sábado, 4 de junho de 2011

“Pode ser legal. Mas é imoral”.

Palocci é fiel aos fregueses.
A que ponto chegou a República !


Niemeyer construiu muitas curvas (e rampas) em Brasília

O que é mais chocante ?

O comportamento imoral ou a fidelidade canina aos clientes e, não, à Presidenta e à República ?

A legalidade está aí a desenhar-se.

Clique aqui para ler “Pode ser legal. Mas é imoral”.

O notável jurisconsulto Sepúlveda Pertence (aquele que sofreu fragorosa derrota na Corte dos Direitos Humanos da OEA) absolveu Palocci numa suposta Comissão de Ética com a rapidez com que o passador de bola apanhado no ato de passar bola obtém HCs.

Desenha-se também a legalidade com a atitude gentil e leniente daquele que deve ser, na teoria, o defensor da sociedade: o Procurador Geral da República.

Clique aqui para ler “Procurador não constrange Palocci”.

(A Folha (*) insinua que Gurgel esteja em campanha para se manter no cargo de Procurador Geral, mas o Conversa Afiada considera que a Folha às vezes exagera.)

Palocci transcendeu a imoralidade manifesta no comportamento do deputado federal e chefe da campanha da Presidenta Dilma.

A entrevista à Folha (*), em que ele mostra que traiu a Presidenta, e o auto-enforcamento no jornal nacional revelam um traço devastadoramente selvagem.

O Ministro Primeiro Ministro de um Governo trabalhista é mais fiel aos fregueses do que à República e à Presidenta.

Ele morre, mas não diz quem são os fregueses.

E, portanto, não diz que serviços prestou.

E, portanto, não se defende da acusação de fazer tráfico de influência.

Os paloccis têm “projetos pessoais” e, não, republicanos.

Ocuparam a Casa Civil Victor Nunes Leal, Hermes Lima e Evandro Lins e Silva – os três devidamente aposentados do Supremo Tribunal Federal pelos mesmos militares torturadores que, hoje, o Supremo  anistia com a Lei da Anistia.

Amigo navegante, já imaginou Evandro Lins e Silva advogar – com brilho inigualável – enquanto exercia a Casa Civil ?

Ou pilotar uma instituição de ensino privado por SMS e fazer  merchandising na internet, sentado numa cadeira do Supremo ?

Onde foi parar a República, não é isso, amigo  navegante ?

O pudor ?

Os paloccis preferem a morte a revelar os fregueses.

Não parece a Ética da Máfia ?

Sim, porque não é a Ética dos heróis trotskistas diante dos torturadores (hoje, no Brasil, seriam todos anistiados).

Os homens públicos se tornaram privados.

Têm a ética do Daniel Dantas, que morre, mas não diz quem investia nos fundos do Opportunity.

Quem estava escondido na parede falsa do apartamento de Ipanema.

(E, como Ministro da Fazenda, Tony contribuiu para a que CVM mantivesse o sigilo mafial absoluto das contas do Dantas (é isso mesmo, revisor, “mafial” ! – “máfia latino-americana))

Como diz no twitter o Roberto Requião, que enxotou o Daniel Dantas do Paraná: quem dança com o Diabo vira o Diabo; porque o Diabo não muda.

O Brasil dança com o Diabo.

O Diabo subiu a rampa.

As rampas.

Clique aqui para ler “Com a morte do Palocci, Dilma poderia fazer a limpa “.


Paulo Henrique Amorim



(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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