terça-feira, 2 de novembro de 2010

latejante ocaso

Mino descreve “o triste fim de FHC”.



FHC toma o salva-vidas das crianças

Conversa Afiada

FHC fez do Brasil quintal dos EUA (Bessinha, aqui ao lado, no dia dos Mortos)


Na excelente edição extra da Carta Capital que chegou ontem às bancas, há um artigo irretocável, excepcional de Mino Carta sobre o ocaso sombrio do “Príncipe dos Sociólogos”.

Se o Ciro Gomes conhece o fígado do Serra, Mino conhece as vísceras de Fernando Henrique.

“O triste fim de FHC – promotor e intérprete de uma ambição exagerada para um pássaro que não voa”.


“Até parece que na Presidência cuidou de provar a sua teoria da dependência, pela qual o Brasil está destinado a ser em definitivo quintal dos EUA.”

“Com Lula, uma rivalidade que vem de longe. Amizade sincera com Serjão. Já com Serra …”

Mino toca no nervo da relação Serjão-FHC e Serra, que um excelente repórter da Carta, Leandro Fortes, já desbravou, no livro “Cayman – o dossiê do medo”.

(Quem sabe a Fundação Ford não dá uma bolsa ao Leandro e ele conclui as investigações sobre esse furtivo dossiê ?)

Diz o Mino, com mortífera sutileza:

“Não duvido que a amizade de FHC por Serjão fosse autêntica, totalmente sincera. Pois Serjão era um ser amoitado, por natureza, provavelmente o mais sábio do terceto. Não tinha o menor interesse em sair à luz do sol para se exibir. Com Serra, parece-me fácil imaginar que a amizade de FHC seja agulhada pela rivalidade. Latejante.”

O artigo de Mino sobre FHC é o perfil de um fanático da ambição.

Como Serra.

E como Serra, FHC é hábil em “trabalhar à sombra, em manobrar por baixo dos panos. FHC, contudo, sabe como manter intacto esse fluxo subterrâneo… FHC faz questão de aparentar tolerância e bonomia, mesmo em relação a quem abomina …”

Serra, para Mino, não tem esse sutileza: é de “ódios precipitados, quando não daninhos para ele mesmo”.

A conclusão de Mino é genial.

Acompanhe amigo navegante.

Você não verá isso na imprensa brasileira, tão cedo:

E nas suas últimas falas, FHC age no seu melhor estilo, é o náufrago que exige o lugar no bote salva-vidas, em lugar de crianças, mulheres e velhos. São estes, aliás, os culpados pelo naufrágio, donde o privilégio que lhe cabe. Quanto a José Serra, que afogue”.

Sensacional.

A propósito, amigo navegante, vá à Folha (*) de hoje, na pág. Especial 7 (ele não vai apoiar mais candidato do PSDB que não o defenda).

FHC toma o bote dos velhinhos e quer que o Serra morra afogado.

Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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