terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

luta de classes(?) ainda existe(?)

Enquanto isso no Egito...

Último Segundo


Foto: FP PHOTO/PATRICK BAZ

Partidários do presidente Hosni Mubarak durante uma manifestação no bairro Muhandisin. Cairo, 2 de fevereiro de 2011.



Foto: AP Photo/Sebastian Scheiner

Manifestante anti-governo recebe atendimento médico durante os confrontos na cidade do Cairo. Egito, 3 de fevereiro de 2011.



Foto: Chris Hondros/Getty Images

Partidários de Hosni Mubarak usam cavalos para enfrentar multidão que pede a renúncia do líder egípcio. Cairo, 2 de fevereiro de 2011.



Foto: REUTERS/Goran Tomasevic

Manifestante anti-governo joga uma pedra durante confronto com partidários de Hosni Mubarak. Egito, 3 de fevereiro de 2011.

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BAITASAR


O Professor olha para as imagens chegadas do Egito.

Continua pensativo.

Pede que eu selecione essas quatro

"Baitasar, quando a dignidade humana, a justiça e a comida não chegam até nossas casas, como posse permanente e intransferível, dá nisso."

Pergunto se o que acontece é uma luta de classes

"Opressores e oprimidos se enfrentam, basta olhar as imagens para ver quem está com quem."

Observo que são sempre os mesmos

"E por acaso os seres humanos nos surpreendem?"

As pedras jogadas se parecem com pedaços de morte

"Para as mãos que as empunham podem parecer pedaços de vida."

Pergunto ao Professor por que o sofrimento e o sacrifício humano é um preço que tem que ser pago para a mudança social

"Talvez, talvez... quase sempre, um preço a ser pago. O Egito como indivíduos, sociedade e civilização chegaram a um momento decisivo. A transformação do antigo está difícil, daí os danos que estamos assistindo, mas a mutação pode ser resultado da compreensão, lembre-se da mobilidade social acontecida no Brasil."

Concordo, mas lembro ao Professor que estamos longe do exercício pleno da nossa vida

"Baitasar, a evolução histórica é paralela a ideia da vida como uma luta constante pela existência."

A luta continua, companheiro

"Bem-avisado, Baitasar!"

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