Remoção de árvore onde iniciou movimento pelo Túnel Verde da Gonçalo de Carvalho causa protesto
Os Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho estão protestando contra a remoção da árvore onde iniciou a mobilização pela preservação do Túnel Verde da Gonçalo de Carvalho, marcada para esta segunda-feira (3) pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Porto Alegre (SMAM). “Mais triste ainda é ver a atual situação de atrofia da SMAM, que não é motivada por seu corpo técnico e sim pela desastrosa direção na secretaria que já foi motivo de tanto orgulho para nós”, diz a associação.
Segundo a SMAM, a árvore, uma Tipuana, está oferecendo risco às pessoas na rua Gonçalo de Carvalho. “Trata-se de uma árvore de grande porte, com 23 metros de altura, com necrose no tronco. Por apresentar inclinação do tronco e copa desequilibrada, a avaliação técnica é de que há alto risco de queda. A remoção será compensada com o plantio de outra árvore, da mesma espécie, próximo ao local original”, diz a secretaria.
Os moradores afirmam que há muito tempo a Associação de Moradores e Amigos do Bairro Independência (AMABI) e os Amigos da Gonçalo avisaram a SMAM que a árvores que agora será removida apresentava problemas, com um buraco no tronco, agravado pela ação de um grupo de adolescentes que colocavam fogo no mesmo. Os moradores protestam:
“Providências foram pedidas à SMAM que é quem tem a obrigação de fazer a manutenção e manejo das árvores, isso está bem claro no próprio decreto do executivo que declarou a rua como Patrimônio Cultural, Histórico, Ecológico e Ambiental da cidade. Foram feitos telefonemas, enviados e-mails e pedidos sempre que alguém da SMAM era identificado por nós. Agora vem a solução da SMAM, nada mais pode ser feito para salvar a árvore, ela terá que ser “removida”. Claro que ninguém quer ver a árvore cair, especialmente em cima de pessoas que circulam pelo local, mas será que não teria sido possível tratar a árvore se a SMAM tivesse feito sua obrigação em tempo hábil?”
Foto: Amigos da Rua Gonçalo de Carvalho. A foto é de outubro de 2005, na primeira manifestação pública pela preservação das árvores da rua.
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