segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

A Revolucionária Cubana

Meu querido, passei o dia pensando em como posso me tornar uma pessoa melhor, não, talvez não tenha sido isso. Passei pensando em como posso contribuir para que as coisas sejam, funcionem, melhor. Não, também não foi isso. Acho que pensei todo o dia na miséria humana, nas "crises" ideológicas das pessoas do poder, no início do ano letivo, no meu amor desenfreado por ti, nos livros que li nestes últimos dias. Todos livros acompanhados de duras realidades, mas com seus protagonistas ou escritores firmes no propósito de não perder a esperança em outro mundo, com justiça social e solidariedade, outro mundo possível. Talvez devesse ler algo mais pessimista, para que me sinta melhor, pois assim com tanta disposição em tentar a transformação da sociedade, até me sinto mal. Tenho a sensação que não estou podendo fazer nada para isto. Pelo menos, quando saía nas ruas gritando palavras de ordens, me sentia mais "produtiva". Mas em fim, há que ter esperança nesse tal de mundo novo, homem novo, mulher nova, sociedade nova. Assim foi constituída minha natureza histórica, não consigo ser niilista, nem estou disposta. Nem no amor consigo desistir e mantenho minha esperança em um dia poder caminharmos de mãos dadas, tomarmos mate nas praças, ler um livro e comentá-lo "a la minuta", ir-nos ao cinema, compartilharmos filmes, fotos, toalhas e sabonetes. Acho que nossa sociedade almejada é aquela onde as coisas simples que nos fazem humanos estariam sempre ao alcance da nossas mãos.

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