Queimei a lingua. Fui perguntar pelo Serra e ele apareceu. Esqueci que o dia dele só começa à noite, e acho que a semana dele agora só está começando na quarta-feira.
Li em nota da coluna Radar Político, do Estadão, que ele foi a um evento da União Geral dos Trabalhadores, em São Paulo. E o que fez lá? Tentou rebater a nota das principais centrais sindicais do país – CUT, Força Sindical, Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Nova Central – que provaram que ele tinha mentido ao se proclamar responsável pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e pelo seguro-desemprego.
As centrais apresentaram dados incontestáveis, provando que o projeto que criou o FAT foi de autoria do ex-deputado Jorge Uequed (PMDB-RS), e que o seguro-desemprego nasceu de decreto presidencial assinado em 1986 pelo então presidente José Sarney. Serra, naturalmente, não apresentou nenhum contra argumento convincente. Disse apenas que “nessa campanha se criou uma nova profissão, que é a dos profissionais da mentira”. Será que estava se referindo a ele mesmo?
Serra também falou de empregos e fez uma projeção de que o Brasil precisa criar 20 milhões de novos postos de trabalho até 2020. Ressaltou logo que isso não era promessa, mas estimativa do que o país precisará. Ao menos essa mentira Serra evitou. Criar emprego não é com os tucanos e ele seria facilmente desmentido pelos dados dos oito anos do governo Fernando Henrique Cardoso, em que teve posição de destaque. Só para refrescar a memória dos esquecidos, em oito anos de FHC foram gerados 797 mil empregos, enquanto nos sete anos de Lula foram 8,7 milhões. Um aumentozinho básico de 994% e ainda falta um ano para ser contabilizado.
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