segunda-feira, 13 de abril de 2009

A informação como mercadoria: quem são os donos da grande mídia brasileira?

Saiu no Pensador da Aldeia

por Paulo Jonas de Lima Piva

Em dezembro de 2005, quando o neoliberalismo grassava arrogante em nossa sociedade, a revista Caros Amigos lançou uma edição especial que entrou para a história das publicações brasileiras: "A Direita Brasileira". Nela encontramos um diagnóstico minucioso de como são e funcionam as elites e os setores mais reacionários, conservadores e repugnantes do capitalismo em território nacional.

No artigo da página 18, assinado pelo perspicaz, admirável, porém sectário José Arbex Jr, intitulado "O grande partido do país", um dos poucos jornalistas brasileiros que não fazem da notícia mercadoria ou espetáculo dispara baseado em Antonio Gramsci: "A imprensa é o mais sério e consequente partido da burguesia".

Diz mais: "não há, no país, [o] que limite a capacidade de ação dos donos da mídia".

Algumas páginas atrás, João Pedro Stédile, em entrevista sobre as dificuldades do avanço da Reforma Agrária no país, fornece-nos uma informação muito interessante:

"A família Saad, da TV Bandeirantes, tem fazenda no Pontal. Os Mesquita [donos do Estadão] são ligados à oligarquia rural cafeeira paulista. A Veja vendeu 15 por cento de suas ações para bancos multinacionais. A Folha se diz independente, mas o velho Frias é proprietário de um rebanho de leite, em São José dos Campos, tem quinhentas, seiscentas vacas"

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