segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

no meio do povo, chegando ao povo, mas tem gente que não leva jeituu

O que as imagens nos dizem sobre o poder

Viomundo

por Luiz Carlos Azenha

A cerimônia de posse de Dilma Rousseff foi emocionante. Eu, particularmente, acho muito simbólico ver uma ex-presa política sendo empossada presidente da República. Talvez pelo fato de que minha casa foi invadida algumas vezes, nos anos 60 e 70, por policiais sem mandado, para apreender “perigosos” livros (Jorge Amado, por exemplo).

Mas, é óbvio que a fofoca toda fica por conta da vice-primeira-dama. Como escreveu Leandro Fortes, no Facebook, é preciso mudar urgentemente o nome do Palácio Jaburu:



Sobre Lula deixar o poder, achei que o ex-presidente estava ansioso para ir embora logo, talvez fugir do sentimento contraditório de alívio/apego/saudade.

A foto foi feita por Domingos Peixoto e replicada pelo Urias Macedo, também no Facebook:



Finalmente, para algo que talvez nos surpeenda. Ouvimos tanto falar em Dilma durona, mulher ríspida com os subordinados, que a persona pública dela talvez ajude muito o governo.

Nunca devemos desconsiderar esse aspecto da política, especialmente quando as imagens se disseminam de forma tão rápida (nos celulares, nas telas de aeroportos, de elevadores e farmácias).

Michael Deaver, assessor de imagem de Ronald Reagan, costumava dizer que pouco se importava com as palavras narradas pelos repórteres na TV, desde que ele conseguisse controlar as imagens que ilustravam as palavras. O sorriso de Reagan dominou a cena.

Neste quesito, a presidente Dilma começou muito bem.

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