O que significa mudar o mundo hoje?
Texto de divulgação do debate “O que significa mudar o mundo hoje?”, que ocorrerá quinta e sexta-feira (27 e 28), em Porto Alegre. Na quinta, o debate será no auditório do prédio 40 da PUC/RS, às 17h; na sexta, na sala A2B2 da Casa de Cultura Mário Quintana, a partir das 16h30min:
Poucas vezes na história viu-se um ano como 2011: as revoltas no norte da África e no Oriente Médio, protestos e tumultos na Grécia, Inglaterra e outros países europeus, a revolta dos estudantes no Chile, uma pequena e silenciosa revolução na Islândia, os acampamentos dos indignados na Espanha e, agora, no meio da própria Wall Street. O capitalismo atravessa sua maior crise em quase um século e, junto com ele, a própria democracia – quando a distribuição dos prejuízos e impactos das crises financeira e ambiental expõe um déficit democrático extremo, onde muito poucos têm muita influência e a grande maioria precisa tomar as ruas para ser ouvida. Ao mesmo tempo, não está claro o que poderia vir suplantar a situação atual, nem como se constituirão as forças necessárias para transformá-la. Um momento de grande potencial, mas onde a crescente certeza de que não se pode seguir do mesmo jeito vem acompanhada de grande incerteza sobre como mudar o que se tem.
O Que Significa Mudar o Mundo Hoje? se propõe a explorar as alternativas disponíveis ao pensamento radical contemporâneo. Por um lado, mapeando algumas de suas alternativas teóricas contemporâneas – especialmente naquelas que deveriam ser suas questões fundamentais: o que significa “mudar o mundo” hoje? O que define uma política que se possa dizer “radical” hoje? Quais são as diferentes escolhas teóricas que se apresentam? Mas um tal mapa seria incompleto se não considerasse o modo como essas escolhas se relacionam com a prática política. Nesse sentido, portanto, o evento também busca projetar essas diferentes alternativas sobre a prática, expondo-as àquela que é a prova mais definitiva: sua capacidade de dar conta dos desafios da realidade, de gerar chaves de interpretação e orientações para a ação à altura do presente.
Programação
- Dia 27/10, 17h, auditório térreo do prédio 40, PUCRS
Painel:
Norman Madarasz (UGF) ‘Sem natureza, nem informação: riscos de captura na filosofia de Alain Badiou’
Rodrigo Nunes (PUCRS) ‘Como não ler Foucault e Deleuze, ou: para ler Foucault e Deleuze politicamente’
Giuseppe Cocco (UFRJ): ‘Revolução 2.0: entre autovalorização e heteronomia’
- Dia 28/10, 16h30, sala A2B2 da Casa de Cultura Mário Quintana
Debate: O que significa mudar o mundo hoje?
com Giuseppe Cocco (UFRJ), Norman Madarasz (UGF) e Rodrigo Nunes (PUCRS)
O seminário é organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUCRS, o grupo de pesquisa Materialismos – Correlacionismo, ontologia e ciência na filosofia continental contemporânea (www.materialismos.wordpress.com), o Centro Brasileiro de Pesquisas em Democracia e a revista Turbulence (www.turbulence.org.uk). Ele conta com apoio da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul, TV Software Livre e Catarse – Coletivo de Comunicação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário