domingo, 14 de novembro de 2010

filmes latinos

Oscar 2011: as apostas latinas

La Latina
 
Vai Carancho, vai Darín!

Estamos em novembro, mas assim como os shoppings e os supermercados estão devidamente decorados para o Natal há algum tempo, os candidatos estrangeiros ao Oscar de 2011 já foram anunciados.

Ano passado, dois eram os concorrentes latino-americanos, vindos da Argentina e do Peru, e ganhou o argentino “O segredo do seus olhos”, de Juan José Campanella – um filme meio história de amor, meio policial, elogiado por público e crítica (no caso da última, uma coisa rara na carreira de Campanella, tido como um diretor pop especialmente pelos seus).

Bom, a chance ano que vem talvez não seja tão boa como a deste ano, mas vale a pena torcer pelo cinema latino-americano. Afinal, um Oscar sempre significa ampla divulgação e maiores canais de distribuição para ele. E isso, sim, a gente valoriza.

Com vocês, alguns dos candidatos da região. Os indicados serão anunciados dia 25 de janeiro, e a premiação acontece dia 27 de fevereiro.

ARGENTINA

“Carancho”, de Pablo Trapero

Filme policial, o sexto longa-metragem deste que virou um importante cineasta em seu país e fora dele (afinal, produz muitos filmes alheios).



BRASIL

“Lula, o filho do Brasil”, de Fábio Barreto e Marcelo Santiago

A biografia do quase ex-presidente Lula foi uma escolha polêmica para representar o Brasil no Oscar. Não só pelo biografado, mas pela qualidade técnica do filme. Parece que não levaremos a estatueta em 2011 tampouco.



COLÔMBIA

“El vuelco del cangrejo”, de Oscar Ruiz Navias

Uma história mínima que sai da fórmula mais presente do cinema colombiano hoje, que costuma girar ao redor da violência desgarrada ou da estética televisiva. Foi premiado pela FIPRESCI no Festival de Berlim e por tantos outros festivais.



ESPANHA

“También la lluvia”, de Icíar Bollaín

Tem Gael García Bernal no elenco e foi rodada na Bolívia – então talvez isso justifique sua inclusão nessa lista



MÉXICO

“Biutiful”, de Alejandro Gonzáles Iñárritu

Ao contrário do caso espanhol, que tem pegada latina, esse filme tem pegada gringa e conta com o espanhol Javier Bardem no elenco, mas… É a escolha (pouco elogiada) do México.



NICARÁGUA

“La yuma”, de Florence Jaugey

Sucesso local de público, até porque é o primeiro filme nicaragüense em 20 anos. A história fala de superação, através dos sonhos de uma jovem que quer abrir caminho no mundo do boxe.



PERU

“Contracorriente”, de Javier Fuentes León

É uma co-produção com a Colômbia, bastante premiada festivais afora. Trata de um triângulo amoroso envolvendo homossexualidade. Esta aí uma novidade para o cinema peruano, colombiano e, até mesmo, o latino em geral.



PORTO RICO

“Miente”, de Rafi Mercado

Definido pela imprensa local como “um conto de fadas urbano”. Estreou no país em novembro de 2009, passou por alguns festivais internacionais e é o primeiro longa de Mercado.



VENEZUELA

“Hermano”, de Marcel Rasguín

Outro filme de estreia, desta vez na carreira do venezuelano Marcel Rasguín. Nos festivais que percorreu (Los Angeles, Moscou, a Mostra de Cinema de São Paulo, entre outros), teve grande sucesso com os júris populares. É uma história de futebol.

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