sexta-feira, 18 de junho de 2010

Vamos ver "Ao sul da fronteira"? Onde?

Mercado brasileiro censura filme de Oliver Stone sobre os governos progressistas da América Latina



por Paulo Jonas de Lima Piva

Noventa e cinco por cento da grande mídia privada da América Latina fazem oposição sistemática e desonesta aos governos bolivarianos e de centro-esquerda do nosso continente. É com esse dado lamentável e antidemocrático que o cineasta Oliver Stone encerra o seu documentário "Ao sul da fronteira". Dá para entender, portanto, a razão pela qual o filme de Stone foi duramente atacado, por exemplo, pela revista Veja, um dos órgãos da grande mídia brasileira a compor esses 95% de oposição covarde aos presidentes progressistas latino-americanos. Na resenha que o panfletão elitista publicou lemos que "Ao sul da fronteira" consiste no "momento mais baixo" da carreira do cineasta norte-americano. Veja diz ainda que este fez "propaganda enganosa" de governantes como Hugo Chavez, Evo Morales, Lula, Rafael Correa, Fernando Lugo e do casal Kischner.

Mas quem disse que não há censura no Brasil? A censura aqui não é feita pelo Estado, mas pelo mercado. Isso é gritante no caso do próprio filme do Stone. Os cinemas de São Paulo boicotaram o filme na cara dura. Um ou dois cinemas apenas estão exibindo o documnentário. Um deles é o Cine Sesc, da Augusta.

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