terça-feira, 6 de dezembro de 2011

globobo: "Vivo, Sócrates era um morto. Morto, ficou vivo." Esse cara pálida...

A morte no PiG (*).
Sócrates e Marighella

Vivo, era morto

O ansioso blogueiro se emocionou às lágrimas com a página que a Folha (**) dedicou ao Marighella: “Governo aprova anistia para (sic) Marighella”.

“Guerrilheiro é homenageado no dia em que faria 100 anos; líder da ALN, ele foi morto por agentes do Dops em 1969”.

“Estado perseguiu o ex(sic)-deputado desde a Era Vargas, afirma relatório; para general, ato ‘glorifica terrorista’ ”.

Trata-se do 1º. vice-presidente do Clube Militar, general reformado Clovis Bandeira: “É mais um ato de glorificação dos terroristas e um desaforo com quem lutou contra tudo isso”, diz a Folha.

Poderia ter acrescentado: opinião de que, provavelmente, compartilharia Otavio Frias, fundador deste jornal, que cedia as camionetes para os torturadores.

Emocionante também foi a despedida de Sócrates nos telejornais da Globo.

O ansioso blogueiro chorou ao assistir à gravação do Fantástico.

O amigo navegante certamente se lembra dos tempos em que – ainda vivo – Sócrates era um pária na Globo.

Sócrates sugeriu, na Carta Capital (leia o artigo que Mino Carta escreveu sobre ele), um boicote nacional às transmissões de futebol na Globo.

Sócrates, idealizador da “democracia corinthiana”, queria uma democracia na CBF para expulsar o amigão da Globo e do Galvão, o Mr. Teixeira.

Morto, Marighella merece uma página inteira no jornal dos filhos do “seu” Frias.

Vivo, Sócrates era um morto.

Morto, ficou vivo.

Essa Globo …


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Nenhum comentário: