Uma humanidade solidária, amorosa... construída com todos incluídos num mundo menos elitista, preconceituoso, autoritário e desigual, por la vida... siempre!
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
UM POUCO DE NEPOTISMO
Ser professor é uma aventura. Ser aluno é outra aventura. A maior injustiça que eu vi, quando criança ou adolescente, era alguém repetir todas as matérias de um ano por ter sido reprovado em uma disciplina. A incompetência administrativa do sistema era repassada para o estudante. Nunca vi na mídia uma crítica a esse procedimento estúpido e cruel. Pensei nisso lendo um livro que me emocionou a ponto de me fazer lembrar de velhas histórias dos tempos de colégio. 'Vara de Marmelo' (Editora Renascença) é a história verdadeira de uma professora, mãe e mulher em busca do seu lugar no mundo. Gaúcha, numa escola de uma grande cidade do interior de São Paulo, ela viveu algumas situações exemplares. Como não se arrepiar diante deste diálogo em sala de aula:
'Continuei a falar de mim e quando comentei que tinha filhos da idade deles uma menina falou aos gritos:
– Então você é mãe? Ah, então você é puta!
Sem pensar, devido ao susto que levei, respondi como quem está sendo atacada:
– Não, eu não sou. Por que a pergunta? A sua mãe é?
– Claro que é. Toda mãe é...
– Mas você sabe o que é uma prostituta?
– Claro, tia, quem não sabe? É trabalhá no ponto: a mãe se arruma e sai pra catá dinheiro, porque tem uns home de carrão que dão dinheiro pra elas...
– E você sabe por que eles dão dinheiro? Ela não teve tempo de responder, pois a turma inteira começou a gritar:
– Tem que trepá, pô! Que burra essa tia!
'Quantos pontos, num programa de metas, deve somar um professor capaz de administrar uma situação dessas e ainda encontrar forças para continuar apaixonado pela sua profissão? Será por isso que se inventou o mito do magistério como missão ou sacerdócio? Professores enfrentam problemas desse tipo, ou piores, em todos os andares da sociedade. Numa universidade, por exemplo, pululam os dramas pessoais de toda ordem. Quem acha que professor trabalha pouco, ensina mal e vive reclamando de barriga cheia por excesso de ideologia, não tem a menor ideia do que diz ou está atolado numa ideologia. Quem lê 'Vara de Marmelo', de qualquer maneira, fica atônito: como tratar do mesmo modo universos tão diferentes? Como não sair correndo quando um aluno desabafa nestes termos: 'Minha mãe não podia ter feito isso comigo só hoje me contou que to de niversario e o pior é que fica lá deitada no sol, por que tem programa de noite. Ela disse que niversario é bobage, que não tem grana pra isso. To com vontade de mata ela. Vi numa casa uma festa no final os muleque estoravam as bexiga na maior zuera'. Aposto que os gênios da mídia se preocupariam, antes de tudo, com os erros de ortografia dessa mensagem desesperada. Concluiriam que os alunos não estão aprendendo, que os professores não estão ensinando e que nossas crianças não estão sendo preparadas para o mercado. É incrível como a mídia vive separada do mundo real, fechada numa redoma de vidro, autista e soberba!
A autora de 'Vara de Marmelo' é pedagoga, arteterapeuta, escritora, integrante da Academia Santanense de Letras, pós-graduada em Arteterapia e em Tecnologia da Informação Aplicada a Educação e graduada em Teologia pela Igreja Episcopal Anglicana do Brasil. Em resumo, continua buscando aprimoramento pessoal, profissional e espiritual. Seu livro me tocou de tal maneira pela autenticidade que decidi pisotear um princípio e cometer nepotismo.
Vera Machado é minha irmã.
juremir@correiodopovo.com.br
quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
Vermelho e Branco
Imperadores
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
A Ditadura Militar VOLTOU
Movimentos de uma orquestra explicam o ataque do MP gaúcho contra as escolas dos sem terra.
As razões elencadas pelo MP são de chorar. Tantos anos de lutas e 1964 está de volta, com a batuta regente da governadora de todos os gaúchos e gaúchas! E depois a burguesia leitora de ZH acusa Hugo Chávez de ditador. Tragam as fardas dos generais para o MP gaúcho. Pena que não tenham usado de tal ímpeto aqui na minha cidade, onde os cofres públicos foram roubados durante oito anos. O Tribunal de Contas ainda não se deu por vencido e segue inocentando as contas de Canoas, ou não? Mudou alguma coisa no tribunal?
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Você sabia?
Esse nosso modo carinhoso de usar os diminutivos e de assim colocar os pronomes é uma herança do modo de falar do povo africano, que aqui veio na condição de escravos.
domingo, 15 de fevereiro de 2009
TACHO
O corpo humano é uma máquina biológica complexa, cujo funcionamento e constituição é quase inteiramente idêntico ao funcionamento e constituição dos corpos de outras espécies de animais, particularmente aquelas que estão evolucionariamente mais próximas do Homem (os mamíferos, entre estes os primatas, e entre estes os macacos antropóides).
Como entender essas jovens senhoras a desperdiçar água com a limpeza esquizofrênica de suas calçadas?
Gritamos por políticas públicas que preservem o nosso meio-ambiente, mas o que fazer com essas boas senhoras, mães, avós, tias...? Nossas vizinhas!
A charge do TACHO dá uma idéia da nossa vontade!
Operação Sorriso
A AMPLA está buscando 125 crianças que tenham seqüelas como: * lábio-leporino e fenda palatina.
Para realizar gratuitamente a cirurgia de reparação. Se você conhece alguém que tenha alguma dessas deficiencias,
Por favor, informe o telefone da Ampla (21) 2562-2822,
Ou o site
http://www.operacaosorriso.org.br
PAC
Com isso, temos a extensão da linha do metrô até Novo Hamburgo. Também, o planejamento já terminado para a construção do metrô da zona norte de Porto Alegre.
E mais, finalmente teremos uma linha para o aeromóvel em Porto Alegre (esse, galera, só acredito vendo!).
Mortadelas
Você pode consumir, mas moderadamente.
Os aditivos podem prejudicar a saúde e o bolso.
Para ler mais, vá até o endereço eletrônico da ProTeste, revista da Associaçào Brasileira de Defesa do Consumidor, http://www.proteste.org.br/
Lendo o artigo da revista, fevereiro de 2009, sobre as mortadelas, descobri que não tenho tanta vontade assim de comer carnes de diferentes animais de açougue (vaca, porco, galinha, etc... esse etecetera me deixou preocupado), até 60% de carnes mecanicamente separadas (podendo conter restos de ossos e outros... novamente, voltei a me preocupar), miúdos comestíveis (estômago, coração, língua, fígado, rins, miolos... gente, não sei de vocês, mas eu não sabia) e pode ter, ainda, (meu Deus, tem mais!) pele e tendões (no limite máximo de 10%... eu estou no meu limite) e gorduras.
Os fosfatos que naturalmente estão presentes na carne, são também adicionados com o objetivo de aumentar a capacidade de retenção da água. Na opinião da revista o uso de fosfato é enganoso e dispensável, pois faz a retenção artificial da água. Faz com que a carne fique mais pesada, ou seja, acaba pesando no bolso do consumidor.
E prefira comprar a peça inteira para fatiar em casa. Acharam, em todos os supermercados pesquisados, indícios de falta de higiene na manipulação do produto ou manutenção em condições impróprias.
Tem mais pessoal, leiam a reportagem completa ou se associem.
No endereço acima, os associados vão encontrar os resultados da pesquisa. A revista aponta A Melhor do Teste e a Escolha Certa (aquela que tem a melhor relação qualidade/preço).
Vou adiantar os resultados para vocês: A melhor do teste foi a mortadela Aurora (R$4,10 a R$7,40). E o título de a escolha certa vai para a Sadia Sadilar (R$3,50 a 6,30).
sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009
Musculação
Claro, que tudo acompanhado por uma alimentação saudável e, também, com a orientação de um professor de educação física. O abastecimento tem que ser equilibrado entre as farinhas, as carnes magras, as verduras, legumes e frutas. Muito líquido. Eu, particularmente, tenho a minha fórmula. Mantenho sempre um garrafa de água geladinha (1litro) me esperando. Costumo espremer um limão e misturo com essa água (importante: não adicione açúcar). Ao iniciar e terminar minhas atividades físicas bebo dessa sopa benta. Encontre a sua fórmula, é importante repor os líquidos perdidos durante a sua atividade escolhida.
Alguns e algumas de nós, ainda têm escolha.
O mundo ainda não conseguiu apresentar alternativas para aqueles homens e mulheres que passaram a sua vida produtiva nas nossas ruas varrendo, capinando, juntando lixo. Burros de carga. Outros entram em nossas casas para os pequenos consertos, enquanto senhoras cuidam das nossas crianças e casas. Para esses, ainda não encontramos alternativas possíveis.
Mas você, está aí definhando na preguiça, por quê? Não tem tempo? Não tem vontade? Amanhã... hoje, não?
Desçam da cadeira do papai e da mamãe. É fácil!
Depois da empreitada voltem para a sua cadeira de balanço e tomem um bom chimarrão (quase nada de quente!).
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
A Origem das Coisas
http://www.unichem.com.br/videos.php
Você assistirá o vídeo Uma Verdade Inconveniente.
Depois de assistir ao vídeo fiquei matutando sobre para quem é inconveniente este vídeo. Matutei, pensei, juntei os prós e os contras, arquitetei fórmulas de acusar os governos, as grandes corporações, comecei por juntar as provas. e não são poucas. De repente, olhei para os meus lados, isso mesmo, para os escassos metros quadrados em que estou agora, fiquei assustado. Meus Deus, como acumulei coisas desnecessárias. Lixo histórico da minha vida. Coisas que já estão fora de uso, se algum dia tiveram algum uso. Eu sou um desses caras. Aquela seta amarela do vídeo sou eu, sou uma seta. Fui transformado em uma seta amarela de consumo. Pior, me deixei metamorfosear, sou o camaleão do consumo. Quando entro nas lojas, as minhas necessidades vitais vão sendo transformadas, na medida que aparecem novas bugigangas para devorar. Sou construído pelo fogo da transformação das minhas vontades de ter, ter, ter, e ter mais. Claro, que como citado no vídeo, tenho dois empregos. Trabalho 60 horas por semana. Estou na contramão da história? Trabalho 12 horas por dia e, nas minhas horas de folga, vejo televisão, faço compras (geralmente, no supermercado. Essas lojas facilitam nossa vida, está tudo ali: alimentos, roupas, cadeiras, mesas, computadores, pratos, talheres... Lembram de mais algum produto que esqueci? Viu? Está tudo ali!).
E a invenção do cartão de crédito? É uma facilidade, vamos, não minta! Eu praticamente não lembro como são essas cédulas antiquadas de troca, o dinheiro. Ele não circula mais nas minhas mãos. É verdade! O fruto do meu trabalho, daquelas 12 horas diárias, vai para o banco que administra os meus recursos. O banco me avisa quando ultrapassei os limites do meu crédito, mas se eu achar importante, ou não, eles podem aumentar o meu crédito. E, assim, sem sair de casa e com um simples toque no teclado do computador, posso continuar a consumir. E o dinheiro? Faz um bom tempo que não o vejo, mas não posso esquecer as minhas senhas de acesso. Cheque e dinheiro fazem parte do meu passado.
Um dia essas lojas me fizeram sentir que era um dinossauro, que viveu o tempo das moedas, comprar carne no açougue, balas no boteco da esquina e do famoso caderninho da venda. Estou escutando minha mãe, Mauro, vai comprar pão e pede para o seu Ivo colocar no cardeno! O caderno era o nosso cartão de crédito plastificado dos dias de hoje. A diferença é que o dono do armazém nos trancava o crédito se não fosse feito o pagamento da semana. Sem dinheiro sem compras. O jeito era ir até os secos e molhados da outra rua e abrir outro caderninho. E comprar comida.
Nos dias de hoje, continuamos comprando alimento, cada vez mais industrializados e envenenados, mas também uma infinidade de produtos que não precisamos pra sermos humanos. Tudo que nos faz humanos está ao alcance das mãos, o desejo da vida simples.
A vida simples me parece com um bom carro, uma tela plana, uma casa na praia, um laptop com muita memória e um shopping perto de casa. Isso é fundamental. Não sei viver sem o burburinho e o entra e sai das lojas. Juro que se pudesse me mudava para uma daquelas lojas. Isso, um condomínio dentro do shopping. Talvez, possamos colocar escolas, farmácias, sei lá, me ajudem, o que podemos querer mais dentro dos nossos shopping, mas veja bem, só o que ainda não temos! Não seria maravilhoso? Nosso sonho de consumo!
Opa! Sonho de consumo? Seta amarela, lixo, matas destruídas, água poluída, ar irrespirável, calor e frio com intensidade malucas. Será que esse mundo aguenta mais um pouquinho? Eu preciso de um tempinho para me acostumar. Ah, não tem tempo? Puxa, é sério, mesmo? Difícil de acreditar.
Em todo caso, vou tentar fazer a minha parte! E você?
terça-feira, 10 de fevereiro de 2009
Maneiras de educar! Tem como medir?
Recebi o texto abaixo do professor Fernando Carlos, desconheço o autor, mas achei que ilustra algumas reflexões que venho escrevendo neste blog, sobre a avaliação externa da escola. Não sou contra qualquer forma de avaliação, desde que sejam construídas com a comunidade.
COMO EDUCAR: Marcas de Batom no Banheiro...
Numa escola pública estava ocorrendo uma situação inusitada: meninas de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom. O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...
Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora. No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...
No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho. O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho. Nunca mais apareceram marcas no espelho!
Moral da história: Há professores e há educadores...
Comunicar é sempre um desafio! As vezes precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados.