigarice, de uma tentativa revoltante de enganar o público veiculando informações falsas, incompletas, distorcidas ou até mesmo escandalosamente omitidas.

Cabe, pois, ao cidadão engajado na luta por informação de melhor qualidade no Brasil combater tais práticas fazendo o contraponto, pegando no pé de quem faz isso e não largando mais, porém sempre de forma leal, justa, civilizada e honesta.

Nesse aspecto, a objetividade é um caráter fundamental da notícia. Quanto mais seu autor dá voltas para chegar ao ponto, menos tem a dizer. É o que ocorre com notícia veiculada em destaque no UOL, conforme a imagem acima.

Fato: o portal de internet do Grupo Folha informa que a falta de energia episódica que sempre ocorreu aqui e sempre ocorrerá em qualquer parte, variando apenas a freqüência com que isso acontece, teve o maior aumento em três anos.

Não é mentira, mas não é toda a verdade. Faltou uma informação para que o público pudesse mensurar se é verdadeira a insinuação contida na notícia de que está havendo algum problema mais sério com a geração e a transmissão de energia no Brasil.

Descendo à matéria em questão, ela informa ao distinto público, já no primeiro parágrafo, que “Os consumidores brasileiros tiveram de conviver em 2012 com um recorde incômodo: o de cortes de luz”.

Recorde? Que tipo de recorde?

Sim, a matéria informa que é um “recorde” em três anos, mas não informa que, em relação ao período que originou o termo “apagão” (2001/2002, quando o Brasil teve que racionar energia), estamos proporcionalmente sofrendo menos com aquela boa e velha falta de luz que costuma ocorrer durante rápidas tempestades ou mesmo em razão de falhas na transmissão de energia como incêndio, curto circuito etc.

Veja o gráfico abaixo.




A matéria do UOL (manchete de primeira página da Folha de São Paulo de 19 de janeiro de 2013), como se vê, diz que, em 2001 e 2002, quando o país teve que racionar energia durante cerca de um ano, ocorreram, respectivamente, 157 e 194 blecautes episódicos – então decorrentes de escassez de geração e transmissão de energia elétrica –, enquanto que, em 2011 e 2012, agora sem escassez de geração e transmissão, ocorreram, também respectivamente, 221 e 241 blecautes daquela natureza.

Ora, a conclusão óbvia, assim, é a de que a situação, hoje, é ainda pior do que a de 2001/2002, certo?

Errado. A situação é muito melhor porque, como o presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, informou em entrevista coletiva à imprensa no último dia 8 (há, portanto, meros 11 dias), “De 2001 a 2012 a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil”, tendo havido um “Aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear”. E, como se não bastasse, o presidente da EPE (criada no governo Lula para planejar a oferta de energia no país), informa que “Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos”.

Ora, se a capacidade de energia cresceu 75% no Brasil de 2001 até agora – e se 85% desse crescimento ocorreu nos governos Lula e Dilma (últimos dez anos), há que atualizar os pesos de 157 blecautes em 2001 e de 194 em 2002 para que possam ser comparados com os que ocorrem hoje.

Assim, 157 “apagões e apaguinhos” (by Folha) em 2001, hoje equivaleriam a 274 apagões, e 194 em 2002, hoje equivaleriam a 339,5. Assim, os 221 blecautes de 2011 representam uma queda de 20% em relação a 2001, e os 241 do ano passado uma queda de 29% em relação a 2002.

Mas isso não é o principal. A relação entre a geração de energia hoje e em 2001/2002 é muito melhor, razão pela qual houve racionamento naquele período e hoje não há, pois estamos gerando mais energia do que a demanda e não menos, como naquela época.

E como prova de que é assim, o presidente da EPE informa que, em relação ao período do racionamento de energia, hoje “Triplicou a capacidade de o Nordeste, onde as previsões são de menor volume de chuvas, importar energia de outras regiões”

Tolmasquim ainda afirma que “O Nordeste ficou menos vulnerável porque pode contar com as outras regiões”. E que isso se deu “Porque houve melhora na rede de transmissão de energia”.

Sempre segundo o presidente da EPE, “Antes de 2001, implantavam-se, em média no Brasil, 1 mil quilômetros de linhas por ano” e, “Nos últimos dez anos, média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano”.

Enfim, esses são os dados corretos. Não há aumento de blecautes ou ameaça de racionamento no Brasil. A matéria da Folha que o UOL está martelando em sua home no momento em que escrevo, é falsa como uma nota de três reais.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

acima do Supremo está o Asdrúbal! esses carapááálidas da grobobo

Chavez e Venezuela
Todos a Caracas: quem são os golpistas? Acima do Supremo, está o Asdrúbal!


Escrevinhador


por Rodrigo Vianna

“Todos a Caracas”, grita ao microfone o governador chavista de Anzoátegui – um dos 23 Estados venezuelanos. A cena aparece na TV estatal, a VTV. Depois, surgem na tela flashs de atos públicos em outras partes do país: um comitê de petroleiros da PDVSA, um núcleo de artistas de esquerda… O chavismo se mobiliza para a grande manifestação dessa quinta-feira – em frente ao Palácio presidencial de Miraflores, centro de Caracas.

Mudo de canal. A Globovisión entrevista “especialistas”, juristas, deputados da oposição… O canal privado (antichavista até a medula, participou do golpe de Estado de 2002 contra Chavez) contesta a decisão do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (sobre a qual falarei logo abaixo). Inicia-se uma campanha, com claro apoio de órgãos de imprensa pelo mundo, para “vender” a idéia de que a Venezuela estaria a caminho de rompimento da ordem democrática.

Por indicação de Leandro Fortes, fico sabendo que o JN da Globo brasileira entrou na campanha. O Supremo da Venezuela atestou a legalidade da licença de Chavez. A Globo não concorda. Foi ouvir um certo Asdrúbal: “Para o constitucionalista Asdrubal Aguiar, que já foi da Corte Interamericana de Justiça, a decisão desta quarta é uma usurpação do poder, um verdadeiro golpe de estado contra a Constituição.”

Para a Globo, acima do Supremo está o Asdrúbal! Asdrúbal trouxe o trombone!

Agora, a sério: recapitulemos a situação.

Chavez foi eleito, em outubro, com 56% dos votos para mais um mandato. A posse – diz o artigo 231 da Constituição – deve acontecer dia 10 de janeiro, perante a Assembléia Nacional. O mesmo artigo 231, entretanto, afirma que em casos excepcionais a posse pode se dar diante do Tribunal Supremo de Justiça. E aí sem data definida.

Atualmente (desde o dia 8 de dezembro) está no poder o vice-presidente Nicolas Maduro. Na Venezuela o vice não é eleito, mas indicado pelo presidente. A oposição diz que, como o mandato de Chavez está se encerrando, Maduro também deveria deixar de ser vice. Diante da ausência de Chavez no dia 10, diz a oposição, deveria assumir o presidente da Asembléia Nacional, Diosdaldo Cabello (que também é chavista).

Diante da dúvida, o Tribunal Supremo de Justiça se pronunciou nessa quarta-feira, de forma oficial e inapelável: a posse pode ser adiada (como prevê o artigo 231), e enquanto isso Maduro pode seguir à frente do governo.

Ora, o tribunal tomou a decisão e interpretou a Constituição – que é aparentemente omissa ou confusa em relação a um caso desse tipo. A oposição esperneia. E joga na confusão. Isso está claro.

Importante: Maduro, Cabello ou Chavez. Essas são as três opções. Todas dentro do chavismo. Fragilizada por duas derrotas em menos de 3 meses, a oposição tenta fomentar a divisão no chavismo. Por isso, defende a posse de Cabello (e não de Maduro) nesse período de incerteza. Os jornais da Venezuela falam sem parar na “divisão” do chavismo entre “ala militar” (Cabello, um ex-tenente que está com Chavez há 3 décadas) e “ala civil” (Maduro, um ex-sindicalista de estilo moderado e amistoso).

Deputados da oposição fomentaram a dissidência, quase instigando Cabello a se rebelar. E ele respondeu: “não sou Federico Franco” (numa referência ao vice de Lugo, que aceitou exercer o papel de traidor no golpe paraguaio).

Agora, falo eu. A Constituição, em seus artigos 233 e 234, não deixa dúvidas: o presidente da Assembléia só asumiria o poder em caso de “ausência absoluta” do presidente (morte, renúncia, impedimento). Não é o caso. Chavez pode se recuperar e assumir – apesar do estado de saúde ser muito grave.

Curioso é ver alguns “juristas” venezuelanos – que participaram e tentaram legitimar o golpe de Estado de 2002, de Carmona contra Chavez – falando agora em “defesa da ordem democrática”.

Grave é transformar esse caso em “rompimento da ordem democrática”. À frente da campanha está Henrique Capriles: o candidato da direita, derrotado por Chavez em outubro, ajudou a mobilizar os golpistas em 2002. E agora tenta mobilizar aliados na mídia para iniciar uma campanha internacional contra a Venezuela.

A oposição fala em “golpe”, em “usurpação do poder”. Golpe de chavistas contra Chavez? Não faz sentido. Mais que isso: se houver nova eleição na Venezuela, o chavismo tem ampla probabilidade de vitória.

O que está em curso é um contra-ataque aos governos de esquerda e centro-esquerda na América do Sul. Não é por outro motivo que os presidentes do Uruguai e da Bolívia – além de altos representantes dos governos do Equador, Brasil e Argentina – devem participar nessa quinta do ato convocado pelos chavistas.

Todos a Caracas! O chamado vale para os venezuelanos. E para todos que querem manter a América do Sul no caminho das reformas sociais e políticas.







Leia outros textos de Vasto Mundo

ocarapááálida vai continuar apostando na sede... e no domínio das águas?


Dilma baixa conta de luz. Cadê o Aécio?

Blog do Miro

Por Altamiro Borges
Foi publicada hoje no Diário Oficial da União a Lei 12.783, de 11 de janeiro de 2013, que prorroga as concessões das empresas de geração de energia e reduz as tarifas para os consumidores. Sancionada pela presidente Dilma Rousseff, ela faz parte do pacote de iniciativas do governo para aquecer a economia, afastando os riscos de maiores impactos da crise mundial do capitalismo. A lei beneficiará empresas e residências, com cortes de até 20% nas contas de luz.

Conforme esclarece a reportagem da Agência Brasil, "para terem o contrato de geração renovado, as concessionárias devem atender a requisitos estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em relação a tarifas e qualidade do serviço. A agência também disciplinará o repasse, para a tarifa final paga pelo consumidor, de investimentos necessários para manter a qualidade e continuidade da prestação do serviço pelas usinas hidrelétricas".

A mídia rentista, que tentou sabotar a medida e até apostou num racionamento de energia, terá de ser mais hábil agora para atacar o corte das contas de luz - sob o risco de perder ainda mais a sua já frágil credibilidade. Já a oposição demotucana recuou na última hora e aprovou o projeto, temendo um novo desgaste eleitoral. Quem mais se expõs contra a medida foi o cambaleante presidenciável do PSDB, o senador Aécio Neves. Em férias nos EUA, ele não vai falar nada sobre a redução das tarifas?

"ninguém muda um país sentado diante de um computador"


O fiasco do ato contra Lula em SP e a ojeriza do brasileiro à política

Posted by eduguim on 14/01/13 • Blog da cidadania




Claro que foi risível o fiasco dos 20 gatos pingados que foram à avenida Paulista no domingo para insultar o ex-presidente Lula e o PT. A quantidade de piadas possíveis sobre essa iniciativa ridícula é imensurável e está fazendo a festa de quem se indignou com aquela cretinice.

Todavia, à luz de recente ato público de apoio ao adiamento da posse do presidente Hugo Chávez, na Venezuela, o qual levou centenas de milhares, se não milhões às ruas, há que refletir sobre um fenômeno tipicamente brasileiro.

É mentira que o brasileiro não vai à rua. Vai, sim, só que apenas se for em causa própria.

Recentemente, perguntei a lideranças da CUT e do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) por que ainda não se mobilizaram pela causa da regulação da mídia, que defendem. Afinal, ao menos a central sindical já conseguiu pôr dezenas de milhares na rua.

Os movimentos sociais e os sindicatos que entendem quão prejudiciais são os oligopólios de comunicação me responderam que não existe “massa crítica” para gerar manifestações de rua por esse tema.

O próprio Movimento dos Sem Mídia, fundado aqui neste blog, já conseguiu pôr centenas de pessoas na rua contra o engajamento político da imprensa dita “isenta”, como no caso da manifestação da ONG em 2009 contra editorial da Folha de São Paulo que disse que a ditadura militar brasileira teria sido “branda”.




Contudo, manifestações de 500 pessoas ou mesmo de 20, 30 mil como as que a CUT já logrou organizar para reivindicar salários etc. seriam vistas como piadas em países como Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina e outros países politizados.

Os raros exemplos de sucesso de manifestações públicas de massas no Brasil residem entre os homossexuais e os evangélicos, que arrastam milhões de pessoas para tais iniciativas.

Aliás, verdade seja dita, nos países politizados desta região até a direita consegue pôr gente na rua, haja vista recente manifestação contra o governo na Argentina ou as marchas da oposição venezuelana menores do que as do chavismo, sim, mas, ainda assim, gigantescas.

O que acontece com o nosso povo? Por que somos tão engajados em causas de interesse de todos apenas na internet, mas sempre arrumamos um “compromisso de última hora” quando somos convocados a ir à rua defender aquilo em que acreditamos?

Os retardados que convocaram a manifestação contra Lula somaram quase duas mil pessoas no Facebook, mas a desculpa deles para não terem ido à avenida Paulista dizerem seus insultos contra o ex-presidente foi a de que “estava chovendo”…

No mesmo dia do ato dos “cansados” paulistanos, entre 300 mil (segundo a polícia) e 800 mil (segundo os manifestantes) foram à rua em Paris para protestar contra o “casamento” gay. A França, aliás, a exemplo de vários outros países europeus é palco constante de manifestações enormes.

Ir à rua protestar ou reivindicar, portanto, não é coisa de país subdesenvolvido. Muito pelo contrário, denota a preocupação dos povos em transformar retórica em ações.

Seja contra Lula, seja contra mídia, seja pelo que for – até mesmo por reivindicações que beneficiem os manifestantes –, o brasileiro demonstra comodismo e covardia.

Em 2011, a grande mídia tentou pôr gente na rua para protestar contra Lula, o PT e o governo Dilma. Impérios de comunicação martelaram convocações diuturnamente e colheram mais fiascos.

Os poucos que os grandes meios de comunicação conseguiram mobilizar, mobilizaram-se porque tais meios financiaram transporte, lanches e até pagamentos em dinheiro. Fui a algumas dessas manifestações e descobri que muitos nem sabiam por que estavam lá.

Já tentaram explicar essa apatia do brasileiro devido à ditadura, que teria atemorizado o nosso povo em relação a se mobilizar por causas políticas. É bobagem. A Argentina viveu uma ditadura mais sangrenta do que a brasileira e aquele povo se mobiliza o tempo todo.

A explicação me parece ser ojeriza do nosso povo à política. As manifestações se tornam ainda mais inviáveis quando convocadas sob tal mote.

A direita midiática, ao longo da segunda metade do século XX, trabalhou duro para gerar essa visão deturpada do povo sobre política. Nesse processo, porém, não atingiu somente a esquerda, mas a ela mesma. Hoje, aliás, a direita consegue mobilizar ainda menos gente do que a esquerda.

Esta, porém, tem instrumentos para sobrepujar a direita em mobilizações populares. Os movimentos sociais e os sindicatos estão quase que cem por cento no lado esquerdo do espectro político. Nesse ponto, surge o segundo grande inimigo da mobilização cidadã.

O comodismo explica por que pessoas politizadas e conscientes resistem a ir à rua expor suas demandas, apoios e repúdios. Esse, portanto, é o grande inimigo que é preciso combater a fim de pôr na agenda do país causa tão urgente quanto a democratização da comunicação.

Venho dizendo isso desde 2007, quando, neste blog, propus o primeiro ato público do Movimento dos Sem Mídia diante da Folha de São Paulo, que, surpreendentemente, reuniu quase 300 pessoas: ninguém muda um país sentado diante de um computador.

domingo, 13 de janeiro de 2013

o jeitutu do carapááálida governar e o domínio do fato julgado pelo povo...


O massacre do Pinheirinho

Posted by eduguim on 12/01/13 • Blog da Cidadania





No próximo dia 22 de janeiro fará um ano que os governos tucanos de São José dos Campos e do Estado de São Paulo, aliados a um setor do Judiciário paulista e a grupos econômicos de propriedade de notórios corruptos, perpetraram um crime de lesa-humanidade: o Massacre do Pinheirinho, o qual, tanto tempo depois, continua impune.

Naquela manhã de domingo, após semanas tensas de ameaças de invasão pela polícia militar, a tragédia se materializou. Milhares de policiais, munidos de armamento pesado, blindados, helicópteros, enfim, de um aparato de guerra, invadiram residências e, sob bombas, tiros e agressões físicas expulsaram famílias inteiras sem permitirem que sequer pegassem seus objetos pessoais.

O saldo daquela desgraça ordenada por governantes do PSDB eleitos para trabalharem pela população, além das milhares de famílias que perderam tudo, foi ao menos uma morte e dezenas de feridos.

Apesar de denúncias da população do Pinheirinho de que teriam ocorrido várias mortes por ação da polícia militar, apenas uma dessas mortes foi comprovada. O aposentado Ivo Teles dos Santos, de 70 anos, revoltou-se com a invasão e começou a protestar, sendo, em seguida, espancado por policiais militares.

O vídeo abaixo mostra o idoso protestando, o que desencadeou a fúria de policiais que, em seguida, o espancaram, segundo relatos de dezenas de testemunhas feitos inclusive a este blogueiro, que foi a São José dos Campos integrando força-tarefa organizada pelo Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) para tomar depoimentos das vítimas.




 
Após o espancamento, Teles desapareceu. Semanas depois, foi localizado por sua família no hospital municipal Dr. José Carvalho de Florence, em São José dos Campos. O idoso deu entrada no hospital no dia 22 de janeiro, horas depois do massacre.

Teles ficou internado, em coma, até 22 de março, quando sua filha, Ivanilda Jesus dos Santos, chegou da Bahia para retirá-lo. Até a morte, diz Ivanilda, o aposentado permaneceu em estado vegetativo, sem se movimentar nem responder a qualquer estímulo, por conta dos ferimentos causados pela polícia.

Em 9 de abril, Teles faleceu de falência múltipla de órgãos.

Na semana seguinte ao massacre, este blogueiro foi a São José dos Campos pela primeira vez, integrando força-tarefa do Condepe que tomaria os depoimentos de uma população que, além das casas, perdeu móveis, roupas, dinheiro, veículos, tudo roubado ou destruído pelos invasores.

A força-tarefa foi integrada, essencialmente, por jornalistas e advogados, destacados para ouvir e registrar, em ata, as denúncias da população atingida, a fim de encaminhar tudo ao Ministério Público.

Voltei pela segunda vez na semana posterior, mas menos para tomar depoimentos do que para investigar as denúncias de assassinatos. Conversei com várias pessoas que testemunharam assassinatos, mas que, temendo represálias da polícia, não aceitaram depor, de forma que o único assassinato confirmado foi o do aposentado Ivo Teles dos Santos.

Hoje, próximo ao primeiro aniversário do massacre, a sociedade brasileira pode ao menos comemorar o fato de que, se a Justiça não reparou o crime cujo principal responsável foi o então prefeito de São José dos Campos, Eduardo Cury (PSDB), o povo joseense fez tal reparação.

Nas eleições municipais do ano passado, o eleitorado daquela cidade puniu aquele crime de lesa-humanidade, cometido principalmente pelo PSDB, elegendo o candidato do PT Carlinhos Almeida no primeiro turno com 50,99% dos votos válidos, contra Alexandre Blanco (PSDB), que teve 43,15%.

Apesar de a maioria dos cidadãos de São José dos Campos ter se revoltado com os crimes cometidos pela polícia militar durante a desocupação do Pinheirinho, crimes como o estupro de moças de uma das casas invadidas, de ao menos um assassinato comprovado e de roubo de bens dos moradores da área “desocupada”, até hoje ninguém foi punido.

Próximo de completar um ano daquela barbárie, o Blog da Cidadania vem exortar autoridades e cidadãos a não se conformarem com aqueles crimes hediondos, pois esbofeteiam o próprio Estado Democrático de Direito, sendo insuficiente, para fazer justiça, a defenestração política do PSDB de São José dos Campos.

sábado, 12 de janeiro de 2013

que o carapááálida torce contra o PT não é mystéryu - DNA - primeiro engoliu o domínio do fato, agora... vai tomar o domínio das chuvas, depois...


Colunista expõe Folha ao ridículo

Posted by eduguim on 11/01/13 • Blog da Cidadania




Otavinho Frias, dono da Folha de São Paulo, deve estar refletindo sobre o custo que a partidarização que impôs ao seu jornal vai cobrando à sua credibilidade. Para usar um jargão jornalístico, ao ter em seu time de colunistas uma militante política como Eliane Cantanhêde, a Folha acaba de colher uma volumosa “barriga” (notícia falsa publicada em destaque).

A “barriga” ocorreu porque, na última segunda feira, esse jornal jogou lenha em uma fogueira acesa pelo concorrente Estadão na semana anterior, sobre iminente “racionamento de energia elétrica no país” devido à falta de chuvas que fez diminuir o nível dos reservatórios das hidrelétricas.

Confiando no taco da colunista Eliane Cantanhêde, esposa de um dos marqueteiros do PSDB, o jornal divulgou, no último dia 7, manchete principal de primeira página difundindo uma suposta “reunião de emergência” do governo para tratar do tal “risco de racionamento”.

Diante de notícia tão alarmista e divulgada com tanto destaque, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ligou para Cantanhêde, autora da matéria em tela, para informar que a reunião não fora convocada por Dilma e nem era de “emergência”, pois integrava um cronograma de reuniões ordinárias do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que acontece todos os meses. E divulgou, no site do Ministério, o cronograma de reuniões para 2013.

Veja, abaixo, o cronograma.




Desmontada a farsa da Folha, produzida por Cantanhêde, sobre ser reunião de “emergência”, a colunista não se deu por vencida e, em sua coluna da última quinta-feira (10), tentou remendar a “barriga” a que induziu seu empregador. Veja, abaixo, a coluna.

—–

Folha de São Paulo

10 de janeiro de 2013

Eliane Cantanhêde.

Aos 45 do segundo tempo

BRASÍLIA – Como previsto, o governo tentou desmentir a manchete de segunda da Folha sobre a reunião de emergência do setor elétrico marcada para ontem para discutir o nível preocupante dos reservatórios, ou o que o setor privado vem chamando, talvez com exagero, de “risco de racionamento”.

Desmentir notícias desconfortáveis, aliás, é comum a todos os governos: “O que é bom a gente mostra, o que é ruim a gente esconde”.

Por isso, guardei uma carta, literalmente, na manga: o e-mail enviado por um dos órgãos participantes às 17h56 da última sexta-feira: “A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE informa aos agentes que a 53ª Assembleia Geral Extraordinária foi transferida para o dia 14 de janeiro [...]. O adiamento deve-se à coincidência da data anterior [9/1] com a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), convocada pelo Ministério de Minas e Energia”.

Não se desmarcam assembleias gerais do dia para a noite, porque elas custam um dinheirão, envolvem dezenas de pessoas na organização, centenas de convidados e deslocamentos. A CCEE só fez isso porque foi convocada de última hora, cinco dias antes, para a reunião de Brasília.

O governo, porém, insiste que é coincidência que a reunião ocorra no meio do turbilhão -e da assimetria das chuvas. O ministro Lobão até me disse que estava marcada havia “um ano”. Para comprovar, me remeteu para o cronograma de reuniões no site do ministério.

Sim, estava lá, mas o cronograma foi postado no site precisamente às 15h14min30s de segunda, dia 7, horas depois de a manchete da Folha sacudir o governo, o setor, talvez o leitor/consumidor.

Há muito o que discutir: as falhas do sistema, a falta de planejamento, a birra de são Pedro, os custos das térmicas e, enfim, como ser transparente com indústrias, concessionárias e usuários. Aliás, uma obrigação de qualquer governo.


—–

Nem seria necessário mais nada para entender que a tese salvacionista de Cantanhêde não se sustentava, pois bastaria ver o cronograma de reuniões do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico para saber se, como a colunista insinuou, tal cronograma fora composto às pressas para desmentir a tese da “reunião de emergência”.

O Ministério das Minas e Energia, porém, antecipou-se ao que este blog iria publicar e enviou carta ao jornal provando que nunca houve reunião de emergência alguma, conforme a “barriga” que o veículo cometeu sob influência de sua colunista. Sem remédio, a Folha publicou a carta em sua edição desta sexta-feira. Veja, abaixo, a manifestação do Ministério.


—–

Folha de São Paulo

11 de janeiro de 2013

Painel do Leitor

Energia

No dia 7/1, a Folha publicou a seguinte manchete de capa: “Escassez de luz faz Dilma convocar o setor elétrico”, com o subtítulo “Reunião de emergência discutirá propostas para evitar riscos de racionamento”. O texto remetia para reportagem em “Mercado” sob o título “Racionamento de luz acende sinal amarelo”.

Tratava-se de uma desinformação. Na mesma data da publicação, preocupado com a repercussão da reportagem, principalmente nas Bolsas, o ministro Edison Lobão, em telefonema à autora da reportagem, a jornalista Eliane Cantanhêde, esclareceu que a reunião em referência não fora convocada pela presidenta da República, nem tinha caráter de emergência. Tratava-se, conforme relatou, de reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada desde o ano passado.

Além desses esclarecimentos não terem sido prestados na reportagem sobre o assunto publicada em 8/1 (“Lobão confirma reunião, mas descarta riscos”, “Mercado”), a jornalista, na coluna “Aos 45 do segundo tempo” (“Opinião”, ontem), põe em dúvida a veracidade das informações do Ministério de Minas e Energia. Para que não reste dúvida sobre o assunto, consta na ata da 122ª Reunião do CMSE, realizada em 13/12/2012, precisamente no item 12, a decisão de realizar no dia 9/1/2013 a referida reunião ordinária.

Antonio Carlos Lima, da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia (Brasília, DF)


—–

Como este blog opinou no texto Imprensa tucana inventa apagão para tentar sabotar a economia, o Ministério das Minas e Energia também entendeu que a matéria tinha, se não objetivo, ao menos potencial para tumultuar a economia, do que decorreu queda do valor das ações das empresas geradoras de energia, as quais, desfeita a farsa, recuperaram-se na última quinta-feira.

O mais engraçado mesmo, porém, foi a tréplica de Eliane Cantanhêde tentando salvar sua matéria irresponsável, alarmista, criminosa mesmo. Leia abaixo.

—–

Folha de São Paulo

11 de janeiro de 2013

Painel do Leitor

RESPOSTA DA JORNALISTA ELIANE CANTANHÊDE – De fato, a reunião foi marcada em dezembro, mas, diante dos níveis preocupantes dos reservatórios, ganhou caráter emergencial – evidenciado pela intensa movimentação do governo. A Folha contemplou no dia 8/1 a versão do ministro de que não havia risco de racionamento.


—–

É piada, não é mesmo? A matéria de Cantanhêde na Folha do dia 7 não disse que a reunião “ganhou caráter emergencial” devido aos “níveis preocupantes dos reservatórios”; disse que era de emergência, convocada às pressas. Não foi por outra razão que a própria Folha retificou a matéria mentirosa e alarmista logo abaixo da resposta de sua colunista, na seção “Erramos”.

Veja, abaixo, a retratação da Folha – obviamente que sem o destaque que o jornal deu à “barriga” que cometeu por obra e graça de uma “jornalista” cujo trabalho, há muito, pauta-se por motivações político-partidárias, para dizer o mínimo.


—–

Folha de São Paulo

11 de janeiro de 2013

Seção “Erramos”

MERCADO (7.JAN, PÁG. B1) A reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico havia sido marcada em 13 de dezembro de 2012, e não neste ano, conforme informou a reportagem “Racionamento de luz acende sinal amarelo”, de Eliane Cantanhêde.


*



Eliane e a “massa cheirosa” – via nossa leitora Meire Cavalcante





sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

num tempo de malukus no trânsito... não dá pra flexibilizar!


