Hoje, é domingo de Páscoa.
A renovação de um modo de viver as nossas promessas de amor à vida e a nós mesmos.
O mesmo filme todos os anos.
Na noite de sábado da aleluia, caminhando pelas ruas do bairro, ouvi da minha boca, Já vivi cinqüenta e três páscoas, são muitas ressurreições de mim mesmo.
Estou cansando.
O mundo não sou eu quem faz, mas posso tentar. Não posso?
Por onde?
Olhava para os lados e lá estavam devotas senhoras cristãs, expurgam suas calçadas com a mesma água que falta para matar a sede e lavar panelas vazias.
Mais a frente seguia a puxar seu carrinho de lixos recicláveis um Homem chamado cavalo.
Ali, na pracinha dos brinquedos, encontrei jovens desesperançados atirados pelos cantos a fumar e cheirar os abismos.
Que tal voltar às reflexões dominicais na liturgia missal?
Talvez pudesse retornar à igreja de pensamento cristão e compromisso social com a libertação dos excluídos.
Talvez, quem sabe, um dia encontre o templo cristão da justiça social e do amor ao diálogo.
Talvez descubra uma igreja que denuncie a resignação, usando a voz de muitos como Hélder Câmara; mais pobre, poética e participativa no brado do padre e poeta Ernesto Cardenal.
Talvez pudesse retornar se a voz do My Sweet Lord estivesse viva na pastoral.
São muitos talvezes...
Nenhum comentário:
Postar um comentário