quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

um gigante ( a avó diz que a vida tem disso: gente que vive com amor jamais se arrepende )


Morre Nelson Mandela, a alma de uma nação!


Luis Nassif Online

qui, 05/12/2013 - 20:58 - Atualizado em 05/12/2013 - 21:18

Jornal GGN - Nelson Mandela faleceu hoje, quinta-feira, aos 95 anos. A morte, foi anunciada pelo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, pela televisão. Mandela sofria de problemas respiratórios e estava recebendo cuidados médicos em casa. Zuma declarou que “esta nação perdeu um grande filho”, ao se referir ao responsável pelo fim do regime de segregação racial na África do Sul, o apartheid.

Mandela declarou, durante seu julgamento, em 1964, quando foi condenado à prisão perpétua, “durante a minha vida, dediquei-me a essa luta do povo africano”, evidenciando a luta contra a dominação branca ou mesmo a dominação negra. Disse ainda que acalentou “o ideal de uma sociedade livre e democrática na qual as pessoas vivam juntas em harmonia e com oportunidades iguais”. E, por fim, disse ser este um ideal para o qual esperava viver e realizar. “Mas, se for preciso, é um ideal pelo qual estou disposto a morrer”, concluiu.

Em junho de 1964, Mandela foi enviado para a prisão da Ilha Robben, onde passou a ocupar a cela de número 466/64 e ali viveu por 27 anos. Tão longo período foi a demonstração de força do regime segregacionista do apartheid em sucessivos governos do Partido Nacional na África do Sul. Apesar da segregação racial de longa data, desde o período colonial, o apartheid foi introduzido como política oficial no final dos anos 1940.

Com esta política de segregação, os negros foram reunidos em bantustões, regiões de base tribal criadas pelo regime, mantendo-os fora dos bairros e terras brancas, mas não tão longe que não pudessem servir como mão-de-obra barata.




Prisão e um novo país

Mesmo na prisão, cumprindo perpétua, Mandela se tornou a figura de oposição ao apartheid, e o clamor “Libertem Nelson Mandela” se transformou no lema das campanhas antiapartheid em vários países.

Na década de 1970, ele recusou revisão da pena e, em 1985, não aceitou liberdade condicional caso se recusasse a incentivar a luta armada. Ficou na prisão até fevereiro de 1990, quando uma grande campanha e a pressão internacional fizeram com que fosse libertado, aos 72 anos, por ordem do presidente Frederik Willem de Klerk.

Aclamado por centenas de pessoas na saída da prisão, ergueu o punho fechado no ar, em sinal de vitória. Era o fim de longo período encarcerado e, a partir deste momento, nova história foi escrita na África do Sul. Na época, ele e de Klerk dividiram o Prêmio Nobel da Paz, em 1993.





Foi o primeiro presidente negro da África do sul, de maio de 1994 a junho de 1999. Comandou, então, a transição de um regime de minoria no comando para a democracia multirracial da nova África do Sul.

Simbolizando o início de novos tempos, adotou um novo hino nacional, que mescla o hino do CNA “Deus bendiga a África” com o africâner “Die Stein”. Nova bandeira também foi criada, unindo os símbolos das duas instituições anteriores: a bandeira oficial dos brancos, que vigorou desde 1928, passou a incorporar as cores da bandeira do CNA, unindo assim todos os povos da nova nação surgida, aprovados pela nova Constituição interina.






Em 1995, Mandela criou a Comissão da Verdade e Reconciliação, sem poderes judicantes, sob a presidência do arcebispo Tutu. Começa então um período duro, principalmente para os negros, depois de décadas de segregação e violência. Vinte anos depois, a dor ainda persiste, alimentadas pelas dificuldades de integração. Racismo e preconceito andavam de mãos dadas.

Em vida, Mandela não viu seu ideal concretizado, mas foi, sem dúvida, o principal responsável pelo despertar de todo um povo e pela construção de uma nação.


Com informações da Agência Brasil e do Opera Mundi

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