Forças israelenses matam 18 manifestantes, diz TV síria
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Por Allyn Fisher-Ilan | Reuters – dom, 5 de jun de 2011 MAJDAL SHAMS, Colinas de Golan, 5 de junho - (Reuters) - Tropas israelenses abriram fogo no domingo contra manifestantes palestinos na Síria que corriam em direção a uma cerca de proteção da fronteira. A mídia estatal síria disse que 18 manifestantes foram mortos.
"Qualquer um que tentar cruzar a fronteira será morto", gritaram soldados israelenses para a multidão de várias centenas de manifestantes, através de alto-falantes, nas Colinas de Golan, ocupadas por Israel.
O domingo marcou o 44o aniversário da Guerra do Oriente Médio de 1967 (Guerra dos Seis Dias), e Israel está em estado de alerta para evitar a repetição dos protestos pró-palestina, quando milhares de palestinos protestaram nas fronteiras de Israel com a Síria e com o Líbano.
Treze pessoas foram mortas naqueles protestos que marcaram a Naqba, que é como os palestinos chamam a "catástrofe da fundação de Israel em 1948".
Atendendo novamente a chamados via Facebook para marchar contra Israel, palestinos na Síria desceram de uma colina de onde se vê o vilarejo de Majadal Shams e chegaram à fronteira disputada, que antes do mês passado estava tranquila há décadas.
A TV Síria disse que seis manifestantes foram mortos por fogo israelense e 13 foram feridos. O porta-voz militar de Israel, Brigadeiro-general Yoav Mordechai disse que as tropas abriram fogo, mas que ele não poderia confirmar se havia vítimas.
Ele disse a Israeli Army Radio --rádio do exército de Israel-- que se o número de mortos que a TV estatal da Síria divulgou estivesse certo, e os soldados israelenses haviam conseguido impedir que os manifestantes violassem as cercas da fronteira, então, "acho que essa é uma resposta medida, focada e apropriada."
Um correspondente da Reuters no local viu pelo menos 10 manifestantes sendo levados em macas pela multidão, mas não viu sinais de buracos na principal barreira da fronteira.
Os manifestantes conseguiram cortar o arame farpado que Israel colocou na aérea entre a cerca, que fica dentro do território ocupado por Israel, e a fronteira Síria, delimitada por marcos de pedra da ONU.
O porta-voz dos militares de Israel, o general de brigada Yoav Mordechai, disse que as tropas abriram fogo, mas que não podia confirmar as mortes.
"É uma mensagem para qualquer um que tentar violar as fronteiras soberanas de Israel", disse ele, descrevendo as ações do Exército como "uniformes, focadas e apropriadas."
BANDEIRA FINCADA
Os manifestantes fincaram uma bandeira palestina na barreira no planalto rochoso, que Israel capturou junto com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza no conflito de 1967.
Horas antes da violência explodir, o primeiro-ministro Benjamin Natanyahu disse que ele tinha ordenado às forças de Israel que agissem com moderação, mas com determinação, para impedir qualquer violação das fronteiras.
"Para a minha tristeza, hoje existem extremistas ao nosso redor, tentando violar nossas fronteiras e ameaçar nossas cidades e nossos cidadãos. Não vamos permitir que isso aconteça", disse Netanyahu ao seu ministério.
Enfrentando manifestantes que agitavam bandeiras palestinas, atiradores israelenses se posicionaram ao longo da fronteira síria. Um observador posicionado perto dos atiradores via os manifestantes com binóculos de longo alcance.
Em certo momento, os manifestantes de uma trincheira viraram-se para o leste em direção à Meca e rezaram.
Não houve relatos de incidentes ao longo da fronteira libanesa. Na Cisjordânia ocupada, cerca de 100 manifestantes palestinos se dirigiram até um posto de controle militar israelense, onde os soldados dispararam gás lacrimogêneo e o grupo se dispersou.
Um médico palestino disse que 14 palestinos foram feridos por balas de borracha nos confrontos entre jovens que atiravam de pedra e forças israelenses, que também utilizou um "gambá móvel" um veículo que asperge um líquido fedorento nos manifestantes.
Autoridades israelenses disseram que o presidente sírio Bashar al-Assad deu sinal verde para os protestos em Golan, para tentar desviar a atenção internacional da sua repressão sangrenta à revolta popular contra o seu regime autoritário.
Os protestos de manifestantes desarmados na fronteira aumentaram as preocupações de Israel de que os palestinos, inspirados pelas revoltas populares no mundo árabe, adotaram uma nova tática calculada para atrair uma resposta violenta e aumentar a simpatia mundial pela sua causa.
Os palestinos abandonaram as conversações de paz patrocinadas pelos Estados Unidos, pouco depois do seu início, em setembro do ano passado, numa disputa com Netanyahu sobre a construção em assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Na reunião ministerial de domingo, Netanyahu respondeu com frieza à proposta da França de convocar os negociadores israelenses e palestinos a Paris, dizendo que os EUA podem querer buscar uma iniciativa própria.
