terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

houve uma vez um trem até...

Houve uma vez um filme




Por joao
Houve uma vez, um filme


Na década de 1970 assisti a um filme de que nunca mais esqueci. Na verdade não me lembro com detalhes de todos os acontecimentos do drama mas, adolescente que era, ficou na memória em linhas gerais uma espécie de “sinopse” da história.

Ocorre que nunca mais vi esse filme. Acredito que ele esteja disponível em DVD (se estiver em catálogo) ou mesmo que passe eventualmente nesses canais de filmes antigos, tipo Telecine Cult ou TCM.

Pode ser que eu tenha, inconscientemente, optado por assistir aquela única vez para deixar registrado o encantamento de uma mente adolescente que ainda não tinha tido uma única namorada, mas que no fundo ansiava por uma paixão.

Acho que se eu falar o nome do filme e descrevê-lo um pouco, vocês vão entender melhor, certo?
Chama-se “Summer of '42”. A direção foi de Robert Mulligan, baseado em um roteiro autobiográfico de Herman Raucher. Ou seja, trata-se de uma história real. São as recordações de Herman, já um senhor maduro contando um episódio da adolescência que marcou sua vida.

Foi uma paixão de verão (em um balneário americano) que ele teve por uma mulher mais velha chamada Dorothy, casada e carente devido à ausência do marido, que estava servindo na II Guerra Mundial.
É talvez um dos mais singelos e emocionantes registros sobre o tema “a primeira vez”, onde a iniciação sexual é tratada de forma emocional. Apesar do tema “forte” é um hino à inocência, a um momento único. Uma lição de amor e de vida, contada de forma poética e sensível.

Tenho até medo de falar essas coisas. Algum de vocês pode procurar o filme, assisti-lo e... achar horrível!
É que, para muitos, poderá parecer uma história “datada”. Não deixa de ser verdade. É o relato de uma época (1942!). Os tempos mudam e, sem nostalgia, acho que muitos jovens poderiam assisti-lo para comparar com as facilidades atuais. Isso sem querer distinguir “como melhor ou pior”.

No Brasil, com tantas adaptações de títulos infelizes, neste eles acertaram e para mim ficou melhor que o original: “Houve Uma Vez No Verão” (acho que depois relançaram com o título "No Verão de 42"). E acredito que nunca houve um verão como aquele no cinema.

Mas tem outra coisa no filme que contribuiu para que ficasse em minha memória: a maravilhosa trilha-sonora de Michel Legrand, essa sim indispensável para admiradores de boa música. Retratou de maneira impar os momentos suaves do filme.

Talvez esteja na hora de, tantos anos depois, rever essa película (antigamente chamávamos assim) e verificar se resgato as mesmas sensações...

Bom final de domingo.

Boa semana a todos.

http://luizfelipemuniz.blogspot.com/2010_08_01_archive.html

Vídeos:

Nenhum comentário: