O  Conselho Federal de Economia nunca se manifestou sobre o pedido de  interpelação judicial e o conseqüente enquadramento do candidato José  Serra no Art. 47 do Dec. Lei. 3.688/41, feito pelo Conselho Regional de  Economia da Paraíba e endossado pelos Conselhos Regionais do Rio de  Janeiro, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Maranhão, Rondônia e  Tocantins, e por dois membros do Conselho Federal de Economia. O pedido  teve por motivo o uso indevido da qualificação de economista pelo  candidato Serra, que não tem bacharelado em economia nem é registrado em  qualquer Conselho Regional de nenhum estado brasileiro. O procedimento  do candidato caracteriza falsidade ideológica e charlatanismo, em  prejuízo dos que exercem legalmente a profissão.
O Corecon-PB  fez a sua parte, denunciando a irregularidade e pedindo providências à  entidade competente, - no caso o Conselho Federal de Economia, parte  legítima para uma iniciativa jurídica, pois congrega todos os Corecons  do Brasil, onde, hipoteticamente, Serra deveria estar inscrito como  economista.
Por  coincidência, logo após a denúncia do Corecon-PB, seu presidente,  economista Edivaldo Teixeira de Carvalho, teve sua residência invadida  por três homens armados que lhe roubaram um automóvel e outros objetos  de valor. A violência não parou aí. Telefonemas ameaçadores foram  transmitidos à casa de Edivaldo, com a recomendação de que ele ficasse  quieto. Sua casa foi rondada por automóveis em atitude suspeita.
É de  estranhar também a omissão do Confea, entidade que reúne os Conselhos  Regionais de Engenharia e Arquitetura (Crea), que até agora não se  manifestou sobre o uso do título de engenheiro pelo candidato José  Serra. Nenhum dos Creas também se pronunciou sobre o assunto. Enquanto o  silêncio das entidades permanece, Serra continua apresentando-se à  população brasileira como engenheiro, no seu marketing político, da  forma que se pode ver no último exemplar da revista Istoé, nº 1721, de  4/9/2002, página 53, na matéria O homem segunda-feira, linhas 10 e 11,  onde a reportagem diz que Serra é engenheiro e economista.
É inexplicável silêncio dos  Creas e da Confea. Deveriam e poderiam mirar-se na atitude zelosa do  Corecon-PB, e, na defesa das profissões que representam, protestar  contra o emprego enganoso e politiqueiro da falsa titularidade arrotada  pelo candidato Serra, que não tem título de bacharelado em nenhuma  ciência, mesmo as ocultas.
Sitônio Pinto
É Jornalista, escritor, publicitário,  Membro do IHGP, da academia paraibana de letras e da academia de letras e  artes do nordeste
sitoniopinto@gmail.com
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