quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

polícia comunitária

Tarso Genro defende nova política de segurança: “Já não se trata de entrar, matar e sair”

Em entrevista ao jornal argentino Página/12, o governador eleito do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, fala sobre a política de segurança pública que vem sendo construída pelo governo federal. Como ministro da Justiça, Tarso foi um dos principais elaboradores dessa política que está ganhando atenção internacional a partir dos recentes acontecimentos do Rio de Janeiro. “É uma concepção de policía comunitária, que deve ocupar os espaços e articular seu trabalho com programas sociais nas zonas em conflito”. Na entrevista, Tarso também fala sobre o problema do narcotráfico e do consumo de drogas no Brasil:

“O narcotráfico gera uma estrutura de integração perversa entre pobres, ricos e traficantes, Eu não falo só dos viciados, mas também daqueles que usam a droga como parte de sua sociabilidade. Os ricos e integrantes da classe média devem compreender que o consumo, ainda que seja por prazer ou por modo de vida, é o que alimenta a violência. Por isso, esse ciclo de combate ao tráfico e à instrumentalização da juventude das favelas tem que passar também por esses setores. Eu falo do Brasil, um país muito grande e com elementos específicos. No Brasil é necessária a repressão penal aos que compram inclusive pequeñas quantidades, pois também são responsáveis pela construção do sistema de poder dos grupos mafiosos. O adulto que compra uma pequena quantidade de droga de um menino de 17 anos é um criminoso, porque está na ponta de uma cadeia de circulação e produção de delitos que gerou esta situação no Rio”.

A íntegra da entrevista em português está disponível na Carta Maior.

Foto: Bernardino Avila/Página/12

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