Como o Tony, o Zé e o Johnbim jogaram o Kennedy na fria de Cuba
Longe desse ansioso blogueiro tentar competir com o colonista (*) de “Livros” da Folha (**) e do Globo, Elio Gaspari, o de muitos chapéus.
O notável colonista (*) pensa que só ele sabe para que serve a Amazon.
Modestamente, este ansioso blogueiro lê no momento o bestseller do New York Times “Washington Rules” (Washington Manda) – “a trajetória da América para a guerra permanente”.
O autor é o coronel reformado Andrew J. Bacevich, que escreveu outro bestseller do Times, “Limits of Power”.
Bacevich conta como John Kennedy entrou na fria de invadir Cuba, na Bahia dos Porcos, em 1961.
Kennedy era um novato em política.
Tinha apenas um mandato como senador.
(A Dilma nunca tinha sido eleita.)
Kennedy trazia na biografia o que para os americanos, na época, era uma mancha escura.
Kennedy, de família irlandesa, era católico.
(Dilma foi guerrilheira).
Kennedy sucedeu um herói.
O general Eisenhower ganhou a II Guerra e por oito anos presidiu o mais longo período de prosperidade econômica e ascensão social que a América jamais tinha visto.
(Dilma sucedeu Lula.)
Para tranquilizar os militares e o serviço de inteligência, Kennedy manteve a equipe de extrema-direita que sustentou Eisenhower.
Notabilizavam-se Allen Dulles, diretor da CIA.
E Curtis LeMay, o comandante do Strategic Air Command.
LeMay foi quem organizou o lançamento da bomba atômica em Hiroshima e bombardeou as populações civis do Japão.
LeMay queria jogar bomba atômica no Vietnã do Norte, para devolver os comunistas à Idade da Pedra – literalmente.
LeMay foi imortalizado no filme da Stanley Kubrick “Dr Strangelove”, interpretado pelo genial Peter Sellers.
(Dilma manteve Johnbim e trouxe Tony Palocci e Zé Eduardo Cardozo.)
Todo governo – diz Bacevich – deixa uma pílula envenenada (“poison pill”) para o sucessor.
A pílula envenenada de Eisenhower foi a “Operation Zapata” – a invasão de Cuba, para derruba Fidel Castro.
(A “poison pill” do Lula são duas: a tortura e o Daniel Dantas.)
Tudo o que Kennedy conseguiu mudar na “Operation Zapata” foi assegurar que soldados americanos não desembarcariam em Cuba – como queria LeMay.
Os próprios exilados cubanos tinham que derrubar Castro, com as próprias mãos.
Foi um fracasso retumbante.
Mais do que isso.
Um fracasso que resultou em outros.
Com a crise dos mísseis, que a União Soviética instalou em Cuba, Kennedy teve que fazer duas concessões.
Retirou os mísseis que tinha instalados na Turquia e miravam na União Soviética, e prometeu a Khrushchev – e não cumpriu – que não tentaria mais derrubar Castro.
(A CIA continuou a tentar matar Fidel com operações clandestinas.)
O mesmo esquema militar e de informação – Tony, Zé e Johnbim – levou Kennedy a agasalhar a política que Eisenhower começou no Sudeste da Ásia.
Kennedy entrou de cabeça no Vietnã.
Autorizou a CIA a derrubar o presidente Diem do Vietnã e começou a guerra prá valer.
A CIA matou Diem.
Kennedy morreu três semanas depois.
Em tempo: a pílula envenenada que Fernando Henrique deixou para Lula foi o Gilmar.
Paulo Henrique Amorim
(*) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que avacalha o Presidente Lula por causa de um comercial de TV; que publica artigo sórdido de ex-militante do PT; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
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