domingo, 10 de julho de 2011

Minha Presidenta: é dinheiro do povo ou do Abiliô? o Abiliô também é povo?

Lessa desmoraliza Coutinho.
O BNDES de que eu gosto


Professor Lessa, a imagem já foi para o beleléu

Saiu no Estadão, página J5, artigo irretocável de Carlos Lessa, que presidiu o BNDES no Governo Lula.

É o mais competente desmanche da operação Abiliô/Coutinho.

Lessa deixa claro:

- Luciano Coutinho, o Barão de Mauá da Burguesia Brasileira (a expressão é minha – PHA), ignorou os prejuízos  que o BNDES teria com uma infindável discussão sobre obre a legalidade da operação.

E, antes de qualquer avaliação desta natureza, “não apenas avançou num comprometimento prévio com Abílio Diniz como lhe pôs nas mãos o poderoso argumento de R$ 3,7 bilhões”.

– Depois, Lessa desmonta a tese da “nacionalização do Pão de Açúcar” – o que a operação faz é aumentar o poder de arbítrio do Dr Abílio, restaurando seu DNA (o Abiliô disse que o Pão de Açúcar tem o DNA dele, o que não impediu – lembra Lessa – de vender o seu DNA ao Casino …)

- Lessa passa um pito no Ministro Pimentel, que disse: “o Pão de Açúcar vai aumentar as exportações brasileiras”. Papo furado. O Pão de Açúcar importa mais do que exporta e o Carrefour, idem.

- A Ministra Gleisi Hoffmann leva outro pito, porque se apressou em dizer os US$ 2 bilhões não eram dinheiro publico, mas, sim, da BNDESPar, braço do BNDES em operações no mercado de capitais.

Diz o professor Lessa, emérito e Reitor da UFRJ: a BNDESPar é uma subsidiária 100% do banco e o BNDES é 100% do Tesouro.

Ou seja, grana do povo, Ministra (a reiteração é do ansioso blogueiro).

Lessa lembra que o BNDES não está aí para maximizar lucro.

(Isso era coisa do Governo Cerra/FHC, que mandou um presidente para o BNDES com a função de transformá-lo no Morgan Bank, de onde vinha  … – a observação é minha, PHA).

A primeira função do BNDES é “ampliar o emprego e a renda dos brasileiros”.

Conclui o professor Lessa:

“Tenho a preocupação de que se produza um desgaste na imagem do BNDES, o que seria um subproduto perverso da cogitada operação”.

NAVALHA

Professor Lessa, o desgaste já houve.

A administração Coutinho, que o sucedeu, repôs a imagem de um banco “político”, “partidário” que os tucanos imprimiram ao BNDES e o senhor de lá retirou.

O BNDES dos tucanos ia salvar a Globo da concordata.

Tinha montado uma operação de empréstimo por conta de futuro aumento de capital – uma patranha.

Tão descarada, que o Roberto Civita, quando dela soube, por intermédio deste ansioso blogueiro, bradou “assim eu também quero !”.

No seu tempo, professor Lessa, o senhor disse à Maria Sílvia, que trabalhava para as empresas de televisão (com a Globo à frente) que do BNDES só sairia grana se os empregos fossem preservados.

E a Maria Silvia mudou de assunto.

O seu sucessor, professor Lessa, tem uma certa fixação ideológica no número US$ 2 bilhões.

Foi esse mesmo numero cabalístico que correspondeu ao cala-a-boca que o passador de bola apanhado no ato de passar bola, o Daniel Dantas, recebeu na operação da BrOi, outra trampa.

Agora, professor Lessa, o senhor, lamento dizer, gastou o seu latim.

A operação do Abiliô, provavelmente, transcende a lógica da Economia.

Professor, o senhor conhece o Mino Carta.

Em irretocável editorial, o Mino suspeita que o Tony Palocci seja o espírito santo de orelha da operação Abiliô.

Professor, a coisa pode ser pior do que o senhor imagina.


Paulo Henrique Amorim

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