Dilma veta flexibilização do uso das carteiras de habilitação

Dilma Rousseff
Mudança “opta pelo afrouxamento das regras de trânsito vigentes, em contrariedade ao interesse público”, justifica texto do veto | Foto: Antônio Cruz / ABr
No SUL 21

A presidenta Dilma Rousseff vetou integralmente um projeto de lei (PL) que modificava as sanções para quem for flagrado dirigindo um veículo diferente da categoria para a qual está habilitado.
O PL 6.070/2005 alterava o Código de Trânsito Brasileiro e proibia o recolhimento da carteira de habilitação nos casos em que o condutor dirige ou entrega a direção a alguém que não está habilitado para a categoria do veículo em uso.
Na justificativa para o veto, a presidenta argumentou que a mudança “opta pelo afrouxamento das regras de trânsito vigentes, em contrariedade ao interesse público”, segundo texto publicado quinta-feira (10) no Diário Oficial da União.
O Código de Trânsito Brasileiro prevê cinco categorias para carteira de habilitação: A, para condução de motocicletas; B, para automóveis; C, para veículos de carga com mais de 3,5 mil quilos, como caminhões; D, para transporte de mais de oito passageiros, como ônibus e vans; e E, para conduzir veículos das categorias B, C ou D que tenham unidade acoplada ou reboque de mais de 6 mil quilos.
Da Agência Brasil

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

A imprensa do PIG que distorce e torce contra você


Imprensa tucana inventa apagão para tentar sabotar a economia

Posted by eduguim on 07/01/13 • Blog da Cidadania





Apesar de ser revoltante a tentativa da Folha de São Paulo e do Estado de São Paulo de convencer o país de que existe a mais tênue possibilidade de ocorrer racionamento de energia como o que ocorreu entre meados de 2001 e começo de 2002, essa nova falsificação de tragédia terá o mesmo destino das outras junto a sociedade. Esta, porém, não é o objetivo.

Após o fracasso do “pibinho”, que não influiu em nada na popularidade e na confiança de que o governo federal e a sua titular desfrutam junto à sociedade, a nova aposta é ainda mais frágil, pois, aí, fundamenta-se, exclusivamente, em invenção, enquanto que o crescimento modesto do país em 2012, ainda que não tenha atingido o cidadão, ao menos existiu.

Esses jornais, de alguns dias para cá, saíram com uma história sem pé nem cabeça, sem qualquer base em nada, de que o governo Dilma pode decretar racionamento de energia elétrica no país igual ao que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso decretou entre o penúltimo e o último ano de seu governo de oito longos e torturantes anos.

Contudo, o que deveria ser dito pelo governo sobre isso, já foi dito. A presidente da República já disse, em alto e bom som, o que nem precisaria dizer: que é “ridículo”. Isso porque, durante o governo Lula, foi investido em geração de energia mais de um terço de tudo o que o país investiu em mais de um século.

A principal razão pela qual o Brasil teve um crescimento econômico durante o governo Lula que foi o dobro do que houve no período em que o país foi governado por FHC se deve justamente ao forte investimento no setor de geração de energia elétrica, com a intensa construção e modernização de hidrelétricas e ampliação de linhas de transmissão.

O Sistema Nacional de geração de energia hidrelétrica, pois, é interligado. Por conta disso, a redução dos níveis dos reservatórios de algumas regiões do país é compensada por níveis normais em outras regiões, de maneira que umas podem suprir a outras.

Inclusive, o país está entrando no período de chuvas, as quais deverão prover reservatórios de várias regiões, diminuindo ainda mais um risco de falta de capacidade de geração que, se já era diminuto, tornar-se-á desprezível.

A impossibilidade de ser necessário fazer racionamento é tamanha que o governo até vai reduzir o preço das contas de luz, o que por certo estimulará o consumo. Assim, só quem acredita que o Brasil é governado por uma psicopata pode acreditar que ela estimularia o consumo de energia elétrica sabendo que há risco de essa energia vir a faltar.

É óbvio que as imprensas partidarizadas de São Paulo e do Rio de Janeiro sabem que para um racionamento de energia elétrica produzir prejuízos políticos não basta dizer que tal racionamento ocorrerá. Com efeito, é preciso que ocorra.

Não é à toa que os brasileiros rejeitam com tanto ardor o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seu partido. Só quem viveu no Brasil entre 2001 e 2002 sabe como a sociedade sofreu com forte aumento nas contas de luz e com multas e até corte de energia de quem ultrapassava a cota do racionamento.

Foi difícil viver neste país durante o racionamento de energia tucano. As pessoas tinham que tomar menos banhos, lavar menos roupa e, no verão de 2001/2002, tinham que se eximir de usarem ar-condicionado e ventiladores, entre tudo de que tiveram que abrir mão por conta da incompetência do governo do PSDB. Isso sem falar na atividade econômica, que despencou.

Ora, mas se o mero alarmismo sobre racionamento não convencerá a sociedade de que o governo de Dilma e do PT é tão incompetente quanto o de FHC e do PSDB, por que a mídia tucana insiste nessa história de “apagão” e “racionamento”?

Explico: o que a Folha de São Paulo e o Estadão vêm fazendo nem é apenas politicagem, mas verdadeira tentativa de sabotar a economia, de afastar investimentos assustando investidores, que, como se sabe, não se pautam estritamente pelo bom senso, sendo dados a crer em fantasmas ao colocarem um centavo em qualquer coisa.

Você que não tem relações com grupos políticos, que trabalha para viver, que não é pago pelo PSDB ou por essa “imprensa” para fazer politicagem na internet, saiba que o objetivo dessa gente é fazer a economia do país ir mal para que os tucanos retomem o poder. Assim, você pode não gostar do PT, mas é capaz de sabotar a própria vida para ajudar o PSDB?

O Valério do Gilmar Dantas (*) não presta. Presta o Valério do Lula.


GURGEL VAI PRA CIMA DO LULA.
LOGO ELE


Gurgel tem autoridade moral para ir pra cima do Lula. Afinal, Thomas Jefferson mereceu de um ministro do STF a qualificação de “Pai da Pátria”. São Grandes Brasileiros.

Conversa Afiada





Saiu no Estadão:

PROCURADOR DECIDE PEDIR INVESTIGAÇÃO DE ACUSAÇÕES DE VALÉRIO CONTRA LULA


MPF vai investigar Lula.

Procurador-Geral (Roberto Gurgel) remeterá caso à 1ª instância com base em denúncia de Marcos Valério envolvendo o ex-presidente no mensalão.

A decisão foi tomada no fim de dezembro.

NAVALHA



Roberto Gurgel é aquele que o senador Fernando Collor denuncia como prevaricador e chantagista.

Caberá à Corregedoria do Ministério Público julgar a acusação – onde, provavelmente, Gurgel sairá como um santo, segundo a previsão de Mauricio Dias.

Aliás, o próprio Mauricio aguarda a nomeação de Luiz Moreira, indicado pela Câmara para a Corregedoria do MP.

Segundo Mauricio, o Gurgel até agora impediu a posse de Moreira.

Gurgel foi aquele que, na calada da noite, retirou o pedido de prisão do Dirceu e do Genoíno enquanto o Supremo estava em sessão, para reapresentá-lo quando a decisão cabia apenas ao Presidente Barbosa.

Foi uma manobra tão extravagante que Barbosa aplicou uma derrota a Gurgel.

Gurgel não leu o Privataria Tucana, embora o Presidente Barbosa tenha recomendado.

Lista de Furnas ?

Não investiga as denúncias contra Roseana Sarney e Aécio Never.

Como sentou em cima das denúncias contra Demóstenes, quando Demóstenes era o Rei da Cocada Preta.

Gurgel tem autoridade moral para ir pra cima do Lula.

Afinal, Thomas Jefferson mereceu de um ministro do STF a qualificação de “Pai da Pátria”.

São Grandes Brasileiros.

Como os que fazem parte da reportagem de Mauricio Dias e Leandro Fortes na Carta Capital: “Juiz ? Não, réu !”.

Ali também estão preciosas informações do Marcos Valério sobre o Ministro Gilmar Dantas (*) e o ex-Presidente Fernando Henrique.

Mas, lamentavelmente, o Gurgel faz uma leitura seletiva do Marcos Valério.

Tem o Valério em que se pode confiar.

E o Valério que não presta.

O Valério do Gilmar Dantas (*) não presta.

O Valério do Daniel Dantas não presta.

Presta o Valério do Lula.

Viva o Brasil !



Em tempo: o sinistro mandato de Gurgel se encerra em abril. Caberá à Presidenta Dilma escolher o substituto, que não precisa ser, como tem sido, da lista elaborada pelos procuradores. Assim como a Presidenta pode vir a ter maioria no Supremo, já que, como mostrou o Marcio Félix, o Supremo não é uma instituição “técnica”.

Em tempo2: o ansioso blogueiro mereceu um simpático telefonema do profeta Tirésias.

Ele tratava da severidade das penas do Dirceu e do Genoíno.

Do “punitivismo” a que se refere o Márcio Félix.

Tirésias considera que uma das penas mais injustas foi a de Marcos Valério, coitado.

Logo ele, que não passa de uma menino-de-recados.

Inclusive do Daniel Dantas.

Mas, do Daniel … quem ousa falar ?, pergunta Tirésias.

O Ministro Lewandowski, respondeu o ansioso blogueiro.

Por duas vezes, com o Gilmar Dantas (*) ali ao lado, Lewandowski mencionou a ligação de Valério com o imaculado banqueiro.

Inclusive nas viagens a Lisboa, onde Valério, diligentemente, foi defender interesses das empresas do imaculado banqueiro.

Tirésias concordou. De fato, Lewandowski foi uma exceção.

Em tempo3: Gurgel só não foi indiciado na CPI do Cachoeira porque o Odarelo Cunha preferiu dar ao jn o furocom as conclusões da CPI.

Em tempo4: agora, Gurgel diz que ainda não tomou a decisão de ir para cima do Lula. Vai “analisar” “com profundidade”. Engraçado: a Privataria Tucana que o Edu mandou ele ainda não “analisou”. Esse Bessinha …


Paulo Henrique Amorim





(*) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…

Perigo na Mamografia?

Preservar a vida é cuidar antes



Perigo na MAMOGRAFIA!!!
Recebi e estou repassando

É bom saber!
Em um programa na televisão israelense, disse um médico que é cada vez mais
comum o número de mulheres que sofrem de câncer de tireóide. E observou
que, talvez, isso seja devido ao uso de raios-X em Mamografia.
Ele explicou que um manto deve ser fornecido para fazer esse tipo de estudo
e que ele se destina a cobrir e proteger o pescoço.
E muitos não levam em conta sobre isso !!!
Esse manto de proteção pode ser colocado sobre a área da tireóide, no caso
da Mamografia.
A pessoa que escreveu esse e-mail foi fazer esse estudo de Mamografia e,
encorajada, solicitou esse manto de proteção.
Perguntou para a enfermeira porque nunca colocam essa proteção nas
pacientes e ela respondeu:
- Não sei. Devem solicitá-lo!!!

*ENTÃO, SOLICITEMO-LO!!!! *
*É UM DIREITO NOSSO QUE NÃO SABEMOS E QUE AS CLÍNICAS NÃO  CUMPREM, POR
LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE.*

Então solicitemo-lo !!! Por favor, encaminhe esse e-mail para que não
somente você saiba desse assunto, mas possa ajudar outras mulheres também
na sua prevenção.

ONTEM FUI FAZER MEU EXAME E REALMENTE NA CLÍNICA POSSUEM O COLETE PARA
PROTEÇÃO DO PESCOÇO ( TIREOIDE), PORÉM ME DISSERAM QUE NINGUÉM PEDE.VAMOS
NOS PROTEGER!!!!!


Recebi e estou repassando (foi assim que o baitasar recebeu...)

É bom saber!

Em um programa na televisão israelense, disse um médico que é cada vez mais
comum o número de mulheres que sofrem de câncer de tireóide. E observou
que, talvez, isso seja devido ao uso de raios-X em Mamografia.

Ele explicou que um manto deve ser fornecido para fazer esse tipo de estudo
e que ele se destina a cobrir e proteger o pescoço.

E muitos não levam em conta sobre isso !!!

Esse manto de proteção pode ser colocado sobre a área da tireóide, no caso
da Mamografia.

A pessoa que escreveu esse e-mail foi fazer esse estudo de Mamografia e,
encorajada, solicitou esse manto de proteção.

Perguntou para a enfermeira porque nunca colocam essa proteção nas
pacientes e ela respondeu:

- Não sei. Devem solicitá-lo!!!

*ENTÃO, SOLICITEMO-LO!!!! *
*É UM DIREITO NOSSO QUE NÃO SABEMOS E QUE AS CLÍNICAS NÃO CUMPREM, POR
LIVRE E ESPONTÂNEA VONTADE.*

Então solicitemo-lo !!! Por favor, encaminhe esse e-mail para que não
somente você saiba desse assunto, mas possa ajudar outras mulheres também
na sua prevenção.

ONTEM FUI FAZER MEU EXAME E REALMENTE NA CLÍNICA POSSUEM O COLETE PARA
PROTEÇÃO DO PESCOÇO ( TIREOIDE), PORÉM ME DISSERAM QUE NINGUÉM PEDE.VAMOS NOS PROTEGER!!!!

________________________


Como o post acima não veio assinado e circula nas redes sociais com desenvoltura, o baitasar pediu ao professor mais esclarecimentos. 

"Precisamos denunciar, mas não podemos apenas criar mitos de ignorância, seja onde for." 

OProfessor foi pesquisar no santu gugol e achou mais umas coisinhas sobre a denúncia. Estão logo abaixo.

A mamografia é um exame MUITO importante pra saúde feminina e OProfessor acredita que precisa esclarecer esta denúncia... perguntando. E você precisa perguntar de novo. 

O melhor remédio pra dúvidas: perguntar (sempre - de preferência - pra o seu médico)!

___________________________


Mamografia x Câncer na tireoide: Fato ou Mito?

Enfermagem e Saúde

O exame de mamografia tem assustado cada vez mais as mulheres. A preocupação é que alguns especialistas americanos têm relacionado o fato do aumento de câncer na tireoide, com o exame realizado periodicamente em mulheres.

De acordo com a Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia, a ligação entre a mamografia e o câncer na tireoide não tem base cientifica, pois estudos mostram que o exame não expõe a tireoide a doses consideradas nocivas. Segundo a Comissão, na mamografia moderna há uma exposição insignificante para outros locais sensíveis à radiação que não seja a mama.

