quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

jovens sem relações sociais impostas por traficantes ou milícias(?)

Menina de rua dorme

Diário Gauche



Menina de rua dorme, enquanto polícia faz operação na Favela do Jacarezinho, no Rio, em 25 de novembro último.

População carioca sofre consequências do represamento de 30 anos de domínio do tráfico sobre territórios inteiros no Rio de Janeiro.

Tem uma geração de pessoas jovens que não conhecem relações sociais sem a mediação impositiva e tutelar dos traficantes, e mais recentemente das milícias paramilitares (estas são formadas basicamente por policiais corruptos e ex-integrantes da policia civil e militar do estado do Rio, com reconhecidas ligações orgânicas com parlamentares e agentes públicos estatais).

A ação desencadeada há dez dias no Rio, por enquanto, é somente contra o varejo da droga, o segmento mercantil e mais exposto do problema. Falta, pois, atingir os demais segmentos da cadeia criminosa sustentada na relação interdependente drogas/armamentos. Um não se ampara sem o outro.

Estimam-se que existam cerca de três mil fuzis nas mãos do tráfico no Rio. Até o presente momento cerca de 150 armas foram apreendidas, a maioria de pequeno porte. Os presos na presente operação militar se reduzem a indivíduos menores do organograma mafioso da droga carioca. Nenhum grande capo foi preso até o momento, mesmo porque, estes não vivem nos locais ora conflagrados.

Silvia Izquierdo/AP

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