O ÔNIBUS
Passou na rua em que fui criança...
Na qual joguei bola de gude na calçada,
Ouvindo alegres cânticos da meninada
A brincar de roda numa infância mansa!
Meu pai, como toda vizinhança,
De jornal em punho e preguiçosa armada,
Adormecia na frente da morada...
Eram tardes de paz e segurança!
Se algum vizinho não viesse à frente,
Imaginava-se distante ou doente
O que era conferido em visita amiga!
Este ônibus mexeu com minha mente,
Passou na ruazinha , hoje diferente
Da pacata em que vivi... na Canoas antiga!
Moacyr Ayres da Siqueira
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