"Vamos ver como a proposta (francesa) se encaixa com as outras."
É claro que não é possível implementar todas elas, e é melhor nos concentrarmos em uma única proposta e fazer com que ela avance," disse Netanyahu.
"Qualquer um que tentar cruzar a fronteira será morto", gritaram soldados israelenses para a multidão de várias centenas de manifestantes, através de alto-falantes, nas Colinas de Golan, ocupadas por Israel.
O domingo marcou o 44o aniversário da Guerra do Oriente Médio de 1967 (Guerra dos Seis Dias), e Israel está em estado de alerta para evitar a repetição dos protestos pró-palestina, quando milhares de palestinos protestaram nas fronteiras de Israel com a Síria e com o Líbano.
Treze pessoas foram mortas naqueles protestos que marcaram a Naqba, que é como os palestinos chamam a "catástrofe da fundação de Israel em 1948".
Atendendo novamente a chamados via Facebook para marchar contra Israel, palestinos na Síria desceram de uma colina de onde se vê o vilarejo de Majadal Shams e chegaram à fronteira disputada, que antes do mês passado estava tranquila há décadas.
A TV Síria disse que seis manifestantes foram mortos por fogo israelense e 13 foram feridos. O porta-voz militar de Israel, Brigadeiro-general Yoav Mordechai disse que as tropas abriram fogo, mas que ele não poderia confirmar se havia vítimas.
Ele disse a Israeli Army Radio --rádio do exército de Israel-- que se o número de mortos que a TV estatal da Síria divulgou estivesse certo, e os soldados israelenses haviam conseguido impedir que os manifestantes violassem as cercas da fronteira, então, "acho que essa é uma resposta medida, focada e apropriada."
Um correspondente da Reuters no local viu pelo menos 10 manifestantes sendo levados em macas pela multidão, mas não viu sinais de buracos na principal barreira da fronteira.
Os manifestantes conseguiram cortar o arame farpado que Israel colocou na aérea entre a cerca, que fica dentro do território ocupado por Israel, e a fronteira Síria, delimitada por marcos de pedra da ONU.
O porta-voz dos militares de Israel, o general de brigada Yoav Mordechai, disse que as tropas abriram fogo, mas que não podia confirmar as mortes.
"É uma mensagem para qualquer um que tentar violar as fronteiras soberanas de Israel", disse ele, descrevendo as ações do Exército como "uniformes, focadas e apropriadas."
BANDEIRA FINCADA
Os manifestantes fincaram uma bandeira palestina na barreira no planalto rochoso, que Israel capturou junto com a Cisjordânia e a Faixa de Gaza no conflito de 1967.
Horas antes da violência explodir, o primeiro-ministro Benjamin Natanyahu disse que ele tinha ordenado às forças de Israel que agissem com moderação, mas com determinação, para impedir qualquer violação das fronteiras.
"Para a minha tristeza, hoje existem extremistas ao nosso redor, tentando violar nossas fronteiras e ameaçar nossas cidades e nossos cidadãos. Não vamos permitir que isso aconteça", disse Netanyahu ao seu ministério.
Enfrentando manifestantes que agitavam bandeiras palestinas, atiradores israelenses se posicionaram ao longo da fronteira síria. Um observador posicionado perto dos atiradores via os manifestantes com binóculos de longo alcance.
Em certo momento, os manifestantes de uma trincheira viraram-se para o leste em direção à Meca e rezaram.
Não houve relatos de incidentes ao longo da fronteira libanesa. Na Cisjordânia ocupada, cerca de 100 manifestantes palestinos se dirigiram até um posto de controle militar israelense, onde os soldados dispararam gás lacrimogêneo e o grupo se dispersou.
Um médico palestino disse que 14 palestinos foram feridos por balas de borracha nos confrontos entre jovens que atiravam de pedra e forças israelenses, que também utilizou um "gambá móvel" um veículo que asperge um líquido fedorento nos manifestantes.
Autoridades israelenses disseram que o presidente sírio Bashar al-Assad deu sinal verde para os protestos em Golan, para tentar desviar a atenção internacional da sua repressão sangrenta à revolta popular contra o seu regime autoritário.
Os protestos de manifestantes desarmados na fronteira aumentaram as preocupações de Israel de que os palestinos, inspirados pelas revoltas populares no mundo árabe, adotaram uma nova tática calculada para atrair uma resposta violenta e aumentar a simpatia mundial pela sua causa.
Os palestinos abandonaram as conversações de paz patrocinadas pelos Estados Unidos, pouco depois do seu início, em setembro do ano passado, numa disputa com Netanyahu sobre a construção em assentamentos israelenses na Cisjordânia.
Na reunião ministerial de domingo, Netanyahu respondeu com frieza à proposta da França de convocar os negociadores israelenses e palestinos a Paris, dizendo que os EUA podem querer buscar uma iniciativa própria.
"Vamos ver como a proposta (francesa) se encaixa com as outras."
É claro que não é possível implementar todas elas, e é melhor nos concentrarmos em uma única proposta e fazer com que ela avance," disse Netanyahu.
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