Yeda: com critério, mas sem ética
Somos Andando
A jornalista Rosane de Oliveira questionou no Twitter os critérios usados pela governadora Yeda Crusius para conceder medalhas de mérito a 83 “personalidades” ontem à tarde (aqui a lista completa). Eu ainda procuro entender o que está por trás de cada ação de Yeda, a maioria impregnada por sua arrogância e autoritarismo.
Mas esse é mesmo um espetáculo à parte. Gostaria de entender qual o mérito de um secretário de estado que recebe uma medalha de gestor público (aqui chamada Flores da Cunha, criada por Yeda) concedida a praticamente todos os seus colegas. E como orgulhar-se de receber uma condecoração concedida por quem o escolheu para o cargo?
A governadora escolheu para homenagear, em três categorias, além do seu secretariado, empresários identificados com o governo, funcionários do Palácio, presidentes de empresas vinculadas ao governo, ex-secretários, sua equipe, sua fiel escudeira, sua filha.
Não encontrei ali o nome de nenhum representante de movimentos sociais, nenhum presidente de sindicato, ninguém que discorde uma vírgula de seu “novo jeito de governar”. Nenhum representante do povo. Ou eram políticos da situação ou empresários identificados.
Ao contrário da Rosane de Oliveira, consigo entender seu critério. Como em tudo que fez nos últimos quatro anos, agiu de acordo com seus interesses pessoais ou de seus aliados, ignorando o interesse público e dando um olé na ética. Nenhuma surpresa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário