Xico Sá e o rabo preso da Folha
Por Altamiro Borges
“Em quarenta anos de jornalismo nunca vi liberdade de imprensa. Ela só é possível para os donos de jornal”. Esta conclusão categórica é de um dos ícones da imprensa brasileira, Cláudio Abramo (1923-1987) – que foi diretor de redação da Folha e conhecia bem como funcionam os jornalões no país. A ausência de liberdade nas redações foi confirmada nesta semana pelo jornalista Xico Sá, num caso que desmente a propaganda da Folha de que só tem o “rabo preso” com o leitor. O colunista foi censurado num artigo de críticas à manipulação da imprensa na cobertura das eleições e de apoio à presidenta Dilma. Indignado, ele pediu demissão e desabafou na sua conta no Twitter.
“Phoda-se o PT, a merda é que não há a mínima manchete contra os outros. Ai tá a putaria jornalística e eu, lá de dentro, sei cuma funciona”, postou. “Amo encher a boca e dizer IMPRENSA BURGUESA. É que só há um lado a fuder, nisso é desonesta, escrota, fdp. Por que não investigar todos?”. “Nego acha que por trabalhar na imprensa burguesa desde os 18 anos não posso ser contra a orientação política dos chefes. Oxi, ai que devo ser mesmo”. “Um dia ainda vou contar tudo que a imprensa não deixa sair se for contra a orientação política dos grandes jornais. Só podem os reinaldões, etc”, ameaçou, num crítica direta ao pitbull da Veja, Reinaldo Azevedo, que também é colunista da Folha.
O irreverente jornalista, com seu estilo próprio, ainda fez questão de enfatizar seu apoio a atual presidenta, reafirmando as posições expressas no texto censurado pela Folha. “Façam bonito, vocês são do jogo, mas o governo brasileiro foi muito importante para meu povo e eu estou com meu povo. Dilma é foda!”. E ainda: “Se fosse votar por você burguês, era Aécio até o talo; mas cuma prefiro votar pelo meu povo da porra e que necessita, é Dilma, carajo”. Xico Sá ainda fustigou o cambaleante presidenciável do PSDB: “Na boa, do fundo del corazón, cuma alguém pode votar em Aécio? Juro que não vou julgá-lo por nenhuma das 50 escrotidões que poderia julgá-lo”.
A explosão de Xico Sá, que expôs o “rabo preso” da Folha, teve imediata e ampla repercussão nas redes sociais. Os internautas se solidarizaram com o jornalista e criticaram a postura truculenta, ditatorial e hipócrita da Folha. Muitos lembraram que a maioria dos “calunistas” deste jornal faz campanha diária, aberta e agressiva contra a presidenta Dilma e não esconde que milita na “massa cheirosa tucana”. Até a presidenta Dilma Rousseff, em sua conta no Facebook, referiu-se ao lamentável episódio, manifestando solidariedade ao jornalista censurado.
A Folha ainda tentou abafar o caso. Mas, diante das repercussões negativas, publicou nesta quarta-feira (15) uma nota em que afirma que “a diretriz editorial da Folha, que consta do seu ‘Manual da Redação’, é a seguinte: ‘A Folha recomenda aos colunistas do jornal que evitem, nas suas colunas, proselitismo eleitoral ou declaração pública de voto, oferecendo àqueles que o considerarem relevante a possibilidade de publicar artigo na seção Tendências/Debates'. A restrição não se aplica a críticas a partidos, políticos e candidaturas”. Haja cinismo e manipulação! O jornal da famiglia Frias sempre teve o “rabo preso” com a direita, os golpistas e os ricaços.
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Leia também:
- Por que os monopólios midiáticos temem Dilma?
“Em quarenta anos de jornalismo nunca vi liberdade de imprensa. Ela só é possível para os donos de jornal”. Esta conclusão categórica é de um dos ícones da imprensa brasileira, Cláudio Abramo (1923-1987) – que foi diretor de redação da Folha e conhecia bem como funcionam os jornalões no país. A ausência de liberdade nas redações foi confirmada nesta semana pelo jornalista Xico Sá, num caso que desmente a propaganda da Folha de que só tem o “rabo preso” com o leitor. O colunista foi censurado num artigo de críticas à manipulação da imprensa na cobertura das eleições e de apoio à presidenta Dilma. Indignado, ele pediu demissão e desabafou na sua conta no Twitter.
“Phoda-se o PT, a merda é que não há a mínima manchete contra os outros. Ai tá a putaria jornalística e eu, lá de dentro, sei cuma funciona”, postou. “Amo encher a boca e dizer IMPRENSA BURGUESA. É que só há um lado a fuder, nisso é desonesta, escrota, fdp. Por que não investigar todos?”. “Nego acha que por trabalhar na imprensa burguesa desde os 18 anos não posso ser contra a orientação política dos chefes. Oxi, ai que devo ser mesmo”. “Um dia ainda vou contar tudo que a imprensa não deixa sair se for contra a orientação política dos grandes jornais. Só podem os reinaldões, etc”, ameaçou, num crítica direta ao pitbull da Veja, Reinaldo Azevedo, que também é colunista da Folha.
O irreverente jornalista, com seu estilo próprio, ainda fez questão de enfatizar seu apoio a atual presidenta, reafirmando as posições expressas no texto censurado pela Folha. “Façam bonito, vocês são do jogo, mas o governo brasileiro foi muito importante para meu povo e eu estou com meu povo. Dilma é foda!”. E ainda: “Se fosse votar por você burguês, era Aécio até o talo; mas cuma prefiro votar pelo meu povo da porra e que necessita, é Dilma, carajo”. Xico Sá ainda fustigou o cambaleante presidenciável do PSDB: “Na boa, do fundo del corazón, cuma alguém pode votar em Aécio? Juro que não vou julgá-lo por nenhuma das 50 escrotidões que poderia julgá-lo”.
A explosão de Xico Sá, que expôs o “rabo preso” da Folha, teve imediata e ampla repercussão nas redes sociais. Os internautas se solidarizaram com o jornalista e criticaram a postura truculenta, ditatorial e hipócrita da Folha. Muitos lembraram que a maioria dos “calunistas” deste jornal faz campanha diária, aberta e agressiva contra a presidenta Dilma e não esconde que milita na “massa cheirosa tucana”. Até a presidenta Dilma Rousseff, em sua conta no Facebook, referiu-se ao lamentável episódio, manifestando solidariedade ao jornalista censurado.
A Folha ainda tentou abafar o caso. Mas, diante das repercussões negativas, publicou nesta quarta-feira (15) uma nota em que afirma que “a diretriz editorial da Folha, que consta do seu ‘Manual da Redação’, é a seguinte: ‘A Folha recomenda aos colunistas do jornal que evitem, nas suas colunas, proselitismo eleitoral ou declaração pública de voto, oferecendo àqueles que o considerarem relevante a possibilidade de publicar artigo na seção Tendências/Debates'. A restrição não se aplica a críticas a partidos, políticos e candidaturas”. Haja cinismo e manipulação! O jornal da famiglia Frias sempre teve o “rabo preso” com a direita, os golpistas e os ricaços.
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