quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

você aceita a violência contra mulheres e meninas(?)

Uma campanha diferenciada que busca mudanças de atitudes e padrões culturais

Ponto final

A Campanha Ponto Final, em desenvolvimento simultâneo no Brasil, Bolívia, Haiti e Guatemala teve seu lançamento no Brasil, em maio de 2010.
A Ponto Final é uma campanha regional que busca mudar as atitudes e crenças sociais relacionadas à discriminação, desigualdade e iniqüidade de gênero que sustentam e promovem a violência contra as mulheres. Tem um caráter inovador por estimular o debate, a reflexão e a participação direta das comunidades buscando mudanças de atitudes e de padrões culturais. Outro diferencial, é que esta campanha trabalha com o enfoque da prevenção primária, isto é, busca antecipar e intervir com estratégias para proteção das mulheres, antes que o fenômeno da violência ocorra, e não apenas estimulando a punição dos agressores. A Ponto Final, busca compreender como a violência ocorre e os enormes danos que ela produz e com isto procurar formas de convivências baseadas no respeito e não em agressões.
Dados da Organização Mundial de Saúde – OMS, registram que nas relações entre casais, a violência atinge de 25 a 69% das mulheres. Cerca de 5 a 46% das meninas, sofreram algum tipo de abuso sexual na América Latina e no Caribe. No Brasil, a cada 15 segundos ocorre uma violência contra mulheres. Segundo o Instituto Sangali, uma organização educacional (SP), são mais de 41.500 mulheres assassinadas em uma década, um dado que resultou numa média de 10 brasileiras mortas por dia. O índice, com base em dados do Sistema Único de Saúde, de 4,2 assassinatos por 100.000 habitantes, coloca o Brasil acima do padrão internacional. A violência contra as mulheres é uma importante questão de saúde pública, uma violação aos direitos humanos das mulheres e à cidadania.
A Campanha Ponto Final tem como meta eliminar a aceitação social de todas as formas de violência contra as mulheres e meninas. Desenvolvendo ações para criar uma mobilização social de longo prazo, direcionada à erradicação da violência.

 
Aqui no Brasil, as atividades da Campanha são desenvolvidas em duas dimensões. No nível nacional acontecem ações políticas e a construção de parcerias institucionais diversas para mobilização no sentido de sensibilizar e criar posições críticas em relação aos padrões culturais e fatores de proteção ou de vulnerabilidade para as mulheres. No nível comunitário, as atividades são desenvolvidas numa comunidade denominada Campo da Tuca, localizada no Bairro Partenon, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, com ações diretas de sensibilização de pessoas e grupos, através de atividades culturais, debates, visitas domiciliares, oficinas de inclusão digital, dança, atividades de mobilização para adesão à Campanha, que se organizam a partir de demandas daquela região.

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