segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

espiões e passadores de bola

WikiLeaks do B: Dantas conhecia o espião
israelense. Aquele que a dra. Mello não julgou


A Carta Capital também confirmou a veracidade das informações que o Conversa Afiada considerou verídicas e que incriminam, pela enésima vez, o “brilhante” banqueiro Daniel Dantas, o passador de bola apanhado no ato de passar bola.

Veja os posts do C Af sobre o assunto:
WikiLeaks vaza Satiagraha e mostra advogado de Dantas com a boca na botija

WikiLeaks inocenta Dilma. Ela sabia onde estava a “sacanagem”

WikiLeaks Brasil: Dantas manipula VEJA e ameaça Judiciário

WikiLeaks do B: Dantas não sabe o que tem. E manipula composição e $ de empresas
Dantas tentou esconder ilegalidade do Safra e do UBS
Na Carta Capital desta semana há uma reportagem de Sergio Lírio de título “E ainda insistem em beatificá-lo. Trechos inéditos do relatório da PF reforçam provas contra Dantas”.

(Clique aqui para ler o que o Mino Carta disse de um pseudo-esquerdista, autor de um livro que pintou Dantas como uma cruza de Papai Noel com Madre Teresa de Calcutá. O espírito Santo e orelha é outro pseudo-esquerdista, o Greenhalgh, ou “Gomes”)

Clique aqui para ler o Lírio:

O trabalho de investigação da Satiagraha comprovou, mais uma vez, as relações do espião israelense Avner Shemesh com o Grupo Opportunity. Em 2004, na esteira da Operação Chacal, que investigou a contratação da Kroll por Dantas para espionar integrantes do governo Fernando Henrique Cardoso e do futuro governo Lula, os federais fizeram busca e apreensão na casa de Shemesh em São Paulo. A PF descobrira que o israelense fazia um trabalho paralelo de espionagem ao da Kroll. A polícia encontrou durante a batida dossiês de desafetos do banqueiro, entres eles fotos e relatos sobre as atividades de parentes do jornalista Paulo Henrique Amorim. Shemesh e o Opportunity sempre negaram suas relações, apesar de todas as evidências. Agora, há novas, ainda mais incontestáveis. Em um diálogo interceptado pela polícia, a advogada Daniele Silbergleid e um funcionário do banco de nome Bernardo falam do israelense:


Daniele: Olá

Bernardo: Oi… o cara lá é Abner… da Kroll?

Daniele: Avner…

Bernardo: Tá bom… obrigado.

Em um e-mail de 6 de junho, Cristina Caetano pergunta a Camila Arruda, também do Opportunity, sobre um encontro com o espião:

Camila,
esta confirmado o Avner na terça?
beijos


O amigo navegante verá no link abaixo que o passador de bola apanhado no ato de passar bola negou peremptoriamente que conhecesse o Sr. Shemesh.

Trata-se de depoimento que o passador prestou à CPI das Escutas Telefônicas, também conhecida como a “CPI dos Amigos de Dantas”.

Ali se notabilizaram o delegado Marcelo Itajuba, que teria ido a Minas preparar um dossiê contra o Aécio Neves – segundo o Amaury – , e o então deputado Raul Jungmann, que o povo de Pernambuco preferiu não mandar mais para o Congresso.

A campanha eleitoral de Itajuba e de Jungmann foi financiada por sócio de Dantas.

http://www.slideshare.net/LuisNassif/depoimento-de-daniel-dantas-na-cpi

No site Boca de Trombone, o amigo navegante será testemunha de coincidência incrível.

A desembargadora Cecilia Mello tomou, sistematicamente, decisões que coincidiam de forma milimétrica com a posição dos advogados de Dantas.

Impressionante.

E tudo isso a despeito do esforço hercúleo e inútil de brava Procuradora da República, Dra. Anamara Osório.

A desembargadora Mello chegou a ignorar a confissão de uma testemunha que se disse subornada por Shemesh.

O que ajudou a provar que o Carlinhos Rodenburgo, cunhado e braço direito do Dantas, apanhado num vídeo, na porta da casa do Shemesh, não era o Carlinhos.

Lembra o que fez a ministra Ellen Gracie, que criou a Jurisprudência conhecida como “Dantas não é Dantas mas Dantas”.

Mello, por coincidência, tornou-se responsável por outra:  Carlinhos não é Carlinhos mas Carlinhos.

Coincidência.

Ou adepta da mesma filosofia.

A ação que envolve esse grande agente de inteligência, o Sr. Shemesh, se acha depositada no ultima gaveta da Justiça Estadual de São Paulo, onde dormita e prescreverá – como desdobramento das sábias decisões da Desembargadora Mello.

Por coincidência, o Dantas não haveria de querer outra coisa: a prescrição.

Nem o Carlinhos.

Quer dizer, o Carlinhos.

Boca no Trombone – um blog de notícias que não saem na grande mídia
E Dantas leva mais uma…


Segunda turma do TRF-SP considera a Justiça Federal inapta a receber denúncias contra o banqueiro Daniel Dantas, cabendo, pois, à Justiça Estadual de São Paulo julgar o processo.
por Equipe Terra Magazine
Daniel Dantas se livrou de mais uma na Justiça. No último dia 28 de outubro, a desembargadora Cecília Mello e a segunda turma do Tribunal Regional Federal da 3.ª Região, em São Paulo, decidiram, por iniciativa própria, enterrar uma parte importante da Operação Chacal.
O leitor de Terra Magazine deve se lembrar: Operação Chacal foi aquela realizada pela Polícia Federal em 2004 e que indiciou Daniel Dantas e outros por crimes de quebra de sigilo, divulgação de segredo, corrupção ativa e passiva, receptação, quadrilha, quebra de sigilo telefônico… Espionagem, enfim.
Denúncia acolhida, o processo correu por quatro anos na Justiça Federal de São Paulo.
Eis que, no final de outubro último, decidem encerrar o caso (ou parte dele) de maneira, no mínimo, surpreendente.
Sem delongas, a decisão: “A Segunda Turma, por unanimidade, de ofício, concedeu ordem de ‘Habeas Corpus’ para reconhecer a incompetência da Justiça Federal para julgar o presente feito e para declarar a nulidade dos atos decisórios da ação penal nº 2005.61.81.002929-6, inclusive o recebimento da denúncia, determinando o encaminhamento da ação penal à Justiça Estadual do Estado de São Paulo; tornando sem efeito a liminar anteriormente deferida e julgando prejudicada a impetração (RELATOR P/ACORDÃO: DES.FED. CECILIA MELLO) (EM 28.10.2008 )”.
Traduzindo: por iniciativa própria (“de ofício”) a segunda turma considerou que a Justiça Federal é incompetente para receber a denúncia e julgar o processo 2005.61.81.002929-6 e o remeteu à Justiça Estadual de São Paulo.
O processo em questão é um pedaço importante da Operação Chacal. É o pedaço que investigou os crimes supostamente cometidos por Dantas com a colaboração do israelense Avner Shemesh.
Ex-militar israelense radicado no Brasil há mais de duas décadas, Shemesh tem uma empresa de segurança e análise de risco patrimonial, segundo seu depoimento à CPI das Escutas Telefônicas Clandestinas. Sim, Shemesh foi ouvido este ano pela CPI de Marcelo Itagiba.
A Polícia Federal chegou a Shemesh no âmbito da Operação Chacal, que investigava Dantas. E concluiu que sua empresa espionava a mando do Opportunity, tal qual a Kroll, segundo a denúncia.
Na operação de busca e apreensão realizada em 2004, encontrou na residência e na empresa de Avner Shemesh maletas que poderiam fazer escutas e uma série de extratos telefônicos, relatórios de vigilância, anotações sobre conversas telefônicas e dossiês sobre atividades de desafetos de Daniel Dantas.
Além dos documentos apreendidos, a Polícia Federal ouviu, fotografou e filmou Shemesh e Carlos Rodenburg, ex-cunhado e sócio de Daniel Dantas, se encontrando. O vídeo da PF está em http://www.youtube.com/watch?v=fHZEjtgcJn0
A defesa de Dantas e Shemesh nesta ação é um capítulo à parte.
Alegaram que quem foi filmado e fotografado se encontrado com Avner Shemesh não era Carlos Rodenburg, mas um motorista.
O motorista seria Fernando Magnenti, que inclusive assinou uma declaração dizendo que era ele, e não Rodenburg, na foto.
Com base nisso, a desembargadora Cecília Mello concedeu em 2007 Habeas Corpus em favor de Rodenburg, trancando a ação contra ele.
E depois fez o mesmo, na véspera do Carnaval deste ano, concedendo liminar em favor de Daniel Dantas.
Mas Magnenti, o motorista que supostamente seria Rodenburg, prestou esclarecimentos à Justiça. E disse que assinou declaração pronta e entregue pela secretária de Shemesh. Disse também que não se reconhece no vídeo.Shemesh, à CPI de Itagiba, disse não conhecer Rodenburg. Nunca teve contato. Mas em entrevista ao noticiário TELETIME (http://www.teletime.com.br/News.aspx?ID=92542), disse que tinha certeza de que não era Rodenburg no vídeo. Baseou-se na estatura, peso e aparência para fazer a afirmação. Peso, estatura e aparência de alguém que nunca vira…
Resumo dessa parte da história: a ação contra Dantas, Rodenburg e Shemesh correu por vários anos. A Justiça Federal acolheu a denúncia do Ministério Público. Nem a Justiça Federal, nem a desembargadora Cecília Mello nunca se sentiram incompetentes para analisar e julgar o caso. Decisões liminares foram proferidas, provas acolhidas, depoimentos coletados… Tudo dentro da (lenta) normalidade da Justiça brasileira, até o último dia 28 de outubro, quando a decisão acima foi proferida.
Sobre Cecília Mello, há algumas referências importantes.
O advogado de Daniel Dantas, Nélio Machado, fez pedido para que ela fosse “preventa” no acompanhamento das investigações e no julgamento das denúncias decorrentes da Operação Satiagraha. Preventa significa que o caso deveria ir para ela, com base em uma suposta familiaridade com o assunto.
Quando a Folha de S. Paulo antecipou, dois meses antes da Operação Satiagraha, que haveria uma investida contra o Opportunity, Cecília chamou juízes de primeira instância. Queria saber com quem estava esta ação. Depois voltou atrás.
Agora, Cecília Mello e a segunda turma decidem, de ofício e quatro anos depois, que a Justiça Federal é incompetente para julgar os supostos crimes apurados contra Daniel Dantas, Carlos Rodenburg, Avner Shemesh et alli.


Com os mesmos argumentos, podem decidir futuro semelhante para a ação contra Daniel Dantas, Kroll e afins, ação esta também decorrente da Operação Chacal. E assim caminha para a pilha de processos que nunca terá fim mais uma operação da Polícia Federal.

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