O cartel de falsificação de pesquisas
Com o fortalecimento do Movimento dos Sem Mídia, opção dos leitores deste blog que se dispuseram a não deixar a ONG morrer, ressurge a esperança no desmascaramento de uma organização criminosa e clandestina que, no futuro, o país poderá descobrir que elegeu governos por meio de crime eleitoral de falsificação de sondagens da intenção de voto.
Apesar de falsificação de pesquisas eleitorais ser crime amplamente tipificado na lei que regulamenta as eleições no Brasil, nunca antes na história deste país cogitou-se que estaria sendo praticado.
Contudo, a partir do mês de março deste ano, a desfaçatez do conluio criminoso formado para enganar o eleitorado e induzi-lo a esta ou àquela intenção de voto para presidente da República tornou evidente que ao menos dois institutos de pesquisa estão delinqüindo abertamente.
Há evidências fortíssimas de que isso está acontecendo. Traçando uma linha do tempo, nota-se que entre os institutos Datafolha, Ibope, Sensus e Vox Populi, dois deles indicam uma tendência de queda de Dilma Rousseff e ascensão de José Serra, e outros dois indicam o contrário, ainda que apenas em momentos esparsos.
Apesar disso, Datafolha e Ibope, em períodos mais elásticos de tempo, sempre acabam convergindo para o que indicam as tendências de Sensus e Vox Populi. Os dois primeiros negam em suas sondagens, episodicamente, a aproximação de Dilma em relação a Serra; depois, negam o empate entre os candidatos; agora, negam a ultrapassagem do tucano pela petista.
As evidências falam por si. Em uma investigação isenta, verificar-se-á que ao menos dois desses institutos tentam desviar uma tendência de opção eleitoral da sociedade brasileira que vai se mostrando inexorável. E essa investigação já existe ao menos no papel.
Em 11 de maio deste ano, a Procuradoria Geral Eleitoral determinou, em despacho, que “se extraiam cópias na íntegra da Representação Eleitoral do MSM e da lista de adesões dos cidadãos brasileiros que a apoiaram, remetendo os documentos à Superintendência da Polícia Federal em Brasília – DF, para que proceda a Abertura de inquérito Policial para apurar suposta prática de Crime Eleitoral de Realização e Divulgação de Pesquisa Eleitoral Fraudulenta”.
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