A quem interessa sepultar a Castelo
e a Satiagraha. Ao sistema político
O país assiste envergonhado à decisão insustentável do Superior Tribunal de Justiça de absolver os corruptos apanhados pela Operação Castelo de Areia e pelo corajoso Juiz Fausto De Sanctis (sempre ele !).
Clique aqui para ler “STJ decide: é proibido investigar rico. A impunidade é o câncer do Brasil !”.
A Folha (*) hoje reflete a indignação de quem se sente escarnecido pela decisão de um Tribunal Superior (sic) !
A manchete é um grito: “Justiça anula provas da PF em inquérito sobre empreiteira – Superior Tribunal de Justiça desqualifica grampos telefônicos da Operação Castelo de Areia”.
Só faltou o ponto de exclamação, que Nelson Rodrigues considerava indispensável neste país de “tanto horror perante os Céus”.
A Operação Castelo de Areia ia no cerne de dois tipos de câncer.
O primeiro câncer, há muito tempo fora da cápsula, é o que associa empreiteiros a políticos.
O ponto de partida dessa degradação talvez tenha sido a nomeação de Sebastião Pais de Almeida para Ministro da Fazenda de JK.
Deputado e empreiteiro, de tão rico conseguiu comprar uma eleição de governador por Minas – embora fosse do Rio – e a Justiça eleitoral (sem a Lei de Ficha Limpa …) o impediu de tomar posse.
Tião Medonho, como a UDN o chamava, abriu a porteira para a instalação desse conúbio: grana de empreiteiro + voto de político.
Segundo me disse no Palácio do Planalto o empreiteiro mineiro Murilo Mendes, da Mendes Jr, no dia em que José Sarney decretou a moratória de dívida externa, Sarney pensou em nomeá-lo Ministro do Exterior.
Ele é que não deixou.
Atrás de cada político há o jatinho de um empreiteiro.
(Se for o Roger Agnelli, o Bombardier a grana saía de outra fonte: dos lucros da Vale.)
A Castelo de Areia – segundo a Folha (*), na página A4 – pegou com a mão na massa o Paulo Preto.
Se pegou o Paulo Preto, pegou o nobre senador Aloysio 300 mil, aquele que se elegeu em São Paulo depois que a Folha (*) matou o Senador Romeu Tuma.
E comprou um apartamento em Higienópolis com um empréstimo de 300 mil do Paulo Preto.
Se pegou o Paulo Preto, pegou toda a tucanagem paulista, que nem com o dinheiro do Governo Federal consegue acabar com o Robanel dos Tunganos.
É inesquecível a foto em que Padim Pade Cerra aparece sorridente – ou melhor, com as gengivas expostas – na foto com o Paulo Preto agachado à sua frente.
Na campanha eleitoral de 2010, Cerra disse que não conhecia Preto; depois disse que ele deveria se chamado de “Afrodescendente”; disse que o conhecia; depois disse …
Disse qualquer coisa, à espera de a Castelo de Areia ser detonada.
A Castelo de Areia conta também com a notável colaboração do irmão do Tony Palocci.
Adhemar Palocci, diretor de Engenharia da Eletronorte, aparece lá numa planilha logo abaixo de “50%”.
50%, amigo navegante !
Não parece muito, até para os padrões brasileiros ?
50% ?
Adhemar Palocci, Paulo Preto – assim não dá !
Tem que esconder a Castelo de Areia debaixo do tapete.
Pegar a dupla Padim e Palocci numa Operação só – já imaginou, amigo navegante ?
E ainda por cima expor, assim, de barriga para cima, ventre à mostra, instituição tão paquianamente respeitável como a Camargo Corrêa ?
Aquela que trata tão bem os funcionários em Jirau ?
Deixar a castelo de Areia viva é quase como abrir os discos rígidos do passador de bola apanhado no ato de passar bola e que se encontravam sob o peso do Ministro Eros Grau.
A República balança !
O sepultamento da Castelo de Areia agora depende da celeridade e da eficiência do Procurador Geral da República – clique aqui para ler “Procurador Geral ignora petição sobre Dantas”.
Ou seja, bye-bye Castelo de Areia.
Pobre Dr De Sanctis !
Por falar nele.
Sobre o câncer numero dois, esse que já virou metástase.
A Operação Satiagraha deve ser sepultada sem choro vela esta semana, sob a batuta do Ministro Adilson Vieira Macabu.
Conseguirá o Dr Macabu enterrar a Satiagraha na semana em que a revista Época incrimina o Daniel Dantas ?.
Claro que conseguirá.
Sepultar a Satiagraha interessa a quem, amigo navegante ?
A todo o sistema político brasileiro, do PSDB ao PT.
De novo.
A turma da Castelo de Areia se repete, com outros nomes, na Satiagraha.
Se numa – a Castelo – o agente é o Kurt, noutra é o Mirza.
Veja o post sobre o indiciamento da irmã de Dantas e do notável jurisconsulto Wilson Mirza.
Quem mais quer enterrar Satiagraha ?
O sistema político.
O Eduardo Azeredo, pai de todos os mensalões.
Ao Fernando Henrique, que chama o Dantas de “brilhante” e entregou a ele a telefonia brasileira – “se der m… “.
Ao Cerra, à filha do Cerra, sócia da irmã do Dantas.
Ricardo Sergio de Oliveira, eterno diretor financeiro da família Cerra – não se iludam: o livro do Amaury vem aí.
E tem o PT.
O PT do Delubio que chamava o braço direito do Dantas de “Dr Carlinhos”.
O PT do Dirceu.
Se o amigo navegante for a uma reunião do PT e falar em voz alta “Daniel Dantas” sai todo mundo pela janela.
Não fica nem o gato.
Qual é o papel do STJ e do STF, das instâncias maiores – aqueles onde o Dantas disse dispor de “facilidades” ?
Clique aqui para ler “STJ decide: é proibido investigar rico. A impunidade é o câncer do Brasil !”.
A Folha (*) hoje reflete a indignação de quem se sente escarnecido pela decisão de um Tribunal Superior (sic) !
A manchete é um grito: “Justiça anula provas da PF em inquérito sobre empreiteira – Superior Tribunal de Justiça desqualifica grampos telefônicos da Operação Castelo de Areia”.
Só faltou o ponto de exclamação, que Nelson Rodrigues considerava indispensável neste país de “tanto horror perante os Céus”.
A Operação Castelo de Areia ia no cerne de dois tipos de câncer.
O primeiro câncer, há muito tempo fora da cápsula, é o que associa empreiteiros a políticos.
O ponto de partida dessa degradação talvez tenha sido a nomeação de Sebastião Pais de Almeida para Ministro da Fazenda de JK.
Deputado e empreiteiro, de tão rico conseguiu comprar uma eleição de governador por Minas – embora fosse do Rio – e a Justiça eleitoral (sem a Lei de Ficha Limpa …) o impediu de tomar posse.
Tião Medonho, como a UDN o chamava, abriu a porteira para a instalação desse conúbio: grana de empreiteiro + voto de político.
Segundo me disse no Palácio do Planalto o empreiteiro mineiro Murilo Mendes, da Mendes Jr, no dia em que José Sarney decretou a moratória de dívida externa, Sarney pensou em nomeá-lo Ministro do Exterior.
Ele é que não deixou.
Atrás de cada político há o jatinho de um empreiteiro.
(Se for o Roger Agnelli, o Bombardier a grana saía de outra fonte: dos lucros da Vale.)
A Castelo de Areia – segundo a Folha (*), na página A4 – pegou com a mão na massa o Paulo Preto.
Se pegou o Paulo Preto, pegou o nobre senador Aloysio 300 mil, aquele que se elegeu em São Paulo depois que a Folha (*) matou o Senador Romeu Tuma.
E comprou um apartamento em Higienópolis com um empréstimo de 300 mil do Paulo Preto.
Se pegou o Paulo Preto, pegou toda a tucanagem paulista, que nem com o dinheiro do Governo Federal consegue acabar com o Robanel dos Tunganos.
É inesquecível a foto em que Padim Pade Cerra aparece sorridente – ou melhor, com as gengivas expostas – na foto com o Paulo Preto agachado à sua frente.
Na campanha eleitoral de 2010, Cerra disse que não conhecia Preto; depois disse que ele deveria se chamado de “Afrodescendente”; disse que o conhecia; depois disse …
Disse qualquer coisa, à espera de a Castelo de Areia ser detonada.
A Castelo de Areia conta também com a notável colaboração do irmão do Tony Palocci.
Adhemar Palocci, diretor de Engenharia da Eletronorte, aparece lá numa planilha logo abaixo de “50%”.
50%, amigo navegante !
Não parece muito, até para os padrões brasileiros ?
50% ?
Adhemar Palocci, Paulo Preto – assim não dá !
Tem que esconder a Castelo de Areia debaixo do tapete.
Pegar a dupla Padim e Palocci numa Operação só – já imaginou, amigo navegante ?
E ainda por cima expor, assim, de barriga para cima, ventre à mostra, instituição tão paquianamente respeitável como a Camargo Corrêa ?
Aquela que trata tão bem os funcionários em Jirau ?
Deixar a castelo de Areia viva é quase como abrir os discos rígidos do passador de bola apanhado no ato de passar bola e que se encontravam sob o peso do Ministro Eros Grau.
A República balança !
O sepultamento da Castelo de Areia agora depende da celeridade e da eficiência do Procurador Geral da República – clique aqui para ler “Procurador Geral ignora petição sobre Dantas”.
Ou seja, bye-bye Castelo de Areia.
Pobre Dr De Sanctis !
Por falar nele.
Sobre o câncer numero dois, esse que já virou metástase.
A Operação Satiagraha deve ser sepultada sem choro vela esta semana, sob a batuta do Ministro Adilson Vieira Macabu.
Conseguirá o Dr Macabu enterrar a Satiagraha na semana em que a revista Época incrimina o Daniel Dantas ?.
Claro que conseguirá.
Sepultar a Satiagraha interessa a quem, amigo navegante ?
A todo o sistema político brasileiro, do PSDB ao PT.
De novo.
A turma da Castelo de Areia se repete, com outros nomes, na Satiagraha.
Se numa – a Castelo – o agente é o Kurt, noutra é o Mirza.
Veja o post sobre o indiciamento da irmã de Dantas e do notável jurisconsulto Wilson Mirza.
Quem mais quer enterrar Satiagraha ?
O sistema político.
O Eduardo Azeredo, pai de todos os mensalões.
Ao Fernando Henrique, que chama o Dantas de “brilhante” e entregou a ele a telefonia brasileira – “se der m… “.
Ao Cerra, à filha do Cerra, sócia da irmã do Dantas.
Ricardo Sergio de Oliveira, eterno diretor financeiro da família Cerra – não se iludam: o livro do Amaury vem aí.
E tem o PT.
O PT do Delubio que chamava o braço direito do Dantas de “Dr Carlinhos”.
O PT do Dirceu.
Se o amigo navegante for a uma reunião do PT e falar em voz alta “Daniel Dantas” sai todo mundo pela janela.
Não fica nem o gato.
Qual é o papel do STJ e do STF, das instâncias maiores – aqueles onde o Dantas disse dispor de “facilidades” ?
É o papel de proteger o Sistema.
Não deixar a casa cair.
Não “balançar o coreto das autoridades“, como dizia o Sarney, quando era da ARENA.
No Brasil, o STJ ontem firmou jurisprudência.
No Brasil é proibido INVESTIGAR rico.
Não se trata sequer de prender rico.
Não se trata de algemar rico.
Isso está fora de questão.
Aqui é proibido INVESTIGAR rico.
É por isso que o amigo navegante verá no post sobre o indiciamento da irmã de Dantas que uma das estratégias de Dantas é ganhar tempo, adiar, procrastinar.
Esperar que a IMPUNIDADE se estabeleça.
A impunidade é central no “business plan” do passador de bola apanhado no ato de passar bola.
E a Justiça, no momento de materializar as “facilidades”, nada mais faz do que manter o coreto das autoridades no lugar.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
Não deixar a casa cair.
Não “balançar o coreto das autoridades“, como dizia o Sarney, quando era da ARENA.
No Brasil, o STJ ontem firmou jurisprudência.
No Brasil é proibido INVESTIGAR rico.
Não se trata sequer de prender rico.
Não se trata de algemar rico.
Isso está fora de questão.
Aqui é proibido INVESTIGAR rico.
É por isso que o amigo navegante verá no post sobre o indiciamento da irmã de Dantas que uma das estratégias de Dantas é ganhar tempo, adiar, procrastinar.
Esperar que a IMPUNIDADE se estabeleça.
A impunidade é central no “business plan” do passador de bola apanhado no ato de passar bola.
E a Justiça, no momento de materializar as “facilidades”, nada mais faz do que manter o coreto das autoridades no lugar.
Viva o Brasil !
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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