quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

prêmio ari ou arigó(?)

 Paris de Doisneau
 
pontodevista
 

“Em 1950, Françoise Bobbet, uma jovem atriz, trocava beijos com o namorado, em Paris, quando foi abordada pelo fotógrafo Robert Doisneau (1912/1994). Qual um tarado diante do objeto de fetiche (no caso o instante perfeito), Doisneau pediu que o beijo se repetísse, para um ensaio fotográfico encomendado pela revista Life. Françoise declarou, anos depois, ter adorado: ‘nós estávamos acostumados a nos beijar, Fazíamos isso todo o tempo.’ Doisneau levou o casal, então, para três locais de Paris: a Place de la Concorde, a Rue de Rivoli e o Hôtel de Ville, pedindo que os dois se entrelaçassem com volúpia. Resultou dai, ‘O beijo do Hôtel de Ville’ – foto-ícone do romantismo parisiense dos anos de 1950.”
Abertura da matéria do Caderno Ilustrada , da Folha de São Paulo, edição de o4.12.,2o10, sobre o lançamento do livro do fotógrafo Robert Doisneau, recém editado pela Cosac Naify.

O casal Françoise Bornet e Jacques Carteaud, em “O beijo do Hôtel de Ville”, de 1950. A foto foi publicada como sendo resultante de um ensaio fotográfico.

instante decisivo

A foto é de 1953. Esta é, de fato, uma foto de um instante decisivo. Realizada com uma máquina fotográfica que exigia várias regulagens manuais. Fazer foto semelhante, nos tempos atuais, com uma Nikon digital que dispara 400 quadros em frações de segundos; e, na própria máquina, imediatamente, escolher o “instante decisivo” é coisa de “cascateiro”.  Vilém Flusser já dizia que os fotógrafos de cada época estão “programados” a fotografarem pelo programa programado das máquinas do período.

o livro

prêmio ARI e prêmio ARI-Gó

Em princípio, não localizei nenhuma página em Zerolândia – jornal Zero Hora – edição de hoje matérias em que eu  não possa realizar algum comentário crítico, em função das ações movidas por um funcionário com 35 anos de firma. Na página 55 temos uma pequena matéria sobre a conquista por parte do PRBS (Partido Rede Brasil Sul de Comunicações) de 20 prêmios ARI-Gó (da Associação Riograndense de Imprensa).  As figurinhas carimbadas não levarem nenhum Arigó?  Ia ficar muito escancarada o RP do badalo.

 Merecidamente, a melhor foto ficou com Valdir Friolin, um fotógrafo a velha guarda, com a imagem em que o meia Fábio Rockembach, do Grêmio, evita um gol usando a mão no último Grenal. Espero que este elogio não cause algum problema. Fotógrafos da velha geração, cada vez em número menor nas redações, são em sua maioria escanteados. Mantenho  a posição já manifestada de que Prêmio ARI é prêmio ARI-Gó. Coisa de RP da entidade com os pastrões.

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