sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Joana D'Arc da resistência a ditadura

WikiLeaks: EUA seguem ditadores e tratam
Dilma como a “Joana D’Arc da Subversão”


Dilma ganhou a alcunha de "Joana D'Arc da Subversão" de quem a perseguia na ditadura

Post extraído do blog sobre o WikiLeaks, mantido pela jornalista Natália Viana e a Carta Capital:

Dilma Rousseff, na saúde e na doença


Não foi só a saúde da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, que foi alvo da curiosidade do governo americano. A presidente eleita do Brasil, Dilma Rousseff, também teve detalhes do seu estado de saúde investigados pela embaixada americana em meados do ano passado, quando sofreu de câncer linfático.

Documentos publicados hoje pelo WikiLeaks também revelam que o ex-embaixador americano em Brasília, John Danilovich, relatou que ela havia  planejado três assaltos quando era integrante da organização VAR-Palmares.

Dilma Rousseff nega qualquer participação em ações armadas durante o regime militar.

Ao todo, o WikiLeaks publica hoje 9 documentos que mostram como a representação americana acompanhou de perto a trajetória de Dilma e o processo eleitoral brasileiro – que, aliás, a própria Hillary Clinton classificou de “bizantino”.

Joana D´Arc

Dilma Rousseff começou a chamar a atenção da embaixada quando tomou posse como Ministra-Chefe da Casa Civil. Um relatório especial a seu respeito foi elaborado e enviado em 22 de maio de 2005. Apesar de “não classificado”, o telegrama traz uma porção de temas sensíveis e algumas gafes. Um dos títulos é, por exemplo, “Joana D’Arc da Subversão se torna Chefe da Casa Civil” – uma referência à alcunha dada pelos agentes da repressão.

O documento afirma que ela teria planejado o “legendário” roubo ao cofre do corrupto prefeito de São Paulo, Adhemar de Barros, no qual a VAR-Palmares obteve 2,5 milhões de dólares.

“Integrando vários grupos clandestinos, ela organizou três assaltos a banco e depois co-fundou o grupo guerrilheiro Vanguarda de Palmares”, diz.

Dilma sempre negou qualquer participação em ações armadas.

O documento escrito pelo embaixador John Danilovich observa que ela foi presa por mais de três anos e torturada de forma “brutal” com eletrochoques.

A seguir, entra em detalhes pessoais ao estilo de uma revista de celebridades: “Ela tem uma filha, Paula, em Porto Alegre, onde passa os fins-de-semana. Gosta de filmes e música cássica. Perdeu peso recentemente após ter adotado a dieta do presidente Lula”.

O documento diz ainda que Dilma é vista como “cabeça-dura, uma negociadora difícil e detalhista” e revela que as empresas americanas tiveram receio quando ela se tornou ministra de Minas e Energia, mas “agora admitem que ela fez um trabalho competente”.


(…)

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