A “gangue da matriz” do passado era composta por jovens da Classe Média alta de Porto Alegre da década de 80, que do alto do seu poder econômico se sentiam “acima da lei”. No caso desta “Gangue da Matriz” descrita pelo Tonho Crocco, o endereço das reuniões também é na Praça da Matriz. Mas esta “gangue” está respaldada por uma lei que lhes faculta aumentar seus ganhos, custeados por recursos púbicos. Estes, que são identficados como os 36 da Praça da Matriz, se apoiam em outros, do Brasil inteiro, que se reúnem alí, entre a esplanada dos Ministérios e o Palácio do Planalto. Música pra marcar, mas principalmente para pensar. É tempo de termos uma Reforma Política no Brasil, feita por Constituinte Exclusiva, para que nenhuma “gangue” possa se postular legisladora. As leis não podem ser instrumento de negação e desmoralização dos instrumentos democráticos de representação. Uma lei que faculta aos que fazem as leis, criar leis que aumentam seus próprios salários e ganhos completamente dissoante da economia, precisa ser alterada. Uma das grandes conquistas da Classe Trabalhadora foi a política de reposição e aumentos para o Salário Mínimo. É um contrasenso que os mesmos, que se dizem representantes do povo, e que votaram tal política, que vincula o Salario Minimo ao crescimento do PIB, se autoconcedam um aumento que soma 10 vezes o mesmo PIB. A Reforma Política é urgente e nescessária. E que bom que é possível dizer isto com a criatividade de um artista.
Felizmente, os meus deputados estadais, os do PT, os 11 derrotados, que Crocco canta na sua música, votaram por uma política coerente, nos mesmos moldes da política do Salário Mínimo.
Luiz Müller
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