quinta-feira, 1 de novembro de 2012

“horário-eleitoral-fobia”


CID GOMES FICA
COM O PT ATÉ 2018


A prioridade de Cid é manter a estratégia para fazer o PSB crescer ainda mais. E disputar a presidência só em 2018.

Conversa Afiada



Cid quer distância ...


No programa Entrevista Record Atualidade que foi ao ar nessa quarta-feira, na RecordNews – clique aqui para assistir, o governador Cid Gomes, do PSB do Ceará, afirmou que o PSB deve ficar com o PT até 2018.

E apoiar a re-eleição da Presidenta Dilma.

Cid elogiou a posição republicana da Presidenta Dilma na eleição de Fortaleza, mas criticou a do Nunca Dantes.

Em Fortaleza, Cid ajudou a eleger o jovem médico sanitarista Roberto Claudio, contra um candidato do PT.

Cid explicou que tentou, desde o início, apoiar um outro nome do PT, já que o candidato da prefeita petista não tinha viabilidade eleitoral.

Além disso, as pesquisas mostravam que o eleitorado de Fortaleza não queria que ele, Cid, apoiasse o candidato da prefeita.

Mesmo assim, o PT ficou com o candidato da prefeita, que representa um grupo minoritário dentro do PT.

Mas, em todo o Ceará, enfatiza Cid, a relação do PSB com o PT foi a de aliados.

E deu o exemplo de sua terra, Sobral.

Ali, o candidato vitorioso foi um petista e o vice, do PSB.

Mesmo depois da rivalidade em Fortaleza, Cid disse que manterá os quatro petistas de seu secretariado.

Um secretariado plural, com representantes de todos os partidos que o apóiam.

O ansioso blogueiro ponderou que, em 2010, um candidato do PSB a Presidente, seu irmão Ciro Gomes, tinha dois dígitos de preferência nas pesquisas antes da eleição e, mesmo assim, os socialistas abriram mão da candidatura de Ciro para apoiar Dilma.

O PSB faria o mesmo em 2014 ?

Cid lembrou da antiga relação do PSB com o PT.

Desde 2002, quando Ciro aderiu a Lula no segundo turno, sem que fosse preciso Lula dar um telefonema ao Ciro.

O PSB optou corretamente, ele enfatiza, em crescer primeiro e, depois, tentar a presidência.

Foi com essa estratégia que, em 2010, o PSB elegeu seis governadores, um a mais que o PT: ele, Eduardo Campos em Pernambuco, Casagrande no Espírito Santo, Camilo Capibaribe do Amapá, Ricardo Coutinho da Paraíba e Wilson Martins do Piauí.

E, agora, em 2012, foi o partido que mais cresceu, e fez quatro prefeitos de cidades grandes: Fortaleza, Recife, Campinas e Belo Horizonte.

A prioridade dele, Cid, é manter essa estratégia para fazer o partido crescer ainda mais.

E disputar a presidência só em 2018.

Já que o objetivo de todo partido político é chegar à Presidência.

O ansioso blogueiro perguntou se o PSB se aliaria em 2014 a um PSDB de Aécio na disputa para a Presidência.

Cid lembrou que foi do PSDB, que é social-democrata, mas que o PSDB foi para a Direita.

E pra lá ele não vai.

O PSDB se tornou direitista especialmente sob a liderança de Cerra, que, Cid observou, se recusa a passar a o bastão – clique aqui para ler “Renovação é pauta petista”.

Cid ainda fala da reforma tributária: e dá a entender que ela só não sai porque São Paulo não deixa.

E que a refinaria Premium do Ceará ainda não saiu, porque ele procura um sócio estrangeiro para a Petrobras, como conseguiu coreanos para fazer, com a Vale, uma das maiores siderúrgicas do país, no Ceará.

Cid explica que, no passado, a Petrobrás não investiu em refinarias.

Foram 20 anos sem uma refinaria nova.

Agora, o Brasil produz petróleo.

E, como não refina, exporta petróleo e importa petróleo beneficiado.

E a Petrobrás tem que vender aqui mais barato do que compra lá fora.

Essa incongruência se deve à falta de investimentos.

Agora, a Petrobrás é obrigada a vender refinarias no exterior, para poder investir em refinarias, aqui.

Mas, ele está confiante em que os sócios estrangeiros virão para a refinaria do Ceará.

Depois da entrevista, Cid Gomes, sem gravar, demonstrou a intenção de, ao sair do Governo, ir trabalhar numa agência internacional de crédito para países em desenvolvimento.

Para estudar e se proteger um pouco de “horário-eleitoral-fobia”, como ele definiu.

Clique aqui para ler “Eduardo com Dilma e Kassab com Lula”.

E aqui para ler “O enigma Eduardo Campos”.


Paulo Henrique Amorim

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