domingo, 25 de setembro de 2011

quando punir é uma coisa e não outra coisa


Supremo vai fechar o CNJ.
É o Judiciário – e o resto

Calmon e Dipp: a sociedade se vê neles

Saiu na Folha (*), pág. A17, reportagem de Frederico Vasconcelos e Flavio Ferreira:

“Ganha fôlego movimento para esvaziar poder do CNJ”

Punições a magistrados podem ser anuladas.

Supremo deve julgar na próxima quarta-feira ação que pode reduzir a capacidade de fiscalizar do conselho de Justiça.

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NAVALHA



A reportagem – Vasconcelos se tornou um respeitado jornalista especializado em cobrir a Justiça – dá a entender que a tentativa de fechar o CNJ se acelerou com a chegada da Ministra do STJ Eliana Calmon ao cargo de Corregedora do CNJ.

Ela assumiu, segundo a Folha, com a intenção de manter a atitude rigorosa do Ministro Gilson Dipp.

No CNJ, Dipp transmitiu a breve sensação de que, enfim, haveria um órgão a defender os interesses da sociedade diante do Judiciário.

De que o Judiciário não é um Poder à parte – acima da Lei e da Nação.

No ultimo dia 13, o presidente do Supremo Cezar Peluso votou contra a Ministra Eliana Calmon no caso de duas magistradas do Pará e os colegas o acompanharam.

Calmon queria apurar a suspeita de as juízas bloquearem R$ 2,3 bilhões de uma conta do Banco do Brasil para beneficiar uma quadrilha especializada em golpes – informa a Folha (*).

O Ministro Celso de Mello, decano do Supremo, derrubou punição do CBNJ a dez magistrados acusados de corrupção em Mato Grosso.

Em dezembro, o Ministro Marco Aurélio de Mello derrubou decisão do CNJ que afastou o ex-presidente de uma associação de juízes federais acusado de fraudar contratos.

Enquanto isso, o deputado e policial federal do PSDB, Fernando Francischini espera ouvir, na Câmara, os ministros do STJ que tentam destruir (**) as Operações da Polícia Federal conhecidas como Satiagraha (que prendeu Daniel Dantas), Castelo e Areia (da Camargo Corrêa) – ambas julgadas pelo destemido Juiz Fausto De Sanctis – e Boi Barrica (do filho de Sarney).

Se o esforço de Franceschini não for adiante, restará à imprensa – e especialmente aos blogs que Padim Pade Cerra chama de “sujos” – o papel de vigiar o Judiciário.

Se também não der certo, na próxima abertura da Assembléia da ONU, a Presidenta do Brasil expurgará de seu discurso qualquer referencia a Direitos Humanos e Igualdade perante a Lei.

Porque no Brasil haverá o Judiciário – e o resto.


Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Quando o brindeiro Procurador Geral vai recorrer ao Supremo contra as decisões do STJ que bombardearam a Satiagraha e a Castelo e Areia ?

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