... cara pálida, imagina se todos remassem na mesma direção
Sindicatos portugueses decidem convocar greve geral contra novos cortes de gastos
Ópera MundiOs principais sindicatos portugueses, CGTP e UGT, convocaram uma greve geral, cuja data será definida na quarta-feira (19/10). A decisão veio em repúdio às novas medidas de austeridades anunciadas pelo governo do primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, que incluem o fim do 13º e do 14º salário dos funcionários públicos e dos aposentados portugueses que recebem mais de mil euros, além do aumento de meia hora na jornada de trabalho sem compensação salarial.
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"Decidimos propor as direções do CGTP e do UGT a realização de uma greve geral", anunciou o secretário-geral da CGTP Manuel Carvalho, no final da reunião com seu homólogo da UGT, João Proença. A última greve geral em Portugal aconteceu no dia 24 de novembro em protesto contra a política de austeridade realizada na época pelo governo de José Sócrates.
Carvalho da Silva, da CGTP, fez um "apelo fortíssimo à indignação dos trabalhadores" contra as novas medidas de austeridade. Proença acrescentou que "estas medidas não tiram o país da crise e apontam para o agravar da pobreza e do desemprego, bem como das desigualdades", conforme noticiou o Diário de Notícias, de Portugal.
Ainda de acordo com Proença, "há quem esteja a ganhar com a crise e isto e inaceitável. É fundamental criar condições para que haja diálogo e para que haja a hipótese de se diminuir a conflitualidade social", disse o líder da UGT, lembrando que "o governo foi eleito para seguir um programa que não está a cumprir". O sindicalista admitiu ainda que vão existir outras formas de luta "antes e depois" da greve geral.
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Com a pressão financeira da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional) desde maio, Portugal é instruído a realizar reformas no período de três anos para pagar o empréstimo de 78 bilhões de euros. O país não consegue sanear suas finanças públicas e o déficit continua em 8,3% no primeiro semestre, o objetivo era reduzir pelo menos até 5,9% neste ano.
O desemprego já afeta 12,3% da população ativa, e milhares de portugueses saíram às ruas no sábado para protestar contra as novas medidas, marcando da jornada mundial dos "indignados".
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