terça-feira, 6 de dezembro de 2011

“O Amargo Santo da Purificação”

Ói Nóis Aqui Traveiz exibe vídeo sobre a vida e a luta de Carlos Marighella

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Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz exibe nesta terça-feira (6), a partir das 19 horas, no Santander Cultural, em Porto Alegre, o vídeo “O Amargo Santo da Purificação”, um registro sobre a trajetória do militante e dirigente revolucionário brasileiro Carlos Marighella. A exibição, que terá entrada franca, será seguida de uma conversa com os realizadores e do lançamento do DVD duplo sobre o espetáculo. O DVD é uma realização do Projeto Ói Nóis na Memória e da Artéria Filmes com fotografia, edição e finalização audiovisual de Pedro Isaias Lucas, e patrocínio da Petrobras e do Ministério da Cultura. É uma ótima oportunidade para conhecer a vida de um grande brasileiro.



Em três anos de trajetória, a peça que narra a “vida, paixão e morte” de Marighella, cujo centenário de nascimento foi comemorado nesta segunda-feira (5), percorreu 14 estados brasileiros, apresentou-se em mais de 60 cidades, participou de festivais e mostras em todo o país, visitas praças, vilas e bairros, além de diversos assentamentos no Rio Grande do Sul. Ao todo, cerca de 70 mil pessoas já viram a peça que recebeu os principais prêmios do teatro gaúcho: Açorianos de Melhor Espetáculo, Melhor Produção, Melhor Figurino, Melhor Atriz (Tânia Farias ) e Melhor Trilha (Johann Alex de Souza).



Carlos Marighella nasceu em Salvador, em 1911, descendente dos negros haussás, por parte de mãe, e de italianos, por parte de pai. Ainda jovem, filiou-se ao Partido Comunista, iniciando uma militância que duraria por toda a vida. Em 1967 afasta-se do Partido Comunista e, em 1968, fundou a Ação Libertadora Nacional. Em setembro de 1969, a ALN participou do sequestro do embaixador norte-americano Charles Elbrick, em uma ação conjunta com o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Na noite do dia 4 de novembro de 1969, foi surpreendido em uma emboscada na alameda Casa Branca, em São Paulo, e morto a tiros por agentes do DOPS, em uma ação coordenada pelo delegado Sérgio Paranhos Fleury.

Segundo o blog Sagrado Cacete, dos alunos da Escola de Formação de Atores da Terreira da Tribo, a encenação coletiva para teatro de rua conta a história de um herói popular que os setores dominantes tentaram banir da vida nacional durante décadas. O espetáculo usa a plasticidade das máscaras e de elementos da cultura afro-brasileira, procurando levar para as ruas uma “abordagem épica das aspirações de liberdade e justiça do povo brasileiro”.

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