sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Chupem essa cana. E engulam o caldo amaro.

Vitor Ribeiro escreveu e o baitasar tá assinando junto




A meus amigos que estão sofrendo dessa nova estranha obsessão:



Agora a onda é comparar o Bolsa Escola com o Bolsa Família. E pior: Vocês, que por anos odiaram esse programa, agora, de uma hora pra outra, se agarram com presas raivosas à questão de sua "paternidade". Se fosse o caso (que não é) dela ser de seus incorruptíveis correligionários, não seria isso razão para a mais absoluta vergonha?

E mais: fica claro que essa paternidade só é paternalismo se de fato fosse do Lula. Como é, segundo dizem, do FHC, a coisa muda de figura. Faz O MAIOR SENTIDO, não faz?

O Bolsa Família é um programa integrado que condiciona o recebimento do benefício a três eixos: inserção social, saúde e educação. A lógica, longe do assistencialismo tacanho, é de ação afirmativa para sanar a desigualdade profunda entre as camadas inferior e superior da sociedade brasileira.

No governo FHC havia diversas bolsas, todas de cunho assistencialista, baixa cobertura populacional e ação institucional fragmentária. A responsabilidade era da Sra. Ruth Cardoso. No governo Lula, em ação integrada, de cunho redistributivo, atacando as frentes mais importantes da vulnerabilidade social, surgiu o Bolsa Família, que em pouco tempo dobrou sua cobertura, chegando a dez vezes mais beneficiários do que o Bolsa Escola.

Dilma mente ao dizer que Bolsa Família não foi criado por FHC? A resposta é sim - se vocês forem idiotas o bastante para comer farinha e acreditar que é bolo. Pois o Bolsa Escola está para a Bolsa Família assim como a farinha está para o bolo.

É claro: Há sempre a possibilidade - remota, quero acreditar - de vocês, espalhadores de denúncias vazias, serem hipócritas de má fé querendo espalhar a discórdia entre seus companheiros de viagem.

Agora, se a "paternidade" de algo que sempre lhes foi odioso de repente se tornou tão caro, então deixem que eu lhes diga isso:

A PORRA ORIGINAL é de Cristovam Buarque, no final da década de 80, que o idealizou quando ainda era reitor da UnB.

Chupem essa. E engulam.

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