quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

é preciso estar muito atento as entrelinhas, metáforas newtonianas

Para o C Af, Assange = Zé das Couves



Na foto, o Zé das Couves

O Conversa Afiada considera que o Brasil desmoralizou o WikiLeaks.

No Brasil, as revelações do WikiLeaks foram monopólio do PiG (*).

Só a Folha (**) e o Globo tiveram acesso às primeiras informações.

(Embora, o William Bonner tenha tentado desqualificar o que chamou de “uaiquiliques”, depois que Johnbim entrou na roda.)

A Folha, por exemplo, escondeu que o serrista Nelson Johnbim tinha ido ao embaixador americano para

1)apoiar a crítica do embaixador à política externa do país a que servia – ou seja, desempenhou papel que lá em Marechal se chama de traíra;

2)falou mal de um colega de ministério, o Embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, que vai entrar para a História do Brasil numa página mais edificante que a dele.;

3)revelou um segredo que o presidente Nunca Dante lhe tinha contado: que Evo Morales, presidente da Bolívia, tinha um tumor na cabeça.

Isso, a Folha escondeu.

A Folha, dessa forma, fraudou o WikiLeaks.

Ou seja, para este Conversa Afiada, o WikiLeaks no Brasil é um Viagra vendido na Feira de São Joaquim, em Salvador.

A entrevista que os jornalistas brasileiros fizeram com o Assange foi tão útil quanto entrevista o Fernando Henrique Cardoso.

Assange no Brasil é um problema.

Como é para a Justiça da Suécia, onde seu líder é acusado de assédio sexual.

O Conversa Afiada não apóia o “estupra mas não mata”.

Uma questão de estilo.

O WikiLeaks do Brasil – sabe-se lá o que vem a ser isso – divulgou documentos da Operação Satiagraha.

O Conversa Afiada, como um órgão de imprensa que não costuma assediar mulheres, confirmou a veracidade dos documentos ali postados.

O que o Conversa Afiada viu é verdadeiro.

E originais.

Ninguém sabia que o talionário de notas fiscais do advogado Wilson Mirza era administrado pelo Daniel Dantas.

Ninguém sabia que  Daniel Dantas contratou um famoso advogado de Brasília para ameaçar o presidente do Superior Tribunal de Justiça, através de um dossiê na Veja.

Ninguém sabia que o Daniel Dantas escondeu de bancos respeitáveis, como o Safra e o UBS, a verdadeira identidade de seus cotistas.

E muito menos que os investidores de Dantas em paraísos fiscais eram eles mesmos, Dantas e assemelhados.

Para o Conversa Afiada, a origem da informação na internet  é irrelevante.

Poderia ser o zédascouves.com.br.

Desde que as informações fossem verdadeiras.

Como são.

Para o Conversa Afiada, pouco se lhe dá quem sejam WikiLeaks do Brasil, WikiLeaks da Suécia ou Zé das Couves ponto com ponto BR.

O Conversa Afiada não tem medo do Daniel Dantas.

Tem medo do Assange.

Em nome das mulheres navegantes que visitam esse ansioso blog.

(Em tempo: o Conversa Afiada compartilha de muitas das apreensões que o inglês The Guardian e o americano New York Times passaram a ter, depois que receberam o primeiro material do Assange.)

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é, porque o dono é o que é; nos anos militares, a Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

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