Trens e metrôs superfaturados
Rombo provocado por governos tucanos em SP chega a R$425 milhões
publicada segunda-feira, 29/07/2013 às 18:28 e atualizada segunda-feira, 29/07/2013 às 18:04
Escrevinhador
da Carta Capital
Rombo provocado por governos tucanos em SP chega a R$425 milhões
publicada segunda-feira, 29/07/2013 às 18:28 e atualizada segunda-feira, 29/07/2013 às 18:04
Escrevinhador
da Carta Capital
Com acesso a documentos inéditos e o depoimento voluntário de um ex-funcionário da multinacional alemã Siemens ao Ministério Público, a revista IstoÉ revelou que o esquema montado por empresas da área de transporte sobre trilhos em São Paulo para vencer e lucrar com licitações públicas nos governos do PSDB nos últimos 20 anos contou com a participação de autoridades e servidores públicos, além de abastecer um propinoduto milionário que desviou dinheiro das obras para políticos tucanos.
Ao analisar documentação e depoimentos colhidos, integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos feitos entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de trens e da construção das linhas. Segundo a investigação, o cartel superfaturou cada obra em 30%. Ou seja, de cada dez reais desembolsados com o dinheiro arrecadado dos impostos, os governantes tucanos jogaram nos trilhos três reais. Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. Segundo o MP e o Cade, somente nesses negócios, os prejuízos aos cofres públicos chegaram a 425,1 milhões de reais.
Dentre os contratos envolvendo superfaturamento, segundo a publicação, está a instalação da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô da cidade de São Paulo. A licitação foi vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela francesa Alstom, a alemã Siemens, a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram orçados em 615 milhões de reais. Segundo testemunhosao Cade e ao MP, o contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal – o que significa cerca de 46 milhões de reais em propina.
De acordo com a revista, o responsável por estabelecer o esquema com as empresas no contrato era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Apesar disso, sua empresa não foi a principal beneficiária. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos na fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô foi a Alstom, que comandou o cartel durante a licitação.
Já no contrato da Linha 2 do metrô, o superfaturamento identificado até agora causou um prejuízo de 67,5 milhões de reais ao tesouro paulista. As licitações investigadas foram vencidas pela dupla Alstom/Siemens e pelo consórcio Metrosist, da qual participa também a Alstom também fez parte. O contrato, orçado em 81,7 milhões de reais, previa a prestação de serviços de engenharia, o fornecimento, a montagem e a instalação de sistemas destinados à extensão oeste da Linha 2 Verde. Desde que foi assinado, em outubro de 1997, recebeu 13 reajustes. Enquanto as multinacionais francesa e alemã ficaram responsáveis pelo projeto para fornecimento e implantação do trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens receberam 143,6 milhões de reais para executar o serviço.
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Ao analisar documentação e depoimentos colhidos, integrantes do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e do Ministério Público se surpreenderam com a quantidade de irregularidades encontradas nos acordos feitos entre os governos tucanos de São Paulo e as companhias encarregadas da manutenção e aquisição de trens e da construção das linhas. Segundo a investigação, o cartel superfaturou cada obra em 30%. Ou seja, de cada dez reais desembolsados com o dinheiro arrecadado dos impostos, os governantes tucanos jogaram nos trilhos três reais. Foram analisados 16 contratos correspondentes a seis projetos. Segundo o MP e o Cade, somente nesses negócios, os prejuízos aos cofres públicos chegaram a 425,1 milhões de reais.
Dentre os contratos envolvendo superfaturamento, segundo a publicação, está a instalação da fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô da cidade de São Paulo. A licitação foi vencida pelo consórcio Sistrem, formado pela francesa Alstom, a alemã Siemens, a ADtranz (da canadense Bombardier) e a espanhola CAF. Os serviços foram orçados em 615 milhões de reais. Segundo testemunhosao Cade e ao MP, o contrato rendeu uma comissão de 7,5% a políticos do PSDB e dirigentes da estatal – o que significa cerca de 46 milhões de reais em propina.
De acordo com a revista, o responsável por estabelecer o esquema com as empresas no contrato era o executivo Masao Suzuki, da Mitsui. Apesar disso, sua empresa não foi a principal beneficiária. Quem ficou com a maior parte dos valores recebidos na fase 1 da Linha 5 Lilás do metrô foi a Alstom, que comandou o cartel durante a licitação.
Já no contrato da Linha 2 do metrô, o superfaturamento identificado até agora causou um prejuízo de 67,5 milhões de reais ao tesouro paulista. As licitações investigadas foram vencidas pela dupla Alstom/Siemens e pelo consórcio Metrosist, da qual participa também a Alstom também fez parte. O contrato, orçado em 81,7 milhões de reais, previa a prestação de serviços de engenharia, o fornecimento, a montagem e a instalação de sistemas destinados à extensão oeste da Linha 2 Verde. Desde que foi assinado, em outubro de 1997, recebeu 13 reajustes. Enquanto as multinacionais francesa e alemã ficaram responsáveis pelo projeto para fornecimento e implantação do trecho Ana Rosa/ Ipiranga. A Asltom e a Siemens receberam 143,6 milhões de reais para executar o serviço.
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