#dilmafactsbyfolha volta aos TTBr
Somos andando
Está virando prática cada vez mais corriqueira. Folha de S.Paulo transforma uma suposição em fato, ou inventa uma notícia qualquer que desmoralize Dilma. Ao jornal, falta a prática saudável e pressuposto de qualquer coisa que se diga jornalismo, a de checar os fatos. Quando não inventa, distorce e aumenta a notícia, invertendo a ordem de importância dos fatos, que se baseia, entre outras coisas, em novidade, proximidade, interesse público. Foi isso que fez durante as eleições. Agora, parte de uma observação e deduz uma informação, que publica como verdadeira. Pouco depois, tem que lidar com o ridículo de descobrir que é falsa.
A última do periódico paulista foi inventar a notícia de que Dilma, por iniciativa própria, tirara de seu gabinete um crucifixo e uma Bíblia. Da forma como foi estruturada, a informação tem o claro objetivo de indispor a presidenta com os religiosos. Nota-se pela estrutura do texto: as primeiras duas linhas informam a retirada; as duas seguintes lembram que Dilma se disse católica durante a campanha. Dedução do leitor: Dilma mentiu. Os que querem uma presidenta religiosa se decepcionariam com a falta de fé; os demais, com a falta de comprometimento com a verdade.
Depois de publicada a matéria, a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, explicou que o crucifixo era um presente ganhado por Lula, que foi junto na mudança, e que a Bíblia continua lá, no mesmo lugar, conforme divulgado pelo Viomundo.
Além disso, sabe-se lá por que motivo, ainda inventou a mudança de um computador de mesa por um laptop. Igualmente falso.
O resultado? A Folha volta a virar piada, perde a oportunidade de recuperar a credibilidade do jornal. A chamada grande imprensa brasileira mostra-se engessada em um modo antiético de atuar, no seu papel de oposição – como admitiu a presidente da Associação Nacional dos Jornais -, distorcendo a realidade em prol de interesses político-econômicos específicos. O maior jornal do país não se pode dar ao luxo de publicar uma informação sem checar umas duas ou três vezes, pelo menos. Não pode, de forma alguma, divulgar uma mentira.
Erros acontecem, mas não podem ser por falta de checagem – ainda mais de um fato tão pequeno e simples de se averiguar como esse -, muito menos intencionais. Quando assim são, derrubam a credibilidade do jornal. Tornam-no ridículo. Mesmo que a Folha corrija o erro depois, nesse caso ele não se justifica, já que um jornal com a sua estrutura foi negligente com a informação ao não checá-la, faltando, assim, com o respeito ao leitor.
A tag #dilmafactsbyfolha – a expressão usada pelos usuários do Twitter para ridicularizar o jornal, atribuindo a ele manchetes impossíveis -, que, pela segunda vez, chegou aos trending topics brasileiros, é um retrato da insatisfação dos internautas, senão dos leitores de um modo mais geral, com a forma de se fazer o que a Folha chama de jornalismo.
Ou a Folha muda para melhor ou definha pelo ridículo.
A última do periódico paulista foi inventar a notícia de que Dilma, por iniciativa própria, tirara de seu gabinete um crucifixo e uma Bíblia. Da forma como foi estruturada, a informação tem o claro objetivo de indispor a presidenta com os religiosos. Nota-se pela estrutura do texto: as primeiras duas linhas informam a retirada; as duas seguintes lembram que Dilma se disse católica durante a campanha. Dedução do leitor: Dilma mentiu. Os que querem uma presidenta religiosa se decepcionariam com a falta de fé; os demais, com a falta de comprometimento com a verdade.
Depois de publicada a matéria, a ministra da Secretaria de Comunicação Social, Helena Chagas, explicou que o crucifixo era um presente ganhado por Lula, que foi junto na mudança, e que a Bíblia continua lá, no mesmo lugar, conforme divulgado pelo Viomundo.
Além disso, sabe-se lá por que motivo, ainda inventou a mudança de um computador de mesa por um laptop. Igualmente falso.
O resultado? A Folha volta a virar piada, perde a oportunidade de recuperar a credibilidade do jornal. A chamada grande imprensa brasileira mostra-se engessada em um modo antiético de atuar, no seu papel de oposição – como admitiu a presidente da Associação Nacional dos Jornais -, distorcendo a realidade em prol de interesses político-econômicos específicos. O maior jornal do país não se pode dar ao luxo de publicar uma informação sem checar umas duas ou três vezes, pelo menos. Não pode, de forma alguma, divulgar uma mentira.
Erros acontecem, mas não podem ser por falta de checagem – ainda mais de um fato tão pequeno e simples de se averiguar como esse -, muito menos intencionais. Quando assim são, derrubam a credibilidade do jornal. Tornam-no ridículo. Mesmo que a Folha corrija o erro depois, nesse caso ele não se justifica, já que um jornal com a sua estrutura foi negligente com a informação ao não checá-la, faltando, assim, com o respeito ao leitor.
A tag #dilmafactsbyfolha – a expressão usada pelos usuários do Twitter para ridicularizar o jornal, atribuindo a ele manchetes impossíveis -, que, pela segunda vez, chegou aos trending topics brasileiros, é um retrato da insatisfação dos internautas, senão dos leitores de um modo mais geral, com a forma de se fazer o que a Folha chama de jornalismo.
Ou a Folha muda para melhor ou definha pelo ridículo.