Uma das melhores professoras de Português do Brasil dá sua opinião sobre Dilma x Aécio
Vale a pena ler e refletir!
Plantão Brasil
Segue o texto que a professora:
"Cansei de discutir sobre Aécio e Dilma. Eu tinha vinte anos quando vivi o governo FHC e estudava para o cursinho quando a universidade era quase inacessível e não havia nenhum projeto social. Eu morava sozinha quando a Celpa ainda era do Pará e foi privatizada pelo PSDB. A conta era baixa e eles convenceram o povo que seria melhor. Eu fui aluna da escola pública sem merenda, dos anos estudando no fundamental com professores sem diplomas porque não existia o PAFOR. Nasci e me creie na década de 80 ouvindo o meu pai reclamar de inflação - a gente ia ao supermercado e os valores subiam sem prévias. Eu sou irmã de onze filhos dos quais, hoje, seis são concursados depois que o governo do PT assumiu o poder e fez festas lançando editais e vagas. Eu passei dois anos sem passar no vestibular porque não havia o PROUNI. Passei na Federal quando o Lula começou o processo de interiorização das universidades. Cursei Letras na cidade de Capitão Poço numa turma de 52 alunos de classe baixa e sem condições de concorrerem e viverem em Belém. Antes as vagas eram só para os alunos da capital. Não tive a chance de fazer um curso profissionalizante porque não existia o PRONATEC. Meu irmão fez medicina na UFPa quando aquele curso era elitizado. Ele estudou muito - muito mesmo - porque pobre não tinha chance de ser médico. Hoje tem Cesupa, Santarém, Altamira e além da ajuda de custo, o governo oferece a mensalidade e o FIES. Eu sou do tempo em que não podíamos sonhar em fazer mestrado; de um tempo em que não podíamos desejar estudar no exterior nem em outras universidades do Brasil como Ufrj ou Usp. Não havia Ciências sem Fronteiras, não havia esse festival de bolsas de incentivo. EU SOU DE UM TEMPO EM QUE POBRE NÃO PODIA SONHAR. É por isso que deixei de ser PT, pelos escândalos envolvendo devios e corrupção, mas continuo acreditando que Dilma fez mais por gente como eu, que nasceu em uma família de 12 irmãos cujos pais são um vendedor de suco e uma doméstica e que tiveram chances de chegar lá.
Hoje, eu pago mais impostos, a conta da luz está mais cara, apesar de o governo naquela época quando quis vender a empresa nos convenceu que isso não aconteceria. Não entendo tanto de economia, mas sei que essa coisa de neoliberalismo foi uma das ideias implantadas no governo deles, os tucanos. Engravidei cedo, mas tive acompanhamento médico no governo petista, meu parto foi pago pelo SUS, minha filha foi pra UTi e ficou 15 dias lá pelo Sistema Único de Saúde e hoje que ela tem 15 anos, quer fazer Direito fora do Pará e se especializar fora do Brasil...não sou tão pobre, mas o governo Dilma permite que gente como nós, de histórias mais simples, possam fazer o que muita gente um dia não pôde: sonhar.
O melhor de Dilma e Lula não foi o Mensalão, foi a certeza de que nascemos pobres mas temos vez. Estudamos na escola pública e temos chances...
Sou Dilma e essa é a última vez que tento convercer alguém de que o governo dela, apesar das falhas, ainda é a melhor -ou a menos pior - opção. O voto é seu, mas o destino é nosso. Nosso e de mais de 60 milhões de brasileiros pobres que ganharam as bolsas e as novas chances.
Eu mudei de vida, não preciso de nenhum programa de assistência social, mas nasci em uma cidade onde 80% dos meus amigos e seus filhos precisam ter planos e chances. Além disso, trabalho em uma escola onde 100% dos alunos só precisam de uma coisa: OPORTUNIDADE!
VOTO 13! Dilma!
E não foram os jornais que me convenceram, foi a vida. E se você também nasceu pobre: pense bem.
Professora Joana Vieira.".
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