quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Presidenta, não subesxtime o PIG(!) são calhordas e canalhas

PiG passa mel na guerrilheira


Reagan em Bitburg: reconciliar não é esquecer

No dia 5 de maio de 1985, o presidente americano Ronald Reagan foi a uma cerimônia no cemitério de Bitburg, na Alemanha então Ocidental.

Ali estão enterrados 2.000 soldados alemães e 49 membros da SS nazista.

Perto, se ergue um obelisco no espaço em que existiu o campo de concentração de Bergen-Belsen.

O monumento presta homenagem a 50 mil vítimas do nazismo, ali enterradas em valas comuns.

Esse provavelmente foi o maior fiasco do Governo Reagan, ainda hoje um dos presidentes mais queridos dos Estados Unidos.

A presidenta foi à festa do pré-velório da Folha (*).

Mencionou Vladimir Herzog, uma das vítimas da SS brasileira,  na frente dos donos da Folha da Tarde – clique aqui para ler.

A Folha da Tarde era o órgão oficial da SS.

Me dizem que o PiG (**) está muito feliz com a Dilma.

Porque a Dilma não bate boca com o PiG (**).

A Dilma é discreta.

Trabalha no gabinete, em silêncio, como os mineiros.

O PiG (**) não aguentava mais aquela batalha diária contra o carisma e a inteligência do Nunca Dantes.

E, por isso, está disposto a passar mel na guerrilheira.

Encantá-la.

Cobri-la de mimos.

Elogios.

Medalhas de professora Honoris Causae (o Farol não resistia a uma).

Editoriais.

Editorial do Estadão chegou a elogiar a cerimônia pré-velório da Folha (*) e – suprema heresia ! – citou trecho do discurso do Otavinho, autor de uma peça oratória invulgar: a “Sinfonia da Platitude”, à moda de Sibelius.

E aí reside o perigo.

Este ansioso blogueiro considera que numa República Presidencialista e diante da hegemonia do PiG (**), o Presidente ou Presidenta (ainda mais se for trabalhista) tem que bater boca, no meio da rua.

Existe espaço no Brasil para se debater políticas públicas ?

Tem o da urubóloga na GloboNews.

O Presidente de uma República Presidencialista infra-democrática tem que disputar a mídia.

Entrar em rede nacional.

Convocar coletiva.

(Nota de esclarecimento: este ansioso não pleiteia entrevista exclusiva com a presidenta. Tentou na campanha, não conseguiu, e agora só vai tentar – inutilmente – na campanha da re-eleição.)

Porque, se não for assim, um dia o PiG (**) se cansa de passar mel e vai para cima.

Vai para o Golpe.

Veja, amigo navegante, a situação do Nunca Dantes.

Como ele próprio não fez a Ley de Medios, onde ele vai se defender, agora, sem o púlpito da Presidência ?

O PiG (**) o massacra dia e noite.

De forma direta, ou indireta, ao passar mel na guerrilheira.

E onde ele vai se defender ?

E quando acabar o mel do PiG (**) ?

Onde a presidenta vai defender suas políticas ?

Onde vai lutar pelo apoio no Congresso ?

Como ela vai aprovar a Ley de Medios ?

Onde ela vai buscar apoio popular para enfrentar a Globo ?

Que a presidenta não se iluda.

O mel do PiG (**) acaba.

Só não acaba para o Fernando Henrique.

Porque ele o PiG são a mesma coisa.


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

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