Uma eleição reduzida aos banqueiros: PIB menor, bolsa em alta, Itaú derrota Dilma e mercado elege Marina
Viomundo
publicado em 29 de agosto de 2014 às 20:22
De nada!
Da Redação:
do G1
Vamos ver se entendemos direito:
1. O mercado financeiro dispara às custas de especulação eleitoral, praticamente depondo Dilma Rousseff do Planalto;
2. A “educadora” Maria Alice Setubal, a Neca, acionista do Banco Itaú, foi uma das coordenadoras do programa de governo de Marina Silva. O programa de Marina Silva, socialista, apresentado oficialmente hoje, como pode-se ver abaixo promete “assegurar a independência do Banco Central o mais rapidamente possível, de forma institucional, para que ele possa praticar a política monetária necessária ao controle da inflação”. Ou seja, as pessoas eleitas pela população para representá-la não vão apitar nada na chamada macroeconomia; elas que se virem na microeconomia. E se der na telha do BC provocar recessão e desemprego para controlar a inflação? As pessoas não vão apitar, através de seus representantes eleitos, nos aumentos das taxas de juros que eventualmente beneficiem a acionista Neca, rentistas e banqueiros. BC independente de quem?
Para fechar o círculo perfeito, o Itaú informa a clientes, ainda segundo o G1, que a bolsa subiu porque a derrota de Dilma foi “precificada”, ou seja, a presidente foi sacrificada no altar dos que vão se beneficiar da implementação de um programa de governo que uma acionista do Itaú ajudou a escrever.
Tudo isso com você, caro eleitor, apenas assistindo.
Para completar, nas 242 páginas do programa de governo de Marina Silva, já “eleita” pelo mercado, há um eixo inteiramente dedicado a “aprofundar” a democracia e aumentar a participação popular. Se depender do que está escrito lá, o brasileiro vai poder apitar em absolutamente tudo, desde que deixe SÓ a macroeconomia na mão dos banqueiros.
Falta inventar alguma coisa?
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