O assunto poderia ser encerrado após a afirmação da Comissão Nacional de Mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia. Mas a dúvida que permanece na cabeça de muitas mulheres é: Porque ao se fazer qualquer exame de raios X, até mesmo de um dente, é preciso usar como proteção um avental de chumbo e, para a mamografia pode-se expor o corpo à radiação?

O professor de Mamografia e Controle de Qualidade da Faculdade LS, Edmário Brandão Leite explica, que não se usa avental de chumbo em todo exame de raios X: “Em odontologia usa-se o protetor tiroidiano ou avental de chumbo pela proximidade dos órgãos e pelo número de dentes existentes. Quanto à mamografia, o feixe de radiação é colimado de maneira que só atinge a área de interesse, no caso, a mama”, afirma.


De acordo com o professor, o protetor de tireoide, quando bem colocado não atrapalha o exame, pois o feixe primário de radiação é colimado e o tubo de raios X é instalado no equipamento de maneira que o feixe de radiação passa paralelo a todo tecido da parede toráxica: “O protetor existe para outros tipos de exame, como a radiologia odontológica e a radiologia convencional”, explica Edmário Brandão.

Sendo assim, a relação entre mamografia e câncer na tireoide pode ser considerada um mito, já que o exame não interfere diretamente à tireoide.


Autora:

Susane Tavares Quirino de Souza

Leia mais: Mamografia x Câncer na tireoide: Fato ou Mito? - Artigos - Enfermagem e Saúde



Americanos preocupados com o desenvolvimento de câncer de tireoide mamografia


News Medical

Aviso: Esta página é uma tradução automática da página original em inglês. Por favor note uma vez que as traduções são geradas por máquinas, não tradução tudo será perfeita. Este site e suas páginas da Web destinam-se a ler em inglês. Qualquer tradução deste site e suas páginas da Web pode ser imprecisas e imprecisos no todo ou em parte. Esta tradução é fornecida como uma conveniência.
Alguns americanos expressaram preocupação, devido a um relatório de mídia errada, que a pequena quantidade de radiação um paciente recebe a partir de uma mamografia pode aumentar significativamente a probabilidade de câncer de tireoide em desenvolvimento. Esta preocupação não é simplesmente apoiada na literatura científica.


A dose de radiação para a tireoide de uma mamografia é extremamente baixo. A tireoide não está exposta ao feixe de raios-X direto utilizado para a imagem da mama e recebe apenas uma pequena quantidade de raios-X dispersos (menos de 0,005 miligray). Isto é equivalente a apenas 30 minutos de radiação natural recebida por todos os americanos a partir de fontes naturais.

Para mamografia anual a partir de idades 40-80, o risco de câncer a partir desta pequena quantidade de radiação espalhada para a tireoide é incrivelmente pequeno (menos de 1 em 17.100 mil mulheres rastreadas). Este risco minuto deve ser equilibrada com o fato de que o uso de protetor de tireoide pode interferir no posicionamento ideais e podem resultar em artefatos - sombras que podem aparecer na imagem de mamografia. Ambos estes fatores podem reduzir a qualidade da imagem e interferir com o diagnóstico. Portanto, o uso de um protetor de tireoide durante a mamografia não é recomendável.

Pacientes são aconselhados a não adiar ou abandonar o cuidado necessário de imagem da mama com base neste relatório mídia errada.

Fonte: HHTP / / www.MammographySavesLives.org/

As opiniões expressas aqui são as opiniões do escritor e não refletem necessariamente os pontos de vista e opiniões de Notícias Medical.Net.



Câncer de Tireóide


Postado em 24 nov de 2012 - Por Dra Claudia Yamazaki


O câncer de tiróide é o câncer endocrinológico mais comum. Pode-se afirmar que a maioria dos casos são de bom prognóstico e curáveis com a cirurgia de retirada da tiróide e raramente deixa seqüelas.

Sinais e Sintomas

Um “caroço” na tiróide que pode ser encontrado pelo médico ao examinar o pescoço, ou você pode notar ao deglutir olhando ao espelho. Raramente causa dor. Se o câncer for grande o suficiente pode ocorrer dificuldade para deglutir e dificuldade para respirar. Mais raramente pode ocorrer rouquidão quando a doença acomete o nervo responsável pelas cordas vocais.

Causas

Na maioria dos casos, não se sabe especificamente porque o paciente desenvolveu o câncer de tiróide. Existe uma maior propensão em pacientes com história familiar de câncer tiroidiano, que tiveram a glândula exposta a radiação, ou com mais que 40 anos de idade.

A exposição a radiação pode levar ao desenvolvimento do câncer de tiróide principalmente nos que foram expostos na infância. Situações assim eram mais comuns muitos anos atrás (anos 40 e 50) quando se fazia tratamentos de amigdalites, adenóides e acne com radioterapia. A exposição aos Rx comuns (dentes, pulmão, mamografia) não causa cancer de tiróide.

O acidente da usina nuclear de Chernobyl ocorrido em 1986 liberou grandes quantidades de iodo radioativo e as crianças expostas foram as mais afetadas evoluindo com o desenvolvimento de câncer poucos anos após o desastre.

Tipos

Existem 4 tipos de câncer de tiróide que diferem entre eles quanto à evolução e ao grau de agressividade:

• O carcinoma papilífero corresponde a 75% dos cânceres tiroidianos. Pode ocorrer em qualquer idade e é o de melhor prognóstico pois sua evolução é lenta e a mestástase inicialmente é nos gânglios do pescoço próximos a glândula.

• O carcinoma folicular corresponde a 10 a 15% dos cânceres tiroidianos ocorre em pessoas um pouco mais velhas que o papilífero. A metástase ocorre no pescoço, mas também pode acometer vasos sanguineos e pela circulação espalhar para locais mais distantes como pulmões e ossos.

• O carcinoma medular de tiróide corresponde a 10% dos cânceres de tiróide. É mais agressivo que o folicular. Freqüentemente pode comprometer vários membros de uma família e está associado a outras doenças endocrinológicas. Pode ser diagnosticado precocemente através de testes genéticos em membros da família do paciente afetado, seguida da cirurgia curativa antes da manifestação da doença.

• O carcinoma anaplásico é mais raro (5% dos cânceres de tiroide) e de pior prognóstico. Atinge pacientes mais idosos e dificilmente responde ao tratamento.

Tratamento

Cirurgia: O primeiro procedimento para tratar o câncer de tiróide é a cirurgia de retirada de toda a glândula (tiroidectomia total). Se o câncer for muito pequeno, tipo papilífero, somente a cirurgia é curativa.

Iodo radioativo: O iodo radioativo é um tratamento adjuvante que complementa a cirurgia. É indicado para destruir restos de tiróide que a cirurgia não conseguiu retirar e para evitar recorrência da doença.

Hormônio tiroidiano: o paciente deve tomar comprimidos de hormônio de tiróide o resto da vida, para repor o que o organismo deixou de produzir, ou para evitar a recidiva da doença. O especialista saberá a dose adequada para cada caso.

Acompanhamento após a cirurgia

O paciente deverá ser avaliado periodicamente porque o câncer pode voltar. Estas consultas incluem exame físico minucioso coma atenção especial para a área do pescoço, assim como ultra-som do pescoço e exames de sangue par averiguar o TSH e o T4 livre assim como a concentração de Tiroglobulina.

A tiroglobulina é um marcador de câncer de tiróide dosado no sangue. Espera-se que após as cirurgia e o iodo radioativo ela esteja sempre indetectável. Se durante o acompanhamento a tiroglobulina for detectada no sangue, pode ser que a doença recidivou através de uma metástase.

O seu médico pode querer um exame de imagem chamado Pesquisa de Corpo Inteiro para detectar a presença de células tiroidianas no corpo. Este exame deve se realizado com os níveis de TSH elevados no sangue para elevar o TSH o paciente deve ficar pelo menos 3 semanas sem o uso do hormônio tiroidiano, ou receber injeções de Thyrogen.

Dra. Claudia Yamazaki
Endocrinologista – CRM 81989
Rua Marselhesa, 272, Vila Mariana
claudiayamazaki@uol.com.br
tel: (11) 5572-3672

______________________

O melhor remédio para dúvidas:
perguntar (de preferência para o seu médico)!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

sobre anjos e demônios

LA DEMONIZACIÓN DE CHAVEZ 





por EDUARDO GALEANO

Eduardo Galeano – Hugo Chávez es un demonio. ¿Por qué? Porque alfabetizó a 2 millones de venezolanos que no sabían leer ni escribir, aunque vivían en un país que tiene la riqueza natural más importante del mundo, que es el petróleo.

Yo viví en ese país algunos años y conocí muy bien lo que era. La llaman la "Venezuela Saudita" por el petróleo.

Tenían 2 millones de niños que no podían ir a las escuelas porque no tenían documentos. Ahí llegó un gobierno, ese gobierno diabólico, demoníaco, que hace cosas elementales, como decir "Los niños deben ser aceptados en las escuelas con o sin documentos".

Y ahí se cayó el mundo: eso es una prueba de que Chávez es un malvado malvadísimo.

Ya que tiene esa riqueza, y gracias a que por la guerra de Iraq el petróleo se cotiza muy alto, él quiere aprovechar eso con fines solidarios. Quiere ayudar a los países suramericanos, principalmente Cuba.

Cuba manda médicos, él paga con petróleo. Pero esos médicos también fueron fuente de escándalos.

Están diciendo que los médicos venezolanos estaban furiosos por la presencia de esos intrusos trabajando en esos barrios pobres.

En la época en que yo vivía allá como corresponsal de Prensa Latina, nunca vi un médico. Ahora sí hay médicos. La presencia de los médicos cubanos es otra evidencia de que Chávez está en la Tierra de visita, porque pertenece al infierno.

Entonces, cuando se lee las noticias, se debe traducir todo. El demonismo tiene ese origen, para justificar la máquina diabólica de la muerte.

o comportamento de todos nós


Sakamoto: Enchentes? 
Não adianta “terceirizar” para o plano superior


por Leonardo Sakamoto

Com exceção dos fanáticos religiosos que enxergam sinais da primeira ou da segunda vinda do messias (dependendo da religião em questão), apenas os mais míopes não percebem que o planeta está dando o troco. Não estou falando apenas do aquecimento global e das já irreversíveis mudanças climáticas que vão gratinar a Terra nos próximos séculos, mas também dos crimes ambientais que fomos acumulando debaixo do tapete e que, agora, tornaram-se uma montanha pronta a nos soterrar.

Muitos falam de tragédias em Xerém, Santa Catarina, Angra dos Reis, Blumenau, Ilha Grande, Alagoas, São Luiz do Paraitinga, Jardim Pantanal, como se fossem situações desconectadas da ação humana, resultados da fúria divina e só. Um prefeito de uma cidade atingida, anos atrás, disse que só restava a ele rezar para Deus controlar as águas. Coitada da população que votou nele e viu o administrador do município “terceirizando” o trabalho para o plano superior, provavelmente dando continuidade ao que foi feito pelos que vieram antes dele.

A declaração é da mesma escola daquela de um assessor de George W. Bush quando questionado sobre a herança deixada às próximas gerações pelos gases geradores de efeito estufa da indústria norte-americana. Não me lembro da frase exata, porque lá se vão anos, mas foi algo do tipo: “não será um problema, porque Cristo voltará antes disso”. Virgem Maria…

Um renomado cientista declarou pouco antes da cúpula do clima em Copenhague que era melhor deixar os fatos tomarem seu curso natural, o mundo aquecer, refugiados ambientais quadruplicarem, cidades nos países ricos serem invadidas pelo mar, a fome surgir no centro do mundo. Só assim pessoas e países tomariam atitudes reais. Situação que, no Brasil, é vulgarmente conhecida como “a hora em que a água bate na bunda”. O problema é que, se nada for feito até lá, quando chegarmos nesse ponto, talvez não haja mais bunda para salvar. Apenas lamentar. E rezar.

O fato é que ocupação irregular, planejamento, plano diretor, reforma urbana são expressões ouvidas apenas no tempo das chuvas. Na seca, elas evaporam do léxico não só dos mandatários, mas também de pobres e ricos, que continuam construindo, desmatando e poluindo. Suas razões são diferentes, uns lucram com isso e outros são empurrados pela falta de condições materiais. Mas o efeito é o mesmo.

Vale lembrar que tudo o que foi dito aí em cima não gera um voto, pelo contrário: quem é o doador que vai ficar feliz por ter a construção de sua casa em uma área de preservação ambiental embargada? Ou qual o famoso apresentador de TV, que teve sua pousada de luxo removida de um paraíso ecológico cercado de água por todos os lados por estar em local impróprio, toparia fazer campanha de graça para o político que atuou firmemente para a referida pousada ir ao beleléu?

Considerando que quando há um problema urbano os mais pobres são expulsos do lugar onde estavam para um lugar perto da esquina entre o “não me encha o saco” com o “não me importa aonde”, é de se esperar também que a remoção deles de áreas de risco e de locais inundáveis também seja precedida de grandes protestos que irão reverberar nas urnas. Então, ninguém faz nada, só promete e faz cara de preocupado e de entendido. Afinal, é de palavras vazias que vive nossa política.

Todas essas considerações já foram ditas neste espaço. Qualquer solução eficaz adotada vai passar por mudanças no comportamento de todos nós. Como diria Cecília Meireles, no Romanceiro da Inconfidência, “todos querem a liberdade, mas quem por ela trabalha?” No Brasil, muito poucos. A maioria segue escondida no conforto do anonimato, defendendo o seu, fazendo meia dúzia de ações insignificantes para dormir sem o peso da consciência e o resto que se dane. Não querem mudanças no modelo de desenvolvimento que impactaria o “American Way of Life” que importamos, apenas reciclar latinhas de alumínio e dar três descargas a menos no vaso sanitário por dia. E seguem respondendo de boca cheia que fariam de tudo para ajudar o meio ambiente.


Leia também:

A homenagem de Stanley Burburinho a Zeca Pagodinho

Boff: O “tsunami” em Xerém, um crime de lesa-humanidade

Professor aprova medidas antienchente e faz dois alertas

Júlio Cerqueira César: Estadão induz leitor a acreditar em ficção

Álvaro Santos: O lixo não é o vilão das enchentes