quarta-feira, 19 de outubro de 2011

somos uma ilha? o caos nos cerca por todos os lados e seguimos em frente...

... cara pálida, imagina se todos remassem na mesma direção

Sindicatos portugueses decidem convocar greve geral contra novos cortes de gastos

Ópera Mundi

Os principais sindicatos portugueses, CGTP e UGT, convocaram uma greve geral, cuja data será definida na quarta-feira (19/10). A decisão veio em repúdio às novas medidas de austeridades anunciadas pelo governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que incluem o fim do 13º e do 14º salário dos funcionários públicos e dos aposentados portugueses que recebem mais de mil euros, além do aumento de meia hora na jornada de trabalho sem compensação salarial.

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"Decidimos propor as direções do CGTP e do UGT a realização de uma greve geral", anunciou o secretário-geral da CGTP Manuel Carvalho, no final da reunião com seu homólogo da UGT, João Proença. A última greve geral em Portugal aconteceu no dia 24 de novembro em protesto contra a política de austeridade realizada na época pelo governo de José Sócrates.

Carvalho da Silva, da CGTP, fez um "apelo fortíssimo à indignação dos trabalhadores" contra as novas medidas de austeridade. Proença acrescentou que "estas medidas não tiram o país da crise e apontam para o agravar da pobreza e do desemprego, bem como das desigualdades", conforme noticiou o Diário de Notícias, de Portugal.

Ainda de acordo com Proença, "há quem esteja a ganhar com a crise e isto e inaceitável. É fundamental criar condições para que haja diálogo e para que haja a hipótese de se diminuir a conflitualidade social", disse o líder da UGT, lembrando que "o governo foi eleito para seguir um programa que não está a cumprir". O sindicalista admitiu ainda que vão existir outras formas de luta "antes e depois" da greve geral.

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Com a pressão financeira da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) desde maio, Portugal é instruído a realizar reformas no período de três anos para pagar o empréstimo de 78 bilhões de euros. O país não consegue sanear suas finanças públicas e o déficit continua em 8,3% no primeiro semestre, o objetivo era reduzir pelo menos até 5,9% neste ano.

O desemprego já afeta 12,3% da população ativa, e milhares de portugueses saíram às ruas no sábado para protestar contra as novas medidas, marcando da jornada mundial dos "indignados".

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