quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

quando a memória falha, os canalhas alçam vôo

Salário mínimo: Itamar
vai tentar o tapetão no Supremo


Comovente a defesa que o Dias fez do salário do Cerra: perdeu de 55 a 17 !


A proposta do salário mínimo de R$ 6.000 do Cerra perdeu de  55 a 17 para Dilma.

A de R$ 560, do Itaécio, perdeu de 54 a 19.

Imediatamente após a derrota e de observar – sob o olhar matreiro de Aécio – que era o pai verdadeiro do Real – clique aqui para ler Dilma aprova mínimo e Aécio debocha de Fernando Henrique -, Itamar, eleito por Aécio, na sigla nobre do PPS, anunciou que vai ao Supremo,

Será uma batalha interessante.

A Câmara aprova.

O Senado aprova.

A presidenta sanciona.

E onze juízes não eleitos pelo voto, de mandato vitalício,  dizem: não !

O novo  ministro Fux, na pseudo-sabatina do Senado, considerou inadmissível que o Supremo Tribunal Federal faça política partidária.

Como fez, escancaradamente, na gestão desastrosa do Supremo Presidente Supremo Gilmar Dantas (*).

A essa altura da manhã de quinta-feira, outra celebridade Suprema, o ministro Marco Aurélio de Mello, já deve ter dado ao PiG (**) 694 entrevistas exclusivas para desqualificar a decisão do Legislativo.

Este ansioso blogueiro acha razoável que o Governo buscasse – e conseguiu por 54 votos a 20 – retirar do Congresso a discussão anual  sobre o salário mínimo.

Faz sentido pretender que a valorização do salário mínimo se integre a uma política econômica de médio prazo.

O salário mínimo tem um impacto significativo sobre a principal causa de déficit de contas públicas – a Previdência.

O Conversa Afiada acha saudável poupar o espectador da cena a que assistiu ontem: o notável senador Álvaro Dias defender o salário mínimo de R$ 6.000 do Cerra, na mesma quadra em que foi obrigado a renunciar ao salário máximo que recebia como ex-governador do Paraná (época em que batia em professor).

Comovente.

Nem em novela mexicana do SBT.

Porém, este ansioso blogueiro lamenta que um dos poucos temas que poderiam mobilizar os representantes do trabalhadores fosse retirado da agenda política.

O Governo do Nunca Dantes deu ao salário mínimo uma valorização que humilha o Fernando Henrique e o Cerra.

Nem os militares pagaram ao trabalhador um salário tão aviltante quando a dupla que co-presidiu o Brasil (e vendeu a Vale).

Porém, o Nunca Dantes guardou os sindicatos em casa.

Trancou os trabalhadores.

Deu o paraíso à Classe C e desmobilizou as passeatas, as greves, os protestos públicos.

Essas maravilhosas manifestações de democracia.

O Brasil de Brasilia ficou longe da Plaza de Mayo.

Deu nisso.

Um país sem Ley de Medios.

Um país que anistia a Lei da Anistia e, portanto, os torturadores.

Não deixe de votar na trepidante enquete: quem fez falta ao Cerra para aprovar o mínimo de R$ 6.000 ?


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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