sábado, 20 de novembro de 2010

omissão da mídia dos gringos... por aqui a mídia dá voz aos torturadores, viva a mídia!

Omissão dos meios de comunicação dificulta libertação de presos cubanos nos EUA

Somos andando

Ativistas de dezenas de países estão em Cuba mobilizados pela soltura de cinco cubanos detidos há 12 anos. Crescem as mobilizações para que o presidente Barack Obama liberte os prisioneiros julgados sem provas
Por Stela Pastore


Os cinco cubanos presos há 12 anos nos EUA são inocentes; o presidente Barack Obama deve retirar as acusações e libertá-los imediata e incondicionalmente. Essa declaração foi feita pelo Presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular cubano, Ricardo Alarcón, na abertura do VI Colóquio Internacional pela Libertação dos 5 e contra o terrorismo, nesta quinta-feira, 18, em Holguin, Cuba. Aos ativistas de 56 países que participam da atividade, junta-se uma delegação gaúcha de 11 integrantes ligados à Associação Cultural José Martí, que busca ampliar a divulgação das arbitrariedades dessa detenção, ocorrida em 1996. “O silêncio midiático prejudica e inviabiliza a libertação dos presos cubanos nos EUA”, ressaltou o dirigente.

Os cubanos Antonio Guerrero Rodríguez, Fernando Gonzalez Llort, Gerardo Hernández Nordelo, Ramón Labañino Salazar, Rene Gonzaléz Shewerent são acusados de espionagem, fato nunca comprovado. Os ativistas estavam no país para combater ações que estavam sendo planejadas por um grupo terrorista norte-americano em Miami.

Ricardo Alarcón detalhou as irregularidades judiciais desse processo, considerado o mais prolongado da história dos EUA. O dirigente declarou que os EUA negaram a defesa por necessidade, já que os ativistas cubanos ingressaram no país para evitar ações terroristas anti-cubanas. Usando uma metáfora, o dirigente comparou que é o mesmo que alguém invadir uma residência para salvar alguém que está dentro, caracterizando uma invasão de domicílio, porém motivada por uma causa maior.

Alarcón listou várias arbritrariedades e imprecisões jurídicas do processo. A Anistia Internacional, após estudar o caso por anos, pronunciou-em em 2009, denunciando que há violações no processo. Além disso, os familiares enfrentam uma série de dificuldades para visitar os prisioneiros, devido à burocracia nos vistos de ingresso aos EUA. A média tem sido de uma visita familiar a cada ano, informou Alarcón. Esposas de dois detidos estão impedidas de visitá-los, contrariando os direitos prisionais e causando sofrimento.

Entre as irregularidades no processo está a ausência de provas. As ameaças ao júri também integram a lista de denúncias. Fotógrafos e cinegrafistas perseguiram os jurados durante o processo, ficando comprovado em 2006 que eram jornalistas contratados pelo governo americano para constranger o júri, mostrando onde moravam, placas dos carros e outras informações pessoais: “os julgadores temiam por suas vidas”. Além disso, os acusados foram presos 30 meses antes do julgamento.

Alarcón pediu que se redobrem e se multipliquem os esforços para a libertação dos ativistas. “Está provado que a solidariedade internacional funciona. O presidente Obama sabe que pode fazer e que cresce essa onda para pressioná-lo a cumprir seu dever. Nós que estamos em liberdade e vivemos com nossas famílias podemos contribuir para libertar estes cinco companheiros que sacrificam suas vidas”, conclamou aos presentes.

O VI Colóquio é parte da programação da I Brigada Mundial contra o Terrorismo Midiático, que ocorre de 16 a 26 de novembro, reunindo ativistas de 20 países com o objetivo de ampliar as informações sobre a situação da ilha que aplica o modelo socialista desde 1959.

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A foto é de manifestação pela libertação dos cinco em Camaguey. Crédito para Stela Pastore.

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Mais informações:

http://www.thecubans5.org/
http://www.cubainformacion.tv/

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