Pesquisa sobre o caso do estupro em
Florianópolis
Leitora do RS Urgente escreve relatando que recebeu telefonema de uma pessoa que se apresentou como pesquisadora da Vox Populi. Após perguntar sobre qual jornal, TV e rádio costumava acessar, a pesquisadora entrou no assunto central da suposta pesquisa: o caso do estupro de uma adolescente de 14 anos em Florianópolis, envolvendo um adolescente da família Sirotsky. As perguntas foram: qual sua opinião sobre o caso envolvendo a família citada; se a notícia era sensacionalista ou informativa; se as informações que tinha eram da Record ou da RBS; se acreditava que o sensacionalismo era capaz de mudar a opinião das pessoas; se as informações era capazes de influenciar a justiça.
O caso segue repercutindo em todo o país. Neste domingo, o jornalista Élio Gaspari defende a exoneração do delegado Nivaldo Rodrigues, diretor da Polícia Civil de Florianópolis. Numa entrevista, o delegado afirmou:
“Eu não posso dizer que houve estupro. Houve conjunção carnal. Houve o ato. Agora, se foi consentido ou não, se foi na marra, ou não, eu não posso fazer esse comentário, porque eu não estava presente”.
A declaração do delegado, diz Gaspari, “é uma repetição da protofonia das operetas que começam investigando casos de estupro e terminam desgraçando quem os denuncia”. Noutra entrevista, assinala ainda o jornalista, o mesmo delegado disse que “o caso investigado é de estupro”, mas, ao especular sobre a motivação do ocorrido, afirmou: “Amizade, se encontraram, resolveram fazer uma festa. Se foi na marra, não sei”.
Falta o delegado definir “marra”, ironiza Gaspari: “É crime manter relações sexuais com menores. Se isso fosse pouco, segundo a denúncia, podem ter sido dois os rapazes que usufruíram a “conjunção carnal”. Se o delegado não podia dizer se o ato foi “consentido ou não”, devia ter ficado calado. Afirmar que não pode opinar porque “eu não estava presente” beira o deboche”.
Um dos fatores que alimenta a repercussão do caso é o fato de a RBS ter, entre seus colunistas de opinião, vários defensores entusiasmadíssimos da redução da maioridade penal e da aplicação de penas duras para menores infratores e autores de crimes. Colunistas como Luiz Carlos Prates, da RBS TV Florianópolis, bem conhecido em Santa Catarina pelo seu radicalismo nesta questão, como mostra o vídeo acima.
Charge: Kayser
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