FHC defende PSDB da acusação do caso Siemens
09 de agosto de 2013 | 17h 11
WILSON TOSTA - Agência Estado
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, também presidente de honra do PSDB, saiu nesta sexta-feira em defesa de seus companheiros de partido que governavam São Paulo no período em que supostamente um cartel se formou para atuar em licitações do metrô paulista. Segundo o ex-presidente, "há muita agitação, mas pouca coisa concreta a respeito" da denúncia e "é preciso tomar cuidado" com as acusações. Ele destacou que "não houve acusação de que o governo de São Paulo tivesse sido favorecido ou que algum político do PSDB tivesse se beneficiado". O ex-presidente manifestou preocupação com a possibilidade de os eleitores acharem que todos os políticos são iguais na relação com a corrupção.
"Do que eu saiba, os governadores de São Paulo Mário Covas (morto em 2001), Geraldo Alckmin e José Serra são pessoas que não entram neste campo de corrupção, não têm nada a ver com isso", disse Fernando Henrique, que participou de um evento promovido por médicos no Copacabana Palace. "Quando começam a misturar as águas, não é bom. Isso pode dar a impressão de que é parecido com o que outros fizeram. Não há nada que indique isso."
Fernando Henrique afirmou que, do que viu, não há nada objetivo em relação às denúncias de que tucanos estariam envolvidos nas irregularidades. "A questão é evitar a formação de cartel", afirmou. Ele admitiu, porém, que licitações podem gerar corrupção.
"No mundo inteiro há o mesmo problema: você não tem um mecanismo perfeito para evitar que os grupos se organizem com o objetivo de fraudar de alguma maneira a boa intenção de uma licitação", declarou. "Mesmo assim, tem que fazer licitação, não tem jeito. Nestas áreas, há pouquíssimas empresas no mundo, acaba sendo difícil separar, mas tem que haver transparência, explicar mais claramente os fatos. As últimas declarações do governador Serra foram boas, explicam bem do que se trata. Caso contrário, a população ficaria pensando que é tudo farinha do mesmo saco. E não é."
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