Dilma a Lula:
toma que o filho (Palocci) é teu
Saiu na primeira pág, da Folha (*):
“Dilma decide ouvir Lula sobre destino de Palocci”
Dilma vai ouvir o antecessor antes de decidir se demite ou não o Ministro da Casa Civil.Este ansioso blog considera que ela deveria aproveitar e fazer logo a limpa.
E começar a limpeza pelo Zé, aquele que foi advogado do passador de bola apanhado no ato de passar bola, enquanto acumulava a função de “consultor” e representante do povo de São Paulo na Câmara dos Deputados.
Zé e sua Polícia Federal são cama que o gato espera para armar.
NAVALHA
Talvez porque o líder sindical sempre quisesse manter aberta a porta da FIE P (**), o Nunca Dantes se tornou vulnerável à necessidade de “manter diálogo com os empresários”.
Para afugentar a ideia de que o líder metalúrgico fosse ideológica e irreversivelmente inimigo deles.
O líder sindical negociador, pragmático, precisou transformar-se no líder trabalhista que dialogava com todos, como Vargas – inclusive com a classe patronal, ou forças produtivas, como se dizia, então.
Tony Palocci é trotskista seduzido pelos encantos da Avenida Paulista.
(Há vários nessa categoria.)
Foi dele a ideia de consultar um filho do Roberto Marinho para rever a Carta aos Brasileiros.
Como Ministro da Fazenda, era o Malocci, tal a fidelidade aos princípios doutrinários que levaram o Farol de Alexandria a quebrar o Brasil três vezes.
Foi ele quem protegeu o sócio/advogado de Dantas na CVM.
Foi ele quem salvou a Globo da concordata.
Foi ele quem traiu o presidente e o chanceler (grande) Celso Amorim, e se ofereceu ao embaixador americano para defender a ALCA.
Palocci era um Mubarak.
Mubarak passou boa parte da vida – desde que os fundamentalistas fuzilaram Anwar el-Sadat – a dizer aos americanos que era ele quem impedia a Irmandade Muçulmana de tomar o poder.
Era o fiel de balança.
Palocci era o fiel da balança: o petista em que os empresários confiavam.
A Presidenta tem outra biografia.
Os empresários estão carecas de conhecê-la.
Ela passou oito anos – nas Minas e Energia e na Casa Civil – a negociar com empresários.
Só quem pensa que ela é a da ficha falsa do Otavinho é o Cerra – foi o que ele disse no Clube da Aeronáutica, no Rio, a portas fechadas.
A Presidenta não precisa de tradutor para falar com o Gerdau.
O Palocci é obsoleto.
O Palocci é igual ao Cerra – parou no tempo, em 2002.
O PT não é mais o mesmo.
Como diz o Mino Carta, o PT (especialmente o de São Paulo, sempre São Paulo) ficou igual aos outros partidos.
A Dilma não é o Lula.
E o Lula não é mais o Lula de 2002.
O prazo de validade do Palocci expirou.
(Sem contar que as operações da empresa Projeto são imorais – se forem legais, não é isso Dr Gurgel ?)
Palocci é um Aero-Willys estacionado na garagem do Planalto.
Se andar, polui.
Paulo Henrique Amorim
(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.
(**) O Conversa Afiada passou a usar a sigla FIE P em lugar de FIESP depois que a FIE P ajudou a derrubar a CPMF com o objetivo precípuo de apagar os vestígios das operações de caixa dois que, agora, se demonstram com a prisão dos quatro diretores da Camargo Corrêa. Em São Paulo, entre outras notáveis contribuições ao léxico brasileiro, se diz “ bahani”, em lugar de caixa dois…


Nenhum comentário:
Postar um